sábado, 27 de outubro de 2012

Quanto ganha um subprefeito do Kassab?



Da Agência Pública
Veja os sálarios altíssimos dos subprefeitos do Kassab (cria do Serra):
http://apublica.org/2012/08/militarizacao-subprefeitura-sao-paulo/

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

A Folha apóia quem?


pesquisa que o Datafolha publica hoje confirma a arrancada de Fernando Haddad, o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo. Os 17 pontos de vantagem obtidos sobre José Serra, do PSDB, tornam uma virada muito difícil, embora não impossível, no lapso de nove dias até a votação.
A reação do candidato tucano parece ainda mais improvável quando se observam as características das forças que limitam seu desempenho. Baixou um pouco, mas ainda chega a 42% a fatia dos paulistanos que consideram ruim ou péssima a gestão de Gilberto Kassab (PSD), o pupilo que Serra deixou na prefeitura no início de 2006, quando saiu para disputar, e conquistar, o governo estadual.
Decerto a rejeição contra Serra é composta em boa parte dessa contrariedade com a administração de Kassab. Mas não só disso.
Nota-se um cansaço com a própria figura do ex-governador, o qual, de dois em dois anos, acaba por disputar algum cargo público. Serra é agora rejeitado por 52% dos eleitores.
O ex-governador se tornou, além disso, e sobretudo desde 2010, um político que corteja teses à direita no espectro político. Deixou-se influenciar demasiado pela pauta de grupos religiosos e conservadores.
Essa opção costuma funcionar melhor para um candidato ao Senado Federal ou à Câmara dos Deputados. Mas se torna menos eficaz para alguém cujo objetivo é conquistar a maioria de um eleitorado heterogêneo e multifacetado.
Do lado petista, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a julgar pela pesquisa, parece prestes a conquistar mais uma importante vitória eleitoral.
Repetiu com Haddad, em São Paulo, a fórmula que havia levado a desconhecida Dilma Rousseff à Presidência. Enxergou, ao contrário dos tucanos, a necessidade de renovar quadros petistas e virar a página da geração de líderes afinal condenada pelo mensalão.
Mas e Fernando Haddad? Estará à altura da tarefa de governar a maior e mais complexa cidade da América do Sul?
O intelectual de origem marxista mal disfarça a falta de vivência e de conhecimento sobre os principais problemas da metrópole. Numa campanha marcada por ataques popularescos, expressão de simplismo político e programático, o eleitor não decifrou esse enigma.
Que os debates televisivos e o trabalho da imprensa independente possam desvendar, nos poucos dias que restam até a eleição, esse candidato --agora franco favorito para assumir a prefeitura em janeiro de 2013. Não é o caso de passar um cheque em branco, a quem quer que seja, numa incumbência tão importante.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

O que a inculta classe média e tresloucada mídia brasileira vai dizer?


Lula articulista

Um novo articulista é esperadíssimo pelo "The New York Times". Convidado antes da descoberta do câncer na laringe para escrever para o jornal americano

por Gisele Vitória com Thaís Botelho e Silviane NenoUm novo articulista é esperadíssimo pelo “The New York Times”. Convidado antes da descoberta do câncer na laringe para escrever para o jornal americano, o ex-presidente Lula teria adiado a proposta para depois das eleições municipais. “Ele vem conversando, não bateu o martelo ainda, mas deve acontecer. Teremos algo concreto ainda este ano”, disse um auxiliar do ex-presidente. Ainda não está definido quem escreveria os textos em inglês. 

http://www.istoe.com.br/reportagens/245106_LULA+ARTICULISTA

Haddad amplia vantagem e fica 16 pontos à frente de Serra, indica Ibope


Candidato do PT oscila um ponto para cima e tem 49% das intenções de voto e tucano teve queda de 37% para 33%; número de eleitores que pretendem anular ou votar em branco aumentou


Daniel Bramatti, de O Estado de S.Paulo
O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, oscilou um ponto porcentual para cima, de 48% para 49%, na segunda pesquisa Ibope/TV Globo divulgada no segundo turno. Já o tucano José Serra caiu quatro pontos em uma semana, de 37% para 33%. Com isso, a distância entre os dois aumentou de 11 para 16 pontos.
Em votos válidos - excluídos os entrevistados que pretendem votar nulo ou em branco -, Haddad venceria por 60% a 40% se a eleição fosse hoje. Há uma semana, quando o Ibope divulgou sua primeira pesquisa desde a primeira rodada da eleição, o placar estava em 56% a 44%.
Na pesquisa espontânea, aquela em que os eleitores manifestam sua preferência antes de ler os nomes dos candidatos, Haddad tem a preferência de 47% e Serra, de 32%. A pesquisa espontânea é a que revela o voto mais consolidado de cada candidato, e seus resultados estão bem próximos dos obtidos no levantamento estimulado.
Como Haddad teve uma oscilação dentro da margem de erro da pesquisa, de três pontos porcentuais, não se pode dizer que ele cresceu. O fenômeno captado pela pesquisa é a transferência de eleitores de Serra para o campo dos que pretendem anular o voto ou votar em branco.
Na pesquisa feita entre os dias 9 e 11 de outubro, 9% dos entrevistados afirmaram que pretendiam votar nulo ou em branco. No levantamento feito entre a tarde de segunda-feira, 15, e a manhã dessa quarta, 17, a parcela dos dispostos a não votar em ninguém subiu para 13% - quatro pontos porcentuais a mais. Os indecisos passaram de 6% para 5% nesse período.
Agressividade. "Esse aumento das intenções de voto em branco ou nulo pode ser passageiro", disse Márcia Cavallari, diretora executiva do Ibope e responsável pela pesquisa. "As pessoas estão repensando a sua escolha inicial, mas podem voltar a ela. É uma reação às primeiras propagandas depois do reinício da campanha na televisão."
Para Márcia, o tom agressivo adotado pelas duas campanhas no horário eleitoral, e pelos próprios candidatos em entrevistas e manifestações públicas, pode ter levado ao aumento da intenção de voto nulo ou em branco. "Sabemos que os eleitores não gostam de ataques e brigas", afirmou. "As pessoas querem mais é saber como serão resolvidos os problemas que as afetam diretamente no cotidiano."
Redutos. A divisão do eleitorado por regiões da cidade, segundo a diretora do Ibope, mostra que Haddad manteve sua vantagem nas áreas periféricas das regiões Sul e Leste, enquanto Serra perdeu espaço nas zonas Oeste e Sul 1. Há uma semana, o tucano vencia nessas regiões, e agora há empate técnico com o petista. Na região Norte, o placar está favorável a Haddad (54% a 27%). A vantagem do petista, de 27 pontos porcentuais, era de 16 pontos na pesquisa anterior.
Em um segundo turno marcado pela busca de apoio de líderes religiosos, o candidato do PSDB perdeu terreno entre o eleitorado evangélico, enquanto Haddad se manteve praticamente estável. Nesse segmento, o petista venceria por 52% a 28%, segundo a diretora do Ibope - em uma semana, a distância entre os dois aumentou de 13 para 24 pontos porcentuais.
Na divisão do eleitorado por renda familiar, a única faixa em que Serra aparece à frente é a do eleitorado que ganha mais de cinco salários mínimos por mês (47% a 39%).
No eleitorado mais escolarizado, com curso superior ou mais, há um empate cravado entre o tucano e o petista: 42% a 42%. Na pesquisa divulgada há uma semana, o tucano tinha 44%, e o petista, 39%.
Há empate técnico também no eleitorado com 50 anos ou mais - um segmento no qual o tucano costuma se sair melhor do que o adversário. Ele aparece com 41%, e Haddad, com 37%.
O segundo turno será realizado no dia 28, daqui a dez dias.
O Ibope ouviu 1.204 eleitores entre os dias 15 e 17 de outubro. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa está registrada no TRE-SP, sob o número SP-01864/2012.
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,haddad-amplia-vantagem-e-fica-16-pontos-a-frente-de-serra-indica-ibope,947163,0.htm

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Fernando Haddad no CBN São Paulo

Entrevista de José Serra à CBN em 17/10/2012

Veja a entrevista de José Serra à CBN em 17/10/2012. O cara é casca grossa e não responde ao perguntarem sobre metas de gestão.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Mal educado como sempre, Serra agride o jornalista alido CBN/Globo

Como alguém pode votar num cara destes. Mente descaradamente e grosseirão. Será que ele pediu a cabeça do Kennedy Alencar? O Heródoto Barbeiro teve que sair da TV Cultura quando perguntou sobre pedágio.

Do Blog do Nassif.


A pergunta de Kennedy Alencar é objetiva. Serra está se valendo do conservadorismo extremado de Silas Malafaia sobre homossexualidade. E o kit da Secretaria da Educação diz outra coisa. Em 2010 ele explorou a questão do aborto. Seria apenas uma estratégia política ou Serra estaria se rendendo irremediavelmente ao conservadorismo.
Serra tergiversa. Pergunta obsessivamente se Kennedy leu o kit da Secretaria da Educação - que nada tinha a ver com o ponto central da pergunta. Impede o jornalista de continuar perguntando, agride-o verbalmente. No fim, fica sem resposta.
Escute o áudio no link abaixo:

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Porta-voz do mercado financeiro diz está preocupado com os juros.


Já passou da hora dos juros no Brasil estarem em níveis compatíveis com o resto do mundo. A inflação que temos nos últimos anos além de ser baixa para um país subdesenvolvido, não tem haver com a taxa de juros.
O BC tem dificuldades para manter o dólar acima de R$2,00. FED está tocando o pau na máquina imprimindo dólares e o Brasil continua sendo o pato da vez.

No entanto, imprensa dá voz a turma dos financistas que ganha muito em operações de tesouraria (compra e  venda de títulos).

Quem tem que se explicar é o Fraga que manteve os juros na extratosfera causando crescimento da dívida pública sem que o Estado tome um centavo no mercado para aplicar no social.

Pintei de amarelo as "pérolas". O cara fala como se fosse a bam-bam-bam, só que quando ele era presidente do BC a inflação era maior que 10% e os juros chegaram a 45%. Junto com as privatizações esse foi o maior assalto ao Brasil.



Banco Central tem que explicar cortes recentes de juros
Ex-presidente da instituição na gestão FHC diz que governo precisa deixar claro o que fará para trazer a inflação à meta de 4,5%ANA ESTELA DE SOUSA PINTO
EDITORA DE "MERCADO"
As reduções mais recentes da taxa de juros preocupam e "mais um corte neste momento requer uma explicação do Banco Central", diz o ex-presidente do BC (1999-2002) Arminio Fraga, 55.
Em entrevista na última quarta, um dia antes da reunião que baixou a Selic pela décima vez consecutiva -para 7,25%-, Fraga considerou esse movimento arriscado num cenário de inflação persistentemente acima da meta ("que é 4,5%, não é 5,2%").
E desnecessário para a economia em pleno emprego.
Considerado o pai do regime de metas de inflação, o economista assumiu o BC em meio à crise da desvalorização do real e do fim do câmbio fixo, no governo FHC.
Recebido com desconfiança por trabalhar com o megainvestidor George Soros, ganhou depois reputação internacional como "o nerd que salvou o Brasil da falência".
Descrito como "exímio operador", Fraga prefere garantir sua fama nos campos de golfe. Em uma tacada, acertou os dois recentes governos petistas pelo atraso na infraestrutura do país.
A gestão Lula, avalia, rechaçou reformas fernandinas por preconceito ideológico, sem oferecer alternativa.
Já Dilma tem demorado para retomar a eficiência no setor, seja por um viés intervencionista nas concessões, seja pela dificuldade de execução.
À frente da gestora de recursos que fundou ao deixar o governo, a Gávea Investimentos, administra US$ 7 bilhões, com prazos alongados.
Um de seus maiores interesses também é de longo prazo: educação, um "produto" que será colhido não agora, mas daqui a dez anos.
Folha - O investimento está demorando para se reanimar?
Arminio Fraga - Está. Um fator muito relevante tem a ver com infraestrutura.
Doze, 15 anos atrás, caminhávamos para um regime de agências regulatórias com capital privado e supervisão pública. Esse modelo foi rechaçado pelos governos do PT, sem alternativa viável.
Carências passaram a ser verdadeiras barreiras ao crescimento. Foi uma combinação de eventos de natureza ideológica e prática.
Há muitas dificuldades na execução de projetos.
O esforço do governo foi em excesso para o consumo, em detrimento do investimento?
O consumo era um anseio natural da população. Explorar o crédito ao consumidor é bom, mas tem que vir acompanhado da oferta. Estamos com essa situação esdrúxula de desemprego muito baixo -que é, claro, motivo de festa- e crescimento baixo.
Precisa crescer com produtividade...
Sim, e para ter produtividade tem que investir e educar também. Sem mão de obra qualificada para se engajar na produção com mais capital, não se atinge o potencial.
Lembre que nosso PIB per capita é 20% do americano. Em tese, temos espaço para crescer a taxas relativamente elevadas por muitos anos.
Os investidores estão preocupados com uma tendência intervencionista do governo?
É uma preocupação antiga. Ganhou destaque recentemente com a Petrobras, o setor elétrico e o novo modelo para as ferrovias.
Poderia detalhar as desconfianças?
A Petrobras está exposta desde a pressões ligadas a inflação até política industrial do governo e do próprio modelo de royalties.
No setor elétrico, a presença do governo era imprescindível nas hidrelétricas, mas a revisão das concessões e das tarifas gerou um impacto negativo, não necessariamente pelo resultado final, mas pela falta de discussão.
No setor ferroviário, o risco ficará em grande parte nas mãos do próprio governo. Ou totalmente. E isso é perigoso. É bom colocar o risco no setor privado, é um incentivo para que o capital seja bem alocado, sem desperdício.
No próprio setor financeiro, é muito interessante a postura do governo de colocar os bancos federais na ponta de lança de redução dos spreads [o "lucro" dos bancos, a diferença entre o que eles pagam de juros e o que cobram quando emprestam]. É um experimento que tem que ser acompanhado.
É preocupante?
Não, porque vem misturado com certo pragmatismo e uma cobrança grande de resultados a partir da própria presidente Dilma. Ela terá que ir revisando os procedimentos todos. Não vejo nenhum sinal de que, definidas as regras, elas mudem. Isso, sim, seria grave.
O governo estava oferecendo uma remuneração de capital muito baixa nas concessões?
Esse é um ponto muito, muito importante. Primeiro existe o risco de afastar investidores. Mas existe também um outro risco, de revisões e até perda de qualidade. É um desafio monitorar isso.
Se algum dia o Brasil tiver um governo liberal... hoje não existe nem liberalismo aqui... até um governo liberal vai ter esse problema, porque terá que administrar um Estado de tamanho relevante.
Como o sr. classifica politicamente o governo hoje?
Pouco liberal (risos)... Ou nada liberal... Não, nada liberal é exagero. É um governo de esquerda, que está testando seus limites.
Eu acreditava que o governo Fernando Henrique tinha chegado próximo ao que, na minha leitura, são limites razoáveis: um governo com um papel importante, senão de produção, de regulação e fiscalização, que focou os escassos recursos públicos em educação, saúde e tomou a decisão estratégica de sair da produção em setores que foram privatizados.
Um movimento liberal...
Esse foi o movimento liberal de um governo de esquerda. Não abriu mão de ter um impacto relevante sobre distribuição de renda, pobreza, de regulação adequada e assim por diante.
Era um limite razoável. Hoje estão testando um pouco esse limite, correndo o risco de fazer bobagem.
O governo se desviou do tripé da política econômica [meta de inflação, câmbio livre e superavit fiscal]? Abandonou a meta de inflação?
O tripé em geral sobrevive, mas está um pouco ameaçado, começando pelas metas para a inflação. A inflação vem se beneficiando de medidas e eventos não recorrentes, como a contenção dos preços dos combustíveis e a redução das tarifas de energia. São pequenos remendos.
Com isso tudo, as projeções continuam acima de 5%.
O segundo ponto é a taxa de câmbio. A introdução de uma aparente meta, friso o aparente, traz um elemento de confusão.
Há quem venha argumentando que o papel do Banco Central não é só defender a moeda, mas olhar o crescimento.
Acredito piamente que a melhor coisa que o Banco Central pode fazer pelo crescimento é preservar uma taxa de inflação baixa e estável. E suavizar um pouco as flutuações do PIB. E cuidar da estabilidade financeira.
Cuidar de ser um agente de fomento traz o risco de errar a mão na demanda quando os problemas estão na oferta.
É o caso do Brasil hoje? É cedo para julgar. O BC é acusado de estar se arriscando um pouco nessa área, mas eu não seria muito taxativo.
Acredito, ao contrário de muitos colegas economistas, que, quando for necessário, ele vai aumentar os juros.
Essas últimas reduções estão preocupando. Os economistas que olham para as projeções de inflação questionam muito. Não ficou muito claro o porquê do último corte [em setembro]. Mais um neste momento requer uma certa explicação do Banco Central. Alguma coisa que nos leve a crer que a inflação vai convergir para a meta, que é 4,5%. A meta não é 5,2%. É 4,5%.
Cortar 0,25 agora tem efeito na anemia da economia?
Mas a economia está a pleno emprego. Estamos combatendo o problema errado. O BC faz um trabalho minucioso. Certamente vão explicar. No último corte, as explicações não foram muito claras.
O sr. revisaria alguma decisão que tomou enquanto no BC?
De modo geral, não. Foi um período muito reativo, na chegada teve crise, depois teve a crise da Argentina, da Bolsa americana, a nossa crise de confiança, no final.
Não dá uma vontade de poder ser presidente do BC agora, só para poder determinar taxas de juros de 7%, em vez de 45%, como teve que fazer na primeira reunião do Copom de que participou, em 1999?
No início de 1999 as expectativas de inflação eram de 20% a 50% ao ano e as de crescimento, de menos 4%. Entregamos 9% de inflação e 1% de crescimento. Não tenho queixas; plantamos uma boa semente.
Ser economista era sonho de criança?
Não! Ia ser médico. Até hoje me pergunto como teria sido minha vida. Amo a medicina.
E hoje que áreas o interessam?
Tenho lido bastante sobre educação. É uma área um pouco frustrante para quem busca resultado rápido. Seu "produto", as crianças educadas, leva vários anos para chegar à outra ponta. É preciso saber que os frutos principais serão colhidos não agora, mas daqui a dez anos.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Não existe diferença entre voto nulo e voto branco


Do UOL Eleições
Uma dúvida bastante comum entre os eleitores brasileiros é se existe ou não diferença entre votar em branco ou votar nulo nas eleições. Alguns eleitores acreditam que o voto em branco vai para o candidato que está ganhando e o nulo não vai para ninguém.
No entanto, de acordo com a legislação eleitoral, tanto os votos em branco quanto os votos nulos não são considerados válidos, são excluídos de qualquer contagem e não são contabilizados para qualquer candidato.
Os votos em branco são assinalados através de uma tecla específica existente nas urnas eletrônicas. Já o voto nulo acontece quando o eleitor digita um número que não é correspondente a nenhum candidato ou partido oficialmente registrado e confirma a combinação digitada.
 Até 1997, o voto em branco era contabilizado como válido, mas uma mudança da lei eleitoral no mesmo ano excluiu os brancos e nulos na contagem final das eleições. Mesmo considerados sem efeito no resultado das eleições, as duas formas de votação foram mantidas entre a transição da votação com cédulas em papel e o uso da urna eletrônica.
De acordo com o coordenador de Eleições do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC), Paulo Dionísio, as duas formas de votação foram mantidas para possibilitar a manifestação do eleitor caso não se identifique com as propostas apresentadas pelos candidatos. “A atitude de não votar em nenhum candidato é uma maneira de os eleitores mostrarem que não estão contentes com a situação da política atual”, diz o coordenador em comunicado divulgado pela assessoria de comunicação do TRE-SC.
Em 2006, a soma do número de votos em branco e nulos para presidente, no primeiro turno, foi de quase 9 milhões de votos.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Por que a cerveja às vezes congela quando é retirada do congelador?

Da Pesquisa FAPESP 
Muita gente já passou pela frustração de tirar uma cerveja do congelador e vê-la solidificar-se diante dos olhos. Para evitar que isso aconteça, muitos pegam a garrafa pela ponta ou a põem debaixo de água corrente e, depois disso, dão uma chacoalhada. Para saber o que fazer, basta entender a física por trás do incidente. A cerveja no congelador esfriará aos poucos e, se a geladeira não vibrar, pode atingir uma temperatura mais baixa que a de congelamento, 
o sobrerresfriamento. Estáticas no congelador, as moléculas não têm orientação para passar ao estado sólido. “É como se fosse um batalhão, que para saber como se perfilar precisa estar de frente para o chefe”, compara o físico Luís Carlos de Menezes. O que indica o alinhamento para as moléculas é o movimento brusco de retirada do congelador, agravado pelo susto de ter esquecido a cerveja tempo demais. “O gesto, ou o calor da mão, dá essa direção”, explica. Com isso o líquido expande, já que o estado sólido ocupa mais espaço do que o líquido, e muitas vezes a garrafa (ou lata) explode. Para beber uma cerveja bem gelada 
e líquida, o melhor é retirá-la do congelador evitando qualquer sacudidela ou toque de mão aberta e deixá-la numa superfície estável até que chegue 
à temperatura acima da de congelamento.

http://revistapesquisa.fapesp.br/2012/09/14/pergunte-aos-pesquisadores-10/


Afinal, por que a Venezuela reelegeu Hugo Chávez?

Como, diante de tantos problemas, e tendo à mão um candidato de oposição, a imensa maioria dos venezuelanos preferiu manter Hugo Chávez no poder? A resposta é simples: pela primeira vez os venezuelanos têm um presidente que governa para a imensa maioria. Que liquidou o analfabetismo, estendeu a atenção pública da saúde a todos, que dissemina escolas de período integral, que criou brigadas para dar atenção social aos desassistidos de sempre.

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=21040&alterarHomeAtual=1

Banco do Brasil reduz tarifas e preços de pacotes em até 34%


A partir do próximo dia 15, o Banco do Brasil vai reduzir os preços de sete pacotes de serviços e de 24 tarifas prioritárias, com impacto principalmente sobre as utilizadas de forma massificada pela maioria dos cidadãos. Os percentuais de redução chegam a 34%.
O BB também vai isentar os novos clientes da tarifa de confecção de cadastro para inicio de relacionamento, que hoje é de R$ 30,00.
Os 24 serviços (blocos) prioritários, cujas tarifas tiveram redução de até 34% são os seguintes: contas de depósito, cheque, saques, depósitos, consultas, transferências de recursos, transferências por TED/DOC e entre contas na própria instituição, ordens de crédito e cartões de crédito.

Ambientalismo: imprensa brasileira bate recorde de desinformação e parcialidade supera o 97% dos artigos, diz instituto francês

Em estudo elaborado pelo Institute of Physics (IOP) da França e reproduzido no seu órgão Environmental Research Letters, o público brasileiro aparece como o mais mal informado pela sua imprensa no tocante à polêmica ambiental, comparado com o público dos EUA, Grã-Bretanha, França, Índia, e até da ditatorial e hiper-censurada imprensa socialista chinesa.

O IOP estudou a atitude dos grandes jornais desses países durante dois períodos.

O primeiro foi em 2007, por ocasião da publicação do relatório do IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change ou Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, da ONU) sobre a evolução do clima.
O segundo foi entre o fim de 2009 e início de 2010, durante o “climategate” que abalou a credibilidade de dito relatório e de muitos cientistas apóstolos do alarmismo climático.
No total, o IOP analisou perto de 3.300 artigos de imprensa. 
O resultado foi considerado inapelável pelo diário parisiense “Le Monde”, ele próprio caixa de ressonância do alarmismo climático e que se saiu muito mal nesta prova.
34% dos artigos publicados pelos jornais americanos “The New York Times” e “The Wall Street Journal”, ao informar sobre fatos polêmicos como o “aquecimento global” e questões climáticas, em geral concediam espaço aos cientistas tratados não sem certo menosprezo de “céticos”.
Pior do que na China: unilateralismo do "Estado de S.Paulo" e da "Folha de S.Paulo" nas informaçoes ambientais, supera o 97% dos artigos, constatou o Institute of Physics - IOP da FrançaDos 511 artigos estudados na imprensa britânica – jornais “The Guardian”, “The Observer”, “Daily Telegraph” e “Sunday Telegraph” – 19% concediam algum espaço aos “céticos”. 
Já na imprensa altamente censurada da China, só 7% dos artigos publicados nos diários “People's Daily” e “Beijing Evening News” mencionaram os que denunciavam as estrepolias do catastrofismo ambientalista.
Na Índia, a porcentagem foi ainda pior: só 6% – “The Hindu” e “Times of India”.
A França ficou no baixíssimo patamar indiano. Jornais analisados: “Le Monde” e “Le Figaro”.
Mas a imprensa brasileira venceu o ranking: menos de 3%! É preciso esclarecer que o trabalho do IOP se limitou à “Folha de S.Paulo” e ao “Estado de S.Paulo” como representantes da mídia nacional.
James Painter e Teresa Ashe, pesquisadores do IOP e autores do estudo, destacaram a importância das páginas de Opinião nos EUA e na Grã-Bretanha, em que os contribuintes não são discriminados com tanto viés ideológico.

Nos países de língua inglesa, nas páginas de livre opinião, os comentários “céticos” representam 79%. Mas nos de língua francesa caem para o 21%.
“Os dois jornais escolhidos na França e nos três países em desenvolvimento concedem muito menos espaço aos ‘céticos’ se comparados com os jornais americanos e ingleses”, concluiu o estudo.

O trabalho do IOP confirma uma realidade que estamos experimentando há vários anos.

O público brasileiro precisa ser informado equilibradamente, e não de modo enviesado, a respeito de “aquecimento global”, mudanças climáticas, etc.

Esses temas atingem de cheio a vida nacional – por exemplo, a propósito do desmatamento e do Código Florestal.

http://iopscience.iop.org/1748-9326/7/4/044005/article

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Após 16 anos, PSDB perde para PT em São José dos Campos


Democraticamente, o povo de São José dos Campos deu um basta à truculência praticada na desocupação do Bairro do Pinheirinho e elegeu para prefeito, em primeiro turno, o Deputado Carlinhos de Almeida do PT, punindo os tucanos que comandavam a cidade há quase 16 anos.

A mensagem das urnas é fortíssima e se constitui em importante precedente a demonstrar que o uso da força bruta e a criminalização dos pobres não constroem a maioria necessária para vencer eleições.

Além disso, a eleição da oposição em SJC reafirma que não há nada que substitua em eficiência e legitimidade o controle do povo, o titular do poder na democracia, sobre os seus representantes.

Esse caso é emblemático já que os poderes e as autoridades responsáveis se omitiram na construção de uma solução civilizada para a disputa da área, prevalecendo o poder das armas, e, posteriormente, se omitiram mais uma vez na apuração e punição das evidentes violações aos direitos humanos.

http://www.estadao.com.br/noticias/politica,em-sao-jose-dos-campos-pinheirinho-vence-luta-com-mensalao,941353,0.htm

Toyota vai aumentar produção do Corolla no exterior


Vejam a manchete abaixo no UOL. No Japão, onde as empresas tem elevada produtividade e alta tecnologia o câmbio valorizado prejudica, aqui no Brasil os comentaristas econômicos na sua maioria ficam dizendo que o problema é o custo Brasil, câmbio não importa.

É claro que importa e é o fator mais fácil de ser manipulado. Enquanto o banana do Mantega há mais de quatro anos só fala e nada faz, a China e outros países manipulam o câmbio para favorecer suas exportações.


– Brasil poderá ser beneficiado com decisão, pois é o único país que fabrica o Corolla na América do Sul
– Medida foi tomada para reduzir prejuízo de US$ 1,2 mil por carro exportado do Japão
Toyota planeja produzir o Corolla fora do Japão para a venda no mercado externo, pois a empresa está pagando caro com o problema da valorização do iene em relação ao dólar.
Com a medida, a empresa quer reduzir o prejuízo por causa da taxa de câmbio, uma vez que valorização da moeda japonesa reduziu sua competitividade no exterior e consequentemente as remessas das suas filiais em todo o mundo.

domingo, 7 de outubro de 2012

Eleições proporcionais: coeficiente eleitoral para vaga de verador

Quantos votos são necessários para eleger um vereador em Campinas e Paulínia?

Quociente Eleitoral (QE) é o número de votos que um partido ou coligação deve ter para levar uma vaga na câmara de vereadores.  Basta dividir o número de votos válidos (em eleições proporcionais, os votos válidos são somente aqueles destinados à legenda ou a um candidato) pelo número de vagas disputadas. Na cidade de Campinas são 785.274 eleitores segundo o TSE e são disputadas 33 vagas para a Câmara de vereadores. O QE é igual a 23.000(aproximadamente, nem todo mundo vota).

Dessa forma para cada 23 mil votos, um vereador é eleito. Por exemplo, um partido tem 50 mil votos, leva duas vagas.

Em Paulínia são 15 vagas e 60.165, portanto, o QE é de 4011, ou seja, para cada 4011 votos o partido (ou coligação) leva uma vaga na câmara municipal.

Não quer dizer que o vereador precisa de 4011 votos, geralmente ele se elege com menos. Os mais votados da coligação levam a vaga. 

Eleições 2012: Entendendo as eleições proporcionais (vereador e deputado)



Uma dúvida que muitas pessoas têm, inclusive aquelas que trabalham para partidos, é sobre as votações proporcionais (deputados e vereadores). Pouca gente realmente sabe como calcular se um deputado foi eleito ou não, o porquê daquele candidato que teve muito mais voto que um eleito, não consegue se eleger. Acredito que dominar este cálculo é fundamental para se situar e poder entender melhor o processo eleitoral.


1º Passo - Calcular o Quociente Eleitoral (QE) - Basta dividir o número de votos válidos (Em eleições proporcionais, os votos válidos são somente aqueles destinados à legenda ou a um candidato) pelo número de vagas disputadas. Na cidade de Campinas são 785.274 eleitores segundo o TSE e são disputadas 33 vagas para a Câmara de vereadores. O QE é igual a 23.000(aproximadamente, nem todo mundo vota).

2º Passo - Calcular o Quociente Partidário (QP) - Basta dividir o número de votos para a legenda/coligação pelo QE. O partido elegerá x vereadores, sendo este x, o seu QP, descartando-se a fração (exemplo: QP igual 3.2, são eleitos 3 vereadores). Se um partido tiver QP menor que 1, ele não elegerá nenhum vereador.

Se sobrarem vagas, será necessário outro cálculo: agora pega-se os votos e divide-se pelo QP + 1. O partido que obtiver a maior média leva a vaga. O cálculo é repetido até que todas as vagas sejam preenchidas. Lembrem-se que, a cada vez que um partido leva uma vaga, a sua média diminui e que o partido que não atingiu QP maior que 1, também não entra neste cálculo.

1ª Vaga:

PZY - 130.000 : 5.2 = 20.96 (melhor média, leva a primeira vaga)
PABX - 110.000 : 4.4 = 20.37
PIB - 100.000 : 4 = 20
PLUS - 90.000 : 3.6 = 19.56
PIN - 50.000 : 2 = 16.6
PAZ - 20.000 (Não atingiu o QP)

2ª Vaga:

PZY - 130.000 : 6.2 = 18.05
PABX - 110.000 : 4.4 = 20.37 (melhor média, leva a segunda vaga)
PIB - 100.000 : 4 = 20
PLUS - 90.000 : 3.6 = 19.56
PIN - 50.000 : 2 = 16.6
PAZ - 20.000 (Não atingiu o QP)

Pronto, agora temos o quadro final da eleição de nossa cidade!

PZY - 6 vereadores (130.000 votos)
PABX - 5 vereadores (110.000 votos)
PIB - 4 vereadores (100.000 votos)
PLUS - 3 vereadores (90.000 votos)
PIN - 2 vereadores (50.000 votos)
PAZ - 0 vereadores (20.000 votos)

Complicado é, mas acredite se quiser, funciona. Como todo sistema, ele tem falhas. Isso ficou evidente na eleição de 2002, quando o Éneas em SP, sozinho, atingiu o QP de pouco mais de 7, elegendo mais 5 deputados (o PRONA só tinha 6 candidatos). E em 1998, quando Lindberg Farias tentou um mandato para a Câmara Federal pelo PSTU, foi um dos deputados federais mais votados, só que o seu partido, por não ter feito coligação e por não ter mais nenhum candidato com boa votação, não atingiu o QP de 1, impedindo sua eleição.

Boa parte desta matéria tem como base o artigo do blog do Tiago Pinheiro
http://www.thiagopinheiro.com.br/2012/07/entendendo-as-eleicoes-proporcionais.html

Eleições 2012: quais cidades podem ter 2° turno?

Somente os municípios com 200 mil ou mais eleitores podem realizar segundo turno nas eleições municipais de 2012. Pela Constituição Federal (inciso II do artigo 29), é necessária a realização de segundo turno para prefeito quando nenhum dos candidatos obtém, em primeiro turno, mais do que a metade dos votos válidos, ou seja, dos votos dados expressamente a todos os candidatos que concorreram ao cargo. Neste caso, disputam o segundo turno os dois candidatos a prefeito mais votados. As eleições ocorrerão, em primeiro turno, no dia 7 de outubro e, no caso de segundo turno, os eleitores retornarão às urnas no dia 28 de outubro.

Das 26 capitais dos Estados, 24 têm mais de 200 mil eleitores e podem ter segundo turno em outubro. As exceções são Palmas, no Tocantins, e Boa Vista, em Roraima. São Paulo é o Estado com maior número de municípios com mais de 200 mil eleitores, com 25.

sábado, 6 de outubro de 2012

Eleições 2012: como funcionam as urnas eletrônicas?

Matéria bem interessante sobre as urnas eletrônicas. Você sabia que a urna tem uma bateria que dura cerca de 12h? Se faltar energia não tem galho. Equipamento muito prático e eficiente. Só não é 100% eficiente. É possível fraudar. Ela não é conectada em rede, mas pode ser fraudada por funcionário mal intencionado. O voto deveria ser impresso e guardado para futura conferência. http://www.guiadopc.com.br/artigos/28465/como-funcionam-urnas-eletronicas.html