quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Como remover logo do Windows Vista Starter Edition

Há um programa desenvolvido por um argentino (28kb) que remove o logo do vista. Ao reiniciar ele aparecerá novamente, mas basta por o programa para ser executado toda vez que o micro ligar. Ele é pequeno e não fica residente.
Segue o link:http://w14.easy-share.com/14995421.html

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Uma crise a cada nove meses

Por Delfin Netto; publicado no Valor Econômico de 29/01/2008

Os modelos que os economistas construíram para mimetizar o funcionamento do sistema econômico são úteis e mesmo indispensáveis para organizar nosso pensamento diante da complexa (às vezes caótica) realidade. Com formidáveis hipóteses simplificadoras: 1) um sistema produtivo que consiste na ligação simples entre o produzido (em geral um único produto que representa a miríade de bens e serviços) e os fatores de produção; 2) um único consumidor com preferência conhecida (que representa a miríade de consumidores); 3) uma relação contábil que mostra a dinâmica da formação do estoque de capital; e 4) um comportamento maximizante dos agentes, que lhes permite simular como evolui no tempo o volume produzido (que, por analogia, seria o PIB).

Esses modelos mostram que o sistema produtivo tem uma tendência endógena de flutuação. Quando submetidos a choques aleatórios reproduzem movimentos cíclicos com período (freqüência) e amplitude (profundidade) variáveis. É assim mesmo numa economia sem o instituto do crédito e sem um "mercado" onde se transaciona o ativo representativo do capital físico. A introdução desses elementos financeiros sugere que as flutuações podem mudar de freqüência e de profundidade. No limite, eles podem perturbar a evolução da produção real de tal forma que passam a controlá-la introduzindo "ciclos" de otimismo e pessimismo.

O ciclo de otimismo tende a convergir para uma "bolha" que, mais dia menos dia, acaba se autodissolvendo, ou para uma interrupção do fluxo de financiamento produzido por algum fato que gera uma desconfiança que paralisa o crédito. Nos dois casos, depois de ter acelerado o desenvolvimento da economia real (aquela que produz os bens e serviços físicos e determina o nível de emprego) ela cobra um preço alto na forma de uma recessão pelo "exuberante" estímulo que produziu.

Ignorando o fato de que estamos passando de uma situação construída num modelo teórico para a realidade em que vivemos, parece possível afirmar que a história econômica desde a época napoleônica mostra que em toda grande interrupção do sistema produtivo real nunca faltou a importante contribuição do sistema financeiro. É o caso que estamos assistindo com os descuidados créditos subprime do setor imobiliário americano.

A tendência do sistema financeiro é assumir vida própria. Ele surgiu para auxiliar o funcionamento do sistema produtivo e terminou por dominá-lo. É notável, também, sua capacidade de criar sacerdotes que estabelecem a religiosa "ideologia dominante" (com o perdão do velho Gramsci), ou seja a crença na inutilidade e prejudicialidade de qualquer tentativa de controle dos "mercados". O fato é que o sistema financeiro parece incapaz de controlar seus próprios agentes. Estes, na verdade, obedecem a um único princípio: realizar o maior lucro possível, no menor tempo possível, embolsar os bônus e cair fora...

As instituições financeiras recusam a necessidade de um controle externo em nome da ineficiência e atraso do progresso operacional que gerariam, mas não têm sido capazes de manter sequer o controle interno sobre seus agentes. A prova cabal disso é que entre 1987 e 2007 contam-se pelo menos 29 fraudes ou abusos de confiança de agentes financeiros que tiveram repercussão internacional. Algumas levaram à falência instituições centenárias, como foi o caso do Barings Bank. A sua freqüência não revela uma substancial melhora dos controles internos, como se vê na tabela abaixo, onde se revela o número de fraudes mais conhecidas e de repercussão internacional (algumas até sobre a economia real).





É demais! Uma fraude ou, na melhor hipótese, uma imperícia desastrosa em busca de "bônus" produziram um desastre de dimensão internacional a cada nove meses! Espera-se que um resultado positivo da crise atual há de ser um importante aperfeiçoamento dos mecanismos de controles internos e, principalmente, do sistema financeiro. O primeiro em seu próprio interesse. O segundo em benefício do uso eficiente de sua sofisticação operacional, sem prejudicar o sistema produtivo com as freqüentes perturbações que tem produzido no seu curso.





Os fatos revelam a falsidade da ideologia propagada pelos "sacerdotes" que toda e qualquer regulação estatal (quer na economia real quer na financeira) é maléfica. Em primeiro lugar, a verdade é que não existe exemplo na história econômica mundial que aponte um país desenvolvido ou em vias de desenvolvimento com sucesso que não tenha sido estimulado por uma política industrial-exportadora pró-ativa. Em segundo lugar, é clara a ausência de um imperativo moral categórico nas atividades financeiras (em si mesmas e em seus agentes) que possa garantir a completa desregulação. É a ausência desse princípio que exige a coerção da lei (isto é, da intervenção estatal) para obrigá-las a respeitar o interesse social.


Antonio Delfim Netto é professor emérito da FEA-USP, ex-ministro da Fazenda, Agricultura e Planejamento. Escreve às terças-feiras

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Trem-bala Rio-São Paulo-Campinas está no PAC

A Ministra Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira, dia 22, que o projeto do trem-bala Rio-São Paulo-Campinas está no PAC e já começou a andar. O presidente da Valec, empresa de estudos ferroviários ligada ao Ministério dos Transportes, Juquinha das Neves, disse em entrevista a Paulo Henrique Amorim nesta terça-feira que a licitação deve ocorrer até março de 2009

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Mais do mesmo: SELIC mantida a 11,25%

Por decisão unânime o COPOM decide manter a Selic a 11,25%, aumentando os ganhos com arbritagem, uma vez que o FED abaixou os juros nos EUA para 3,5%.

Num país onde há total liberdade para movimentos de capitais, o Banco Central não pode manter a taxa de juros num patamar muito maior do que as taxas internacionais. Tomando como base os juros dos EUA e o risco país (259 pontos) chega-se à conclusão que os juros no Brasil não poderiam estar muito longe da casa dos 6 ou 7%. No entanto o BC insiste a Selic num patamar quase o dobro do necessário proporcionando elevados ganhos de arbritagem aos rentistas, que trazem dólares para ganhar com juros e na bolsa brasileiro. Dinheiro esse que não trás nenhum investimento produtivo, mas se multiplica rapidamente devido aos altos ganhos e aumenta o passivo externo do país. Além do mais, a manutenção dos juros altos faz o Real se valorizar reduzindo a competitividade das nossas exportações.

Enquanto se discute muito os efeitos de uma possível recessão nos EUA, eu temo muito mais o conservadorismo do nosso BC. A inflação no Brasil foi eliminada em 1994/95 com o plano Real, mas até hoje se usa a inflação como desculpa para manter os altos ganhos da elite rentista às custas dos nossos impostos. Por isso não se pode pagar um salário decente para os professores, não há recursos para investir na saúde.

A dívida interna brasileira é grande e cara (os juros custaram uma média de 8% do PIB ao ano, de 1996 a 2000). Ao contrário do que prega a grande mídia e a classe média repete, a dívida públic é grande por conta dos altíssimos juros e não por causa de empréstimos tomados para engordar os bolsos dos políticos. Herdamos do governo Collor uma dívida baixa (na casa dos 14% do PIB), daí em diante, os déficits do governos foram inexpressivos, isto é, o governo não recorreu ao mercado para financiar seus gastos primário. A dívida pública cresceu basicamente por causa dos juros altos e por estar atrelada ao dólar durante a desvalorização do Real em 1999.

Há justificativas para manter os juros no patamar atual? Em breve vamos discutir os efeitos da Selic elevada na economia.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

A volta da megalomania: quem paga o pato é o povo

Um dos desafios do Brasil no cenário internacional é tornar o real uma moeda aceita internacionalmente. A afirmação foi feita pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, durante posse da nova diretora de Assuntos Internacionais, Maria Celina Berardinelli Arraes. Para ele, aumentar a aceitação do real em países fora da América Latina vai permitir reduzir custos de transações no câmbio e, ao mesmo tempo, abrir mercados para a economia brasileira.

Das besteiras que o Meirelles fala, essa foi a pior que ouvi nos últimos dias.

Isso seria ótimo, mas mudanças na hierarquia das moedas internacionalmente aceitas é muito difícil de acontecer e a história mostra que esse deslocamento só ocorre quando superpotências econômicas o fazem.

Não esperem que daqui a alguns anos o Brasil vai poder importar equipamentos sofisticados da Europa e pagar em Reais. O Real forte só é bom para nossos concorrentes. Não caia nessa lorota.

Fed baixa a taxa de juros em 0,75 pontos

O Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos (Fed) baixou de maneira imprevista nesta terça-feira sua taxa básica de juros em três quartos de ponto, ficando em 3,50% para enfrentar as condições econômicas adversas e o aumento dos riscos que pesam sobre o crescimento do país.

Aqui no Brasil, o "mercado" está pedindo um aumento nos juros. Não tem cabimento!

Petrobras anuncia grande área de gás na bacia de Santos

Só quem continuou investindo quando o setor privado não tinha nenhum interesse colhe agora os frutos bem num momento em que os custos da energia estão elevadíssimos.
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REUTERS

SÃO PAULO - A Petrobras informou ter descoberto uma "grande jazida" de gás natural e condensado na camada pré-sal da bacia de Santos, a apenas 37 quilômetros da área de Tupi, onde foi descoberto recentemente um campo gigante de petróleo.

A estatal informou que encontrou no poço denominado Júpiter uma estrutura que "pode ter dimensões similares às de Tupi".