Banco dribla punição para compulsório

Olha a CIRANDA FINANCEIRA aí gente.

O BC libera um grande volume de compulsórios para os bancos grandes darem liquidez aos pequenos. Estes ao invés de emprestarem aos bancos pequenos locais, emprestam a filiais de grandes bancos estrangeiros, desvirtuando a medida do BC.

O banco empresta o recurso que estaria sem remuneração (compulsório) recebendo DI (13,16% aa em 24/11) e a filial do banco estrangeiro pega este dinheiro e aplica na SELIC (13,75% aa). A diferença parece pouca, mas multiplique por dezenas de bilhões.

Há um contra senso enorme, ao manter os juros (reduzindo liquidez) na estratosfera o BC diz que está preocupado com a inflação. Agora por conta da crise, os caras arranjaram uma boa desculpa para multiplicar os lucro da malta rentista: libera-se os compulsório injetando bilhões de R$ na economia. Parece piada, o governo dá mais dinheiro para que os bancos apliquem na dívida pública.

No mundo inteiro, a primeira medida dos bancos centrais contra a crise é a redução dos juros. Aqui no Brasil, o BC dos banqueiros libera grana para os bancos aplicarem em juros. Enquanto isso a economia real já dá sinais de desaceleração.

Acordem meus amigos. Quem paga por esta festa somos nós.

Reservas de petróleo do Brasil dobram

Com a nova descoberta de óleo no pré-sal do Espírito Santo, o Brasil dobra suas reservas confirmadas de petróleo.

Somando-se as reservas estimadas pela Petrobras para Tupi, Iara e o novo campo no pré-sal do Parque das Baleias (antigo BC-60) os volumes de petróleo e gás apenas nesses três campos podem aumentar em 9,5 bilhões ou 14 bilhões de barris de óleo equivalente as reservas do país.

Está mais que na hora do Brasil mudar a lei do petróleo para garantir que esses recursos fiquem com os brasileiros.

Que nem os bancos

O PIG e operação salva-Dantas

No país onde a mídia adora esculhambar políticos pés de chinelo, montaram uma enorme operação para limpar a barra do banqueiro Daniel Dantas que assaltou cofres públicos, fundos de pensão e até o Citibank.

Esculhambam qualquer ação pública, por mais bem intencionada que seja, mas na ora que tenta-se combater a corrupção, quando se chega nos peixes grandes...

Prá não chorar, ria, vale a pena ver a charge.

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Juros demais

ZH – O senhor é um estudioso da crise de 29. Há comparação entre aquela crise e a atual?

Serra – A crise de 29 se prolongou por uma década. Não sei se a atual terá essa profundidade. Isso ninguém sabe, a incerteza é muito grande. No Brasil, a crise impactou por escassez de crédito e também por causa da política anterior do Banco Central de juros siderais e taxa de câmbio arrochada. Os exportadores começaram a perder dinheiro e foram criados mecanismos de compensação. Então, o exportador começou a antecipar receita de exportação com empréstimo. (...) Esse esquema eliminou o cálculo econômico da transação, que envolve produção, custo, produtividade. Criou um esquema de especulação, ou melhor, financeiro com o beneplácito do BC. No momento em que, em vez de ganhar dinheiro vendendo, você ganha especulando, pode cometer exageros. Mas isso foi conseqüência da política errada do Banco Central.

ZH – O Banco Central acertou em ter uma política dura que possibilitou o aumento das reservas e, com isso, deixou o Brasil em posição mais confortável?

Serra – Bom, mas as reservas, se não tivesse arrocho cambial, seriam até mais elevadas. Porque já estamos com déficit em conta corrente. O Brasil conseguiu o milagre de produzir déficit de conta corrente no balanço de pagamentos com alta de preços dos nossos produtos de exportação. Isso é uma façanha mundial, um caso para se fazer tese de mestrado. Como um país gera déficit comercial tendo alta dos preços dos seus produtos?

José Serra no Zero Hora (09/11/2008)
http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2286938.xml&template=3898.dwt&edition=11054§ion=1007

José Serra no Zero Hora (09/11/2008)
http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2286938.xml&template=3898.dwt&edition=11054§ion=1007