quarta-feira, 20 de junho de 2012

Alckmin convida partido de Maluf para comandar CDHU

Caras como Maluf deveriam ser banidos da política.

No ano passado foi o Alckmin que beijou a mão do Maluf.
Isso me dá náusea.


Do Estadão Maio/2011
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), convidou o PP, do deputado Paulo Maluf, para fazer parte do governo paulista. O partido, que também compõe a base governista da presidente Dilma Rousseff (PT), indicará o novo presidente da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano).
O PP sugeriu para o cargo o economista Antonio Carlos do Amaral Filho, consultor e atual presidente do Instituto Milton Campos, ligado ao PP, em São Paulo. O nome foi submetido ao Palácio dos Bandeirantes, que o considerou um quadro "técnico" e acatou a sugestão. Alckmin, no entanto, ainda não anunciou a decisão, embora a informação já tenha sido repassada a integrantes do governo e aos próprios líderes do PP no Estado.
O governador foi o primeiro a entrar em contato, por telefone, com Maluf, presidente do PP em São Paulo, para convidar a legenda a fazer parte do governo paulista. Encaminhou, então, as conversas para o secretário-chefe da Casa Civil, Sidney Beraldo, que recebeu os integrantes do partido no Palácio dos Bandeirantes. Os detalhes das negociações foram fechados semana passada.
A entrada do PP no governo paulista deve amarrar o partido na aliança com os tucanos em torno da disputa pela Prefeitura de São Paulo, no ano que vem. Os tucanos temiam que o partido, com trânsito também com o PT nacional, pudesse apoiar o candidato a ser lançado pelo Palácio do Planalto. A articulação em torno da CDHU é uma tentativa de prestigiar a legenda e evitar que o PP engorde o tempo de TV de adversários do PSDB na campanha de 2012.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,alckmin-convida-partido-de-maluf-para-comandar-cdhu,719192,0.htm

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Selic a 8,5% e o mundo não se acabou

Coluna Econômica - 01/06/2012
Notícia 1: Com a decisão de quarta-feira passada, o Copom (Comitê de Política Monetária) trouxe a taxa Selic para o mais baixo patamar da sua existência: 8,5% ao ano.
Notícia 2: com a Espanha em crise total, bancos ameaçados, a própria Espanha ameaçando sair da União Europeia, a taxa básica do país explodiu para... 5,5% ao ano.
A diferença é acachapante. O país ainda pratica taxas de juros estratosféricas. Só agora caminha para uma taxa básica apenas muito elevada - não escandalosamente elevada.
Desde agosto o Banco Central vem perseguindo essa redução de juros. No início, enfrentando o alarmismo inconsequente  de analistas financeiros e comentaristas de rádio e TV.
Em outros momentos da história, esse alarmismo sempre logrou manter a Selic em patamares escandalosos. E sempre as mesmas figuras - Mailson, Loyolla, Blanche, Tendências - acenando com o fim do mundo, com a volta da hiperinflação e outros fantasmas.
O que levou o BC, agora, a derrubar a taxa Selic foram os mesmos fatores que deveriam ter levado à queda da Selic em 2008: queda na atividade econômica, reduzindo as pressões sobre preços. Mas, naquele tempo, em plena crise, o BC - presidido por Henrique Meirelles mas tendo, entre seus diretores, o atual presidente Alexandre Tombini - subiu os juros, ao invés de descer.
Há muito se sabe que é mínimo o efeito da Selic sobre os índices inflacionários. Ela pouco impacta taxas de juros (cujo spread é imensamente superior às variações da Selic), e, por conseguinte, níveis de estoque, de demanda.
Mas são imensos os estragos sobre os recursos orçamentários - tirando dinheiro de investimento, saúde, educação, segurança para pagar juros.
O BC de agora não ficou mais sábio do que o dos tempos de Meirelles. Apenas sua orientação política - no melhor sentido da palavra - mudou. Mudando, deixou de ser prisioneiro de falácias monumentais, brandidas diariamente por analistas pífios.
Por exemplo:
1. Passou a aceitar que as medidas prudenciais (as que impactam diretamente o crédito) são muito mais eficazes que a elevação da Selic.
2. Constatou o óbvio: que, a não ser por alguma pressão sobre serviços, a inflação brasileira é fundamentalmente influenciada pelos preços internacionais de commodities e por indexação de contatos - sobre os quais a Selic não tem nenhuma interferência.
O desafio, agora, será impedir um crescimento pífio do PIB este ano. Terá que suar muito:
1. O consumo interno garantiu o PIB dos últimos anos. Daqui para frente, seu crescimento será cada vez mais próximo do crescimento do PIB. Há um primeiro salto, quando ocorre a mudança nos hábitos de consumo das classes incluídas. O primeiro salto esgota parte da capacidade de contrair financiamentos.
2. Bens de consumo durável e cadeias podutivas continuam sob fogo intenso dos importados. Por enquanto, o novo nível do dólar não segurará a invasão externa. Muito menos permitirá aumento das exportações de manufaturados.
3. Resta a perna do investimento. É por aí que o governo aposta todas as suas fichas. Anunciou um conjunto de medidas de apoio. Mas serão necessários alguns meses ainda para que os empresários acreditem que a nova etapa - crescimento baseado em investimentos - já se consolidou.

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/selic-a-85-e-o-mundo-nao-se-acabou

Não há déficit da previdência

Um dos temas mais polêmicos em qualquer governo, a seguridade social, volta e meia é foco de debates sobre déficit de recursos. Especialistas apontam, no entanto, que não há tal escassez de verba para os gastos com a previdência à luz da Constituição Federal, mas não descartam ajustes para melhorar o mecanismo no país.
Um dos defensores da ideia, o economista do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit) da Unicamp Eduardo Fagnani, diz que não existe déficit  e explica que para financiar a seguridade social, há, além da contribuição dos trabalhadores e das empresas, parte de vários impostos.
 O especialista argumenta que os artigos 194 e 195 dispõem que, além da contribuição dos trabalhadores na folha de pagamentos, outras fontes de recursos são usadas para manter a previdência urbana superavitária, como impostos e tributos PIS-Pasep, CSLL e COFINS e recursos da loteria. Impostos esses cujas receitas são utilizadas para cobrir os gastos com os trabalhadores do campo, que não contribuem, e com programas como Bolsa Família.  “Se somarmos os últimos anos todos esses fatores, vai dar um resultado superavitário”, diz.

A Previdência foi desenhada em um modelo tripartite, com a participação de trabalhadores, empresas e governo, seguindo a OCDE, explica Fagnani. Assim, há benefícios contributivos e não contributivos, respectivamente a seguridade urbana e seguridade rural e LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social). Segundo ele, a seguridade urbana há anos é superavitária, e os recursos oriundos de impostos cobrem as demais modalidades.

http://www.advivo.com.br/materia-artigo/nao-ha-deficit-da-previdencia-diz-especialista

Dívida líquida do setor público cai ao menor patamar da história

A dívida líquida do setor público encerrou o mês de maio no menor patamar desde 2001, início da série histórica realizada pelo Banco Central, em um montante equivalente a 35,7% do PIB (Produto Interno Bruto), informou a instituição nesta quinta-feira.
Isso ocorreu devido a três razões: o dólar mais caro, já que quando se considera as reservas internacionais o Brasil é credor em moeda americana, os juros básicos em menor patamar e a inflação mais controlada (muitos títulos da dívida são atrelados à taxa Selic, assim como a índices de preços).
Quando o dólar fica 1% mais caro em relação ao real, automaticamente a dívida se reduz em 0,14 ponto percentual ante o PIB, ou R$ 5,9 bilhões. Isso porque as reservas internacionais (que são ativos do Brasil) são transformadas em reais e deduzidas dos débitos da União, Estados, municípios e estatais.
É depois desse abatimento que se chega à dívida líquida. No caso de cortes na taxa básica e inflação mais baixa, o efeito só é notado após um ano.

Em abril, a desvalorização cambial foi de 3,8%, de acordo com o Banco Central.

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/divida-liquida-do-setor-publico-no-menor-patamar-desde-o-rea