domingo, 22 de abril de 2012

Desprivatização da YPF da Argentina

A Argentina inicia um processo de desprivatização, coisa que o Lula não teve coragem. Muitas bocas de porco que levaram nossas estatais não cumpriram os contratos de concessão (Telefonica, AES-Eletropaulo, entre outras).

Na Argentina, o canto de sereia dos neoliberais com o apoio da mídia entreguista detonaram o patrimônio público para sustentar uma paridade peso-dólar insustentável.

O gráfico de produção abaixo diz tudo, após a privatização a produção de petróleo começou a cair e a empresas a realizar lucros a custas da falta de investimento. Não faz sentido uma economia pequena (30°) com uma boa quantidade de reservas de petróleo ter que importar combustível.


A imprensa diz que é populismo e a Argentina só tem a perder, mas me diga uma grande produtor que não tenho domínio sobre suas reservas? O povo é favorável mesmo com a imprensa local pregando o contrário. Legalmente, a soberania nacional permite a expropriação de uma empresa por interesse nacional.

Quando da crise, a Argentina renegociou unilateralmente sua dívida, todos diziam que ninguém ia ter coragem de investir na Argentina. Dois anos depois o país colocava controle de capitais para limitar a entrada de dólares. O que traz investimentos é perspectiva de ganhos.

Não há segurança na China, na Rússia, em países da África, mas o capital estrangeiro que entrar lá.

A Argentina não tem muitos recursos para investir, mas só o estancamento da sangria de recursos da YPF é suficiente para tocar alguma coisa.

Aqui no Brasil a Petrobras comprou a parte da Repsol na REFAP (refinaria localizada no RS) porque a sócia resistia a investir em melhoria e ampliação da refinaria.


FMI diz que reestatização da YPF é “decisão soberana” da Argentina
A justificativa para a estatização da YPF
Argentina retoma controle público do gás e petróleo
La Producción Petrolera en Argentina, Breve Recorrido Histórico




Como a Goldman Sachs capturou a Europa


Engraçado, os governos da Europa agora não tem dinheiro para os gastos sociais (saúde, edução, previdência), mas tem dindin de sobra para ajudar os bancos. Sem ter que explicar a ninguém o BCE salva os bancos que fizeram farra no Cassino Global, mas para os países que entraram  em crise por terem salvado seus bancos é preciso cortar gastos com o povo.

Em Novembro último, sem fanfarras e mal notado pela imprensa, Mario Draghi, o antigo executivo da Goldman, substituiu Jean-Claude Trichet como governador do BCE. Draghi não perdeu tempo a fazer para os bancos o que o BCE se havia recusado a fazer para os seus governos membros – despejar dinheiro sobre eles a taxas muito baratas.

http://resistir.info/europa/mee_brown_19abr12.html 

Ferroviários em SP alertam para explicações absurdas sobre falhas

O secretário dos transportes do eficientíssimo governo de São Paulo atribui as panes nas linhas de trens metropolitanos ao excesso de usuários e ao vandalismo (a imprensa repercute) quando problema lá há tempos falta de investimentos: compra de trens e mais linhas e até na manutenção.

Como é de costume dos governos paulista: a culpa é dos usuários. Por que eles não vão para o trabalho de carro?

http://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidades/2012/03/falha-em-trem-da-cptm-provoca-atraso-e-volta-a-prejudiciar-usuario-em-sao-paulo
http://www.redebrasilatual.com.br/radio/programas/jornal-brasil-atual/alckmin-deixa-de-investir-r-2-bilhoes-em-manutencao-de-trens/?searchterm=cptm

sábado, 21 de abril de 2012

O pedágio dos tucanos esfola o bolso dos paulistas

O estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) “Rodovias brasileiras: Investimentos, concessões e tarifas de pedágio”, agora divulgado, tem o mérito de colocar luz sobre a questão das tarifas de pegágio cobradas nas concessões de rodovias no Brasil.

O criterioso levantamento nos sete Estados em que houve concessões, comprova as diferenças gritantes entre o modelo de privatização das rodovias federais adotado nas gestões de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e no de concessões do ex-presidente Lula (2003-2010), seguido pelo governo da presidenta Dilma Rousseff. 

Não é preciso dizer muito, os números falam por si. Na primeira etapa de concessões federais entre 1995-1997, era FHC, a tarifa média cobrada por 100 km rodados foi de R$ 9,86. Naquele modelo, privilegiou-se o maior preço pago pela rodovia. Na era Lula, entre 2008 e 2009, a tarifa é significativamente inferior, de R$ 2,96 pagos pelos mesmos 100 km. Neste caso, as conessões foram dadas às empresas que ofereceram menor pedágio.
 
Entre as concessões feitas pelos Estados que seguiram o mesmo modelo de FHC, chamam a atenção as do governo de São Paulo. A tarifa média por 100 km no Estado é de R$ 12,76, muito superior à média brasileira de R$ 9,04. Na 1ª etapa das concessões, 1997/1998 (gestão Mário Covas), o valor da tarifa bateu em R$ 13,65 por 100 km. Uma década depois, nas concessões do período de 2008/2009, mesmo com a inflação em queda e a Selic em um patamar inferior, ainda assim, o governo de José Serra persistiu no erro.

“A experiência acumulada durante a 1ª etapa de concessão (em São Paulo) pouco foi aproveitada para realizar aperfeiçoamentos nos contratos na questão tarifária, diferentemente do que fez o governo federal”, afirma o texto da pesquisa do IPEA. Nesta 2ª etapa, enquanto as rodovias federais concedidas cobravam tarifas de R$ 2,96 (100 km), o governo tucano paulista consolidou uma tarifa média de R$ 10,62 pelo mesmo trecho, três vezes mais.

O IPEA também traz luz sobre como as tarifas de pedágio são reajustadas. Há uma miríade de critérios, conforme a concessão. Na primeira etapa de concessões do governo federal (1995-1997), época de inflação e Selic altas, as tarifas de pedágio partiram de patamares elevados.

Assim, em 2011, o valor médio dessas tarifas foi de R$ 9,86/100 km. Em geral, o índice adotado foi o IGP-M, com grande prejuízo aos usuários. De maio de 1995, início da cobrança do pedágio pelo governo federal a janeiro de 2011, a variação foi de 300%, ante 197% do IPCA. Ou seja, as tarifas cresceram, em média, 121% acima da inflação medida pelo IPCA para os últimos 15 anos.

Na 2ª etapa de concessões federais o cenário econômico nacional havia se alterado e o governo Lula adotou o IPCA como base para indicador de reajustes anuais, além de outros critérios. 


Leia a íntegra do estudo:

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Eleição direta dos procuradores-gerais de Justiça

A eleição direta dos procuradores-gerais de Justiça. Se você acha que não se deve amarrar cachorro com linguiça, também deve concordar com a idéia de que somente com um Ministério Publico independente a sociedade poderá ser eficazmente defendida e a corrupção combatida, assine a Petição Pública pela aprovação da PEC n. 31/2009(saiba mais) – Em defesa de um Ministério Público independente, sem a participação do Governador do Estado no processo de escolha do Procurador-Geral de Justiça.

http://www.peticaopublica.com.br/?pi=MPI2012

Assine e divulge para seus vizinhos, colegas, amigos e familiares! Envie emails para os deputados e senadores.


Crescimento da China deve registrar recuperação firme

Da Reuters
PEQUIM, 19 Abr (Reuters) - A economia da China já superou a pior fase depois de registrar nos três primeiros de 2012 o crescimento trimestral mais lento desde o final da crise financeira, e se encaminha para uma recuperação nos próximos meses, mostrou uma pesquisa da Reuters.
Economistas estimam que a segunda maior economia do mundo crescerá 8,4 por cento neste ano, previsão inalterada em relação à última pesquisa, em janeiro. Eles ainda preveem que o crescimento vai subir de forma constante nos trimestres seguintes até alcançar 8,7 por cento em abril-junho de 2013.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Indústria no Primeiro Bimestre

No primeiro bimestre do ano, o desempenho da indústria brasileira foi bastante desfavorável e projeta um crescimento de cerca de 2,0% para 2012, uma estimativa muito modesta, sobretudo ao se considerar que, no ano passado, a produção do setor ficou quase estagnada (aumento de 0,3%). O resultado fraco do primeiro bimestre vale tanto para a produção quanto para o emprego industriais. No primeiro caso, a queda de 1,5% da produção industrial registrada em janeiro foi seguida de um aumento de 1,3% em fevereiro (ambas as taxas relativa ao mês imediatamente anterior com ajuste sazonal).

É cedo para dizer que há uma retomada da produção industrial no País a partir dos dados de fevereiro. Os números do IBGE ainda apontam para uma trajetória de retração das atividades produtivas da indústria nacional. Ao se tomar as taxas de variação de determinado mês contra o mesmo mês do ano anterior, por exemplo, observa-se que a evolução da produção industrial está piorando no Brasil (–1,6%, –2,2%, –2,7%, –1,3%, –2,9%, –3,9%, respectivamente de setembro de 2011 a fevereiro deste ano) e, particularmente de modo mais sensível, nos seus três principais estados industriais (Rio de Janeiro,  Minas Gerais e São Paulo.











 http://iedi.org.br/cartas/carta_iedi_n_515_industria_no_primeiro_bimestre_producao_regional_e_emprego_com_resultados_desfavoraveis.html

Bancos privados aderem à redução dos juros

A Dilma está cada vez  mais corajosa. Está enfrentando o cartel do bancos. Sem bem que o governo deveria primeiro levar a SELIC ao mínimo e depois atuar no spread.

 

Por João Villaverde | Valor

BRASÍLIA - Os maiores bancos privados informaram ao Ministério da Fazenda que pretendem reduzir as taxas de juros de suas linhas de crédito nos próximos dias.
Nesta terça-feira, o Santander aderiu ao movimento, liderado pelos bancos públicos, de corte no custo do dinheiro e o governo espera, agora, o anúncio de uma nova estrutura de taxas de juros, mais baratas, também do Itaú Unibanco e do Bradesco.
Após um início atabalhoado de negociações com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban, a) cruzada do governo Dilma Rousseff contra as elevadas margens (spreads) dos bancos começou a render alguns resultados.
aixa, a expansão do crédito comercial na primeira semana do programa Caixa Melhor Crédito - foi de 13% sobre a semana anterior. No Banco do Brasil, o balanço de dois dias do BOMPRATODOS indica que a média de desembolsos do BB crediário subiu de R$ 396 mil em março para R$ 731 mil nos dois primeiros dias do programa (12 e 13 de abril). Os bancos públicos asseguram que os créditos estão sendo contratados com as taxas de juros anunciadas na semana passada. O governo conta com uma maior expansão do crédito para ajudar na retomada do nível de atividade econômica a partir do segundo trimestre.

http://www.valor.com.br/financas/2619664/bancos-privados-aderem-reducao-dos-juros

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Calote recorde expõe 'bolha' em veículos


Milton Dória/Valor 
Flávio Meneghetti, da Fenabrave: inadimplência só deve começar a diminuir a partir do segundo semestre
Na escalada do calote no crédito de veículos, a culpa sobra até para a avó. A doença da matriarca da família - e o gasto salgado com o remédio - foi a justificativa para um cliente da concessionária Amazon, em São Paulo, deixar de pagar a prestação do carro. A dívida era distribuída no folgado prazo de sessenta meses.
O caso da avó doente está longe de ser a exceção no financiamento de veículos. São histórias como essa que sustentam o patamar histórico em que se encontra a inadimplência do financiamento para veículos da pessoa física. A taxa chegou a 5,5% em fevereiro (último dado divulgado), maior percentual registrado desde que o Banco Central começou a medir o dado, em 2000.
A inadimplência em alta, que desde janeiro de 2011 ganhou cerca de três pontos percentuais, serviu de partida para mudar a forma como é concedido financiamento para carros e motos pelos bancos de varejo. Entre as mudanças, prazos diminuíram, valor da entrada subiu e instituições ficaram mais seletivas - com os maiores participantes do segmento, Itaú e BV Financeira, reduzindo significativamente o ritmo de atividade.
A alta do calote expôs problemas na qualidade dos empréstimos, levando analistas de crédito ouvidos pelo Valor a questionar se a subida da inadimplência não é produto de uma bolha de crédito que se formou no mercado, com a explosão dos empréstimos entre 2008 e 2010.
Altamente dependente do mercado interno, a indústria automobilística já sentiu a queda de 10,9% nos volumes de produção no primeiro trimestre. O quadro começa a levar executivos do setor a reavaliar as projeções que inicialmente indicavam expansão de 4% a 5% nas vendas domésticas em 2012. "O mercado continuou ruim em abril e deve seguir assim no semestre, o que indica que não teremos crescimento este ano", diz o presidente da JAC Motors, Sérgio Habib.
No novo cenário, os bancos estão cada vez mais seletivos. A dificuldade na obtenção de crédito fez a venda a prazo cair de 85% do total no final de 2011 para 78%, no primeiro trimestre deste ano, segundo a Federação Nacional de Veículos Automotores (Fenabrave). "Em 2010, de cada dez fichas com pedidos de financiamento, os bancos aprovavam sete. Hoje a média não passa de quatro ou cinco", diz o novo presidente da entidade, Flávio Meneghetti. Para ele, o nível de inadimplência só deverá diminuir a partir do segundo semestre, "quando o orçamento das família endividadas deverá começar a recuperar o fôlego".
No maior participante da modalidade, o Itaú, o crédito para veículos estancou, fechando 2011 com R$ 60,1 bilhões de saldo, mesmo valor registrado um ano antes. Já a BV Financeira, que passa por reformulação nas mãos do Banco do Brasil, praticamente abandonou o mercado, elevando as taxas para novos empréstimos.
"Os bancos, em especial o Itaú, não estão aprovando mais crédito para profissionais liberais, a não ser em caso de possuírem histórico muito positivo com a instituição", diz Marcelo Jallas, da concessionária Amazon, grupo com lojas das marcas Fiat e Volkswagen, em São Paulo. "Por outro lado, dependendo da ficha do cliente, o crédito sai em um minuto", completa Marcos Leite, gerente da loja Volks.
A seletividade também aparece na mudança dos prazos e tamanho da entrada. Na tentativa de aquecer as vendas na faixa de clientes que conseguem aprovação de crédito rapidamente, os bancos de montadoras começaram a oferecer planos com taxas mais baixas. A estratégia se concentra nos veículos mais afetados por lançamentos de marcas concorrentes. Há poucos dias, o Banco Volkswagen lançou o financiamento do Crossfox em 18 meses, com 60% de entrada e sem taxa de juros.
Na concessionária da Volkswagen Germânica, em Campinas, Evandro Garms conta que os financiamentos de 60 meses sem entrada, que correspondiam a 40% do total feito pela casa há cerca de um ano e meio, hoje ficam entre 5% e 10%.
"O crédito para veículos estava provavelmente caminhando para uma bolha", diz o economista Wermeson França, da LCA Consultores. Ele cita incentivos para aquisição de veículos, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 2008, que levaram à ampliação dos prazos de financiamento.
Mas o cenário do crédito mudou quando, em dezembro de 2010, o Banco Central anunciou as chamadas medidas macroprudenciais, que aumentaram a exigência de capital dos bancos para financiamentos de longo prazo. A economista Mariana Oliveira, da Tendências Consultoria, diz que, enquanto a justificativa oficial do BC era esfriar a demanda e controlar a inflação, em sua opinião houve uma tentativa de encurtar os prazos das operações de crédito "que cresciam em ritmo rápido".
Para ela, as medidas também criaram empréstimos de menor prazo e com juros maiores, que contribuíram para o avanço da inadimplência. Mesmo porque as medidas do BC coincidiram com aumento na competição no mercado de automóveis, com a chegada de modelos chineses.
A suspensão parcial das medidas do BC, em dezembro de 2011, o aumento do salário mínimo e o mercado de trabalho aquecido devem contribuir para a redução gradual da inadimplência ao longo de 2012. Porém, Oliveira acredita que a taxa pode encerrar o ano acima da média histórica.
"Acreditamos que a taxa vai se estabilizar e depois cair. A dificuldade é dizer quando, já que 2011 foi um ano atípico, o que nos deixou sem base histórica para a previsão", diz Décio Carbonari, presidente da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef).
Apesar da revisão das medidas macroprudenciais, as regras de Basileia 3, que exigirão mais capital dos bancos, podem manter os grandes bancos de varejo longe dos financiamentos de veículos. É o que acredita Celso Grisi, professor da Faculdade de Economia e Administração da USP. "Os bancos de montadoras terão que suportar esse mercado", diz. Para ele, o segmento viveu, sim, uma bolha antes de 2011.
Mas alguns bancos de varejo também começam a ensaiar papel mais ativo no segmento, caso do Santander e do PanAmericano. Mesmo assim, o Santander escreveu em seu relatório anual que fez "correções de rota" no crédito de veículos com "políticas mais conservadoras e medidas de segurança na gestão de crédito". Procurados, Itaú, Banco do Brasil, Banco Votorantim, Bradesco, Santander e PanAmericano não comentaram a política de crédito para veículos. (Colaborou Marli Olmos)

http://www.valor.com.br/financas/2616724/calote-recorde-expoe-bolha-em-veiculos?utm_source=newsletter_tarde&utm_medium=16042012&utm_term=calote+recorde+expoe+bolha+em+veiculos&utm_campaign=informativo&NewsNid=2615682

domingo, 15 de abril de 2012

Os truques na edição jornalística

A seletividade da denúncia e da informação na Rede Globo sempre existiu.

Métodos básicos, que sempre assisti nos seus telejornais:
1. Seleção.
1.1. Seleção do comentarista
1.2. Seleção da pergunta.
1.3. Seleção do momento de exposição
... Vale a pena ler esse post.


http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/os-truques-na-edicao-jornalistica

A Veja viajou novamente na maionese: tudo para defender os demo-tucanos e a si própria.



Eu li o artigo da Veja, e só tenho uma observação: a Veja quer enterrar a CPI, custe o que custar.

O caso Cachoeira pega diretamente o senador Demóstenes Torres (DEM/Goiás), o governador Marconi Pirilo (PSDB/Goiás), o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB/GO) e o editor-chefe da revista Veja, Policarpo Jr.

A primeira reação da mídia, diante do escândalo, foi tentar envolver todo mundo: Agnelo (PT/DF), Protógenes (PCdoB/SP), e a construtora Delta -- que, segundo a imprensa, "faz negócios com o Governo Federal" -- convenientemente omitindo o fato de que a Delta faz negócios com todas as esferas do governo, em diversos estados, inclusive São Paulo!!!

Notícias recentes da Folha, do Estadão, e da Globo, dizem que a CPI preocupa a Dilma e setores do PT; quando os mais preocupados, obviamente, devem ser o DEM e o PSDB.

Mas vamos assumir que as acusações sejam verdadeiras, e que Agnelo, Protógenes, e o próprio Governo Federal estejam envolvidos no escândalo. Este seria, sem dúvida nenhuma, o maior escândalo da história recente do país. Maior do que o mensalão, que segundo a Veja foi "o maior escândalo de corrupção da história do país".

A Veja não quer investigação, e usa todos os artifícios que têm à sua disposição para isso: apela para a PT-fobia, para o "risco para a liberdade de expressão", para a imagem de Hitler e Mussolini... nenhum recurso é deixado de lado no objetivo de demonstrar, por A+B, que a CPI será péssima para o Brasil.

Vamos a alguns trechos do artigo (em negrito, intercalado com meus comentários):

"Com o julgamento do mensalão pelo Supremo a caminho, os petistas lançam uma desesperada ofensiva para tentar desviar a atenção dos crimes cometidos por eles no que foi o maior escândalo de corrupção da história brasileira"

Mas quem está fazendo "uma desesperada ofensiva para desviar a atenção dos crimes cometidos" é a própria Veja. (Apenas como exemplo, além dos mais de 200 telefonemas entre Policarpo e Cachoeira, agora temos evidências de que a gravação do Hotel Nahoum -- naquela fatídica capa contra "o poderoso chefão" José Dirceu -- foi feita pelo bicheiro.)

E a Veja continua, dizendo que "o PT espera desmoralizar na CPI todos que considera pessoal ou institucionalmente responsáveis pela apuração e divulgação dos crimes cometidos pelos correlegionários no mensalão — em especial a imprensa."

A imprensa não precisa do PT para se desmoralizar. Ela tem feito isso por conta própria.

"Esse truque funcionou na União Soviética, funcionou na Alemanha nazista, funcionou na Itália fascista de Mussolini, por que não funcionaria no Brasil?". E responde: "Bem, ao contrário dos laboratórios sociais totalitários tão admirados por petistas, o Brasil é uma democracia, tem uma imprensa livre e vigilante"

O Brasil é uma democracia, e a liberdade de imprensa não está sob ameaça. Qualquer um pode escrever o que quiser, e sites na internet começam a dar furos em tempo real -- antes mesmo que as revistas possam chegar às mãos dos assinantes. Isso não significa que a imprensa possa se associar ao crime, ocultar a existência de uma quadrilha por 8 anos em troca de informações privilegiadas, obtidas de maneira ilegal, e promover membros desta quadrilha a "mosqueteiros da ética".

O delírio prossegue: "Uma CPI dominada pelo PT e seus mais retrógrados e despudorados aliados é o melhor instrumento de que a falconaria petista poderia dispor — pelo menos na impossibilidade, certamente temporária para os falcões, de suprimir logo a imprensa livre, o Judiciário independente e o Parlamento."

Aqui a Veja deixa bem claro -- na sua opinião, a CPI é um instrumento para suprimir a imprensa livre, o judiciário independente, e o parlamento. É um instrumento para transformar o Brasil em um ditadura. É uma simplificação grosseira -- como outras que aparecem no artigo -- com o objetivo de causar um mal-estar com relação à CPI.

A essa altura o leitor típico de Veja deve estar pensando: "esta CPI é um perigo!"

"Enquanto o triunfo final não vem, os falcões petistas vão se contentar em usar a CPI para desmoralizar todos os personagens e forças que ousem se colocar no caminho da marcha arrasadora da história, que vai lançar ao lixo todos os que atacaram o PT e, principalmente, seu maior líder, o ex-presidente Lula."

O mais curioso, de acordo com a tortuosa lógica da Veja, é que -- mesmo que a rede de corrupção de Carlinhos Cachoeira seja "suprapartidária", isto é, envolva diretamente o PT -- esta CPI seria de interesse do partido.

"Lula viu na CPI a oportunidade política de mostrar que todos os partidos pecam. Que todos são farinha do mesmo saco e, por isso mesmo, o mensalão não seria um esquema de corrupção inaudito, muito menos merecedor de um rigor maior por parte do Judiciário e da sociedade. Para os petistas, apagar a história neste momento é uma questão de sobrevivência."

Questão de sobrevivência? A presidenta Dilma tem o maior índice de aprovação de toda a história do país, superando até mesmo o Lula; a oposição está desorientada; a própria Veja diz que o PT estaria caminhando rumo ao poder absoluto. Por que esta seria uma "questão de sobrevivência"? O artigo da Veja não consegue manter-se auto-coerente; a única coisa que está perto de se extinguir é a credibilidade da revista.

"É tamanha a ânsia de Lula e dos mensaleiros para enterrar o escândalo que, se preciso, o PT rifará o governador do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz, que também aparece no arco de influência dos trambiques da máfia do jogo."

É tamanha a ânsia da Veja para enterrar a CPI que, se preciso, deixará o petista Agnelo Queiroz livre, junto com Cachoeira, Demóstenes, Pirilo, Leréia, e, é claro, o editor-chefe da revista, Policarpo Jr.

Para defender Policarpo, sem citar o seu nome, a revista diz: "A oportunidade liberticida que apareceu agora no horizonte político é tentar igualar repórteres que tiveram Carlos Cachoeira como fonte de informações relevantes e verdadeiras com políticos e outras autoridades que formaram com o contraventor associações destinadas a fraudar o Erário."

É uma simplificação grosseira. Policarpo Jr. fez muito mais do que apenas usar Carlos Cachoeira como fonte. Ele usou e foi usado. Durante mais de 8 anos, em mais de 200 telefonemas gravados e reuniões presenciais, Policarpo Jr ajudou a promover os interesses da quadrilha, enquanto a quadrilha satisfazia os interesses da Veja.

A Veja sabia das relações de Demóstenes com Carlinhos Cachoeira, e nunca falou nada. Ou melhor: enalteceu Demóstenes, chegando ao ponto de dizer que ele era um dos "mosqueteiros da ética" do senado. A Veja também ajudou a melar uma CPI contra Cachoeira em 2004. Em troca, Cachoeira foi responsável por inúmeros "furos" da revista, em gravações ilegais que envolviam terceiros.

Mas a Veja prossegue com a seguinte lição sobre a ética jornalística:

"Os petistas acham que atacar o mensageiro vai diminuir o impacto da mensagem. Pelo que disse Marco Maia, eles vão tentar mostrar que obter informações relevantes, verdadeiras e de interesse nacional lança suspeita sobre um jornalista. Maia não poderia estar mais equivocado. Qualquer repórter iniciante sabe que maus cidadãos podem ser portadores de boas informações. As chances de um repórter obter informações verdadeiras sobre um ato de corrupção com quem participou dele são muito maiores do que com quem nunca esteve envolvido. A ética do jornalista não pode variar conforme a ética da fonte que está lhe dando informações. Isso é básico."

Se Cachoeira tivesse feito gravações de suas conversas com Demóstenes e Pirilo, isto estaria dentro da ética jornalística.

Mas Cachoeira fez gravações contra terceiros -- pessoas que não estavam envolvidas com eles. Para citar um exemplo, hoje sabemos que as filmagens no Hotel Nahoum foram obra da quadrilha. A reportagem de capa de Veja foi ironicamente intitulada "O Poderoso Chefão".

A Veja tinha acesso ao verdadeiro "chefão" -- e nunca falou nada.

A Veja teve acesso a todas as informações sobre a máfia de Goiás e nunca denunciou o esquema.
 Durante 8 anos a Veja usou e foi usada por Carlinhos Cachoeira. E é por isso que estão com medo.  Mas não é só isso:

"Motivo mesmo para uma CPI seria investigar os milionários repasses de dinheiro público que o governo e suas estatais fazem a notórios achacadores, chantagistas e manipuladores profissionais na internet. Fica a sugestão."

A Veja está com medo porque não controla mais a informação. Se a CPI sair, não haverá como filtrar as informações.
Viva os blogs sujos!
Viva a internet!
http://www.advivo.com.br/node/857552

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Bancos possuem margem de lucro para cortar taxas, diz Mantega

Pensei que o Mantega ia amarelar como sempre, mas botou os banqueiros contra a parede. 


12/04/2012 - 11h26

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1074997-bancos-possuem-margem-de-lucro-para-cortar-taxas-diz-mantega.shtml
Publicidade
MAELI PRADO
BRASÍLIA
O ministro Guido Mantega (Fazenda) afirmou nesta quinta-feira que os bancos privados querem "jogar a conta [da redução dos juros] nas costas do governo" e que possuem margem de lucro suficiente para cortar as taxas sem que o governo tome medidas como redução de impostos e do compulsório (percentual que as instituições financeiras são obrigadas a recolher ao Banco Central, sem remuneração).
Governo cobra 'gesto' de bancos privados
Taxas do cheque especial e empréstimo pessoal caem em abril
Cliente procura BB e Caixa e ameaça migrar de banco
Matéria publicada hoje na Folha já informava que, antes de analisar as propostas dos bancos privados para redução dos custos de empréstimos, o governo Dilma espera que o setor primeiro faça sua parte e reduza as taxas de juros de suas operações de crédito.
O ministro disse ainda que as instituições financeiras estão praticando retenção de crédito. "O Murilo Portugal [presidente da Federação Brasileira de Bancos], em vez de trazer soluções anunciando aumento de crédito, veio aqui para fazer cobrança de novas medidas do governo. Se os bancos são tão lucrativos, eles têm margem sim para reduzir as taxas", disse o ministro.
Mantega declarou também que a economia brasileira está "bastante sólida", que a inflação está baixa e que a situação fiscal está "ótima". "Os consumidores estão com vontade de consumir, com mais salários, mas está havendo uma retenção de crédito por parte dos bancos privados".
O ministro rebateu as críticas dos bancos à falta de garantias nos empréstimos. "No passado tínhamos insegurança jurídica, mas avançamos. Há a nova lei de falências que garante a devolução de recursos, a alienação fiduciária, que garante a retomada de bens, e até o cadastro positivo foi aprovado".
CADASTRO POSITIVO
Mantega negou que o cadastro positivo não tenha sido regulamentado. "Está regulamentado sim o cadastro positivo. Existem condições sim para que os bancos brasileiros deixem de ser os campeões de spread no mundo", disse.
"O governo trabalha permanentemente com uma agenda positiva para aumentar a segurança do crédito, mas independentemente disso os bancos toda hora estão querendo cobrar mais segurança, mais medidas. Querem jogar a conta nas costas do governo", completou.
Ele lembrou ainda o elevado lucro das instituições financeiras no Brasil. "Se não tivessem lucro, poderíamos dizer: de fato, precisamos reduzir tributos, mexer no compulsório. Mas eles têm margem para aumentar o crédito nesse momento, e é necessário que isso seja feito sem se mexer em nada".
BANCOS PÚBLICOS
O ministro citou o papel do corte nas taxas de juros pelos bancos públicos, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, como forma de pressionar os privados.
"Os bancos públicos estão agindo, estão aumentando o volume de crédito à disposição da população. O que eu gostaria é que os bancos privados estivessem participando disso, mas não vamos deixar a economia sem crédito".
Mantega disse que os bancos públicos tem níveis de inadimplência menores do que os privados, e que "farão o que fizeram em 2009", quando as taxas foram reduzidas para combater o impacto da crise internacional sobre o mercado interno. "Não há risco. Eles vão ter até mais lucro, pois vão emprestar mais".

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Muita cara de pau: Bancos privados pedem redução de impostos para baixar juros


Os banqueiros dizem depende do governo a queda do spread bancário e pede uma séria de incentivos. O governo não tem que ceder nada. Deixa a concorrência rolar. Os bancos públicos baixam as taxa, mesmo assim, operações vantajosas. Eles vão ganhar menos por operação, vão ganhar muito mais no volume.
Acho que o governo deveria reduzir bem mais a SELIC antes de pensar  no SPREAD (lucro) bancário. Os bancos dizem que spread não é lucro, dizem que só 30% disso é lucro (já seriam muito alto), mas a contam a imprensa mostra é fantasiosa. A inadimplência não é tão grande  parcela dos custos como se diz e ela seria menor se os juros não fossem tão altos.

Febraban apresenta 20 propostas ao Ministério da Fazenda, incuindo diminuição do IOF para a captação de recursos para emprestar
Nivaldo Souza, iG Brasília

Os bancos privados brasileiros apresentaram nesta terça-feira um conjunto de pedidos e propostas ao governo como contrapartida para reduzir spreads (a diferença entre os juros pagos como rendimento aos correntistas e o cobrado para emprestar o dinheiro de seus clientes).
Foram 20 medidas levadas pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) ao Ministério da Fazenda, em um aguardada reunião após as instituições estatais baixarem seus juros em sinal de pressão do governo para que o setor financeiro privado negociasse spreads menores. "Trouxemos uma série de propostas que visam reduzir o spread. A bola agora está com o Ministério da Fazenda. Estamos seguros que algumas dessas medidas serão adotadas", afirmou o presidente da Febraban, Murilo Portugal. "É de interesse dos bancos reduzir o spread", garantiu.
Entre os pedidos está a redução do Imposto sobre Operações Finceiras (IOF) incidente na captação de recursos para empréstimos. Outro ponto colocado foi a possibilidade de estender a outras áreas do crédito conceitos do financiamento imobiliário, como o pagamento controverso - modalidade na qual o devedor que protesta em juízo contra taxas cobradas em financiamentos de longo prazo segue pagando o valor financiado enquanto a Justiça avalia o caso.
Também foi cobrado do Planalto a publicação do decreto que formaliza a criação do cadastro positivo e sugerida a criação de produtos de crédito mais baratos para o tomador. Além da redução do compulsório, a poupança que os bancos precisam fazer no Banco Central para garantir suas operações financeiras. “O Brasil tem um dos maiores compulsórios do mundo. Cerca de 55% tem que ser depositado, sem retorno," avaliou.
Os bancos querem ainda a permissão para usar parte da reserva de previdência paga pelos clientes como garantia para conceder crédito.
Para Febraban, spread não é lucro
As taxas de juros dos bancos brasileiros estão em segundo lugar as mais altas entre 27 países, atrás apenas do Zimbabue, segundo levantamento realizado Fórum Econômico Mundial, em 2009. Mas o presidente da federação dos bancos avalia que há um erro de intepretação no imaginário popular interligando lucro com spread. "Há uma confusão de que o spread representa os lucros, quando na verdade ele é 30%", disse. "No Brasil, não é diferente de outros países", comentou. 
O executivo afirmou também que parte do spread está atrelado ao custo tributário e operacional de manter as linhas de financiamento. Citando dados do Bnco Central, Portugal afirma que 29% dos juros está no risco de inadimplência, 26% são impostos e tributos e 13% é custo administrativo.
Sobre a pressão do governo sobre os bancos privados, a partir da redução de taxas de juros via Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, Portugal foi físpido ao afirmar que "cabe a cada banco avaliar por si mesmo" se a diminuição de concorrentes estatais terá impacto. Mas o presidente da Febraban reconheceu o peso dos bancos estatais, segundo ele, responsáveis por 42% dos spread. "A concorrência faz com que haja uma redução dos spreads", disse.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Bancos lucram R$ 49,4 bilhões em 2011

Setor foi o que registrou o maior volume de lucros entre empresas de capital aberto


Estudo da consultoria Economatica, divulgado nesta terça-feira, revela que 25 bancos brasileiros registraram lucro de R$ 49,4 bilhões em 2011, um crescimento de 14,48% em relação ao ano anterior. O setor foi o que obteve o maior volume de lucro entre as empresas de capital aberto.
Segundo a Economatica, o lucro dos bancos representa 39,4% do total acumulado pelas 344 empresas consideradas no levantamento, sem a  Petrobras e a Vale. Em 2010 o setor bancário também foi é o que gerou o maior volume de lucros entre segmentos da Bovespa.
Em segundo lugar na pesquisa ficou o setor de energia elétrica, com lucros de R$ 17,5 bilhões em 2011, uma alta de 2,5%.
O lucro total das 344 empresas do levantamento somou R$ 125,6 bilhões em 2011 contra R$ 129 bilhões em 2010, o que corresponde a uma queda de 2,64%.

http://www.jb.com.br/economia/noticias/2012/04/10/bancos-lucram-r-494-bilhoes-em-2011/

domingo, 8 de abril de 2012

Os Mosqueteiros da Ética de Veja

Gabeira já caiu no caso da farra das passagens, Demonestes era serviçal do bicheiro Cachoeira. Simon é um traíra que apoiou inicialmente a privataria de FHC e Serra. Jarbas não gosta de pobre.