sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Jurômetro

Porque pagamos tantos impostos? Taí a principal razão:

sábado, 12 de novembro de 2011

Itália em crise tem dívida pública mais barata que a do Brasil

Apesar da crise europeia, os títulos da dívida da Itália ainda são em tese mais seguros e são negociados com juros mais baixos que os do Brasil.

A aparente contradição fica explícita na rentabilidade dos papéis. Títulos brasileiros com resgate de dez anos chegam a ser negociados entre os investidores com juros anuais acima de 11%, quase o dobro dos 6,7% pagos pelos similares italianos.

Essa distorção ocorre porque o Banco Central do Brasil foi tomado pelo setor financeiro e trabalha para garantir lucros fartos e fáceis para a banca.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Os países mais endividados do mundo

Enquanto a mídia aqui engana e confunde. A crise assola o mundo desenvolvido e economia aqui vai razoavelmente bem.

A dívida pública no Brasil não é alarmante. Ao contrário do que diz os comentarista econômicos, o indicador é bastante robusto. O Brasil e outros seis países do G20 foram citados no comunicado final da reunião de cúpula do grupo, encerrada nesta sexta-feira em Cannes (04/11), na França, "como economias com finanças públicas sólidas e capazes de estimular seus mercados internos se a situação global piorar."

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/11/111104_g20final_rw.shtml

Segundo estimativa do Departamento Econômico do BC, a tendência é de desaceleração da relação dívida-PIB. A relação dívida-PIB deve chegar ao patamar de 39,6% em 2011, 38% em 2012 e 37% em 2013. Projeções que dão conta de que a relação entre a dívida líquida do setor público e o Produto Interno Bruto (PIB) ficará em 35,2% em 2014, ano de Copa do Mundo no Brasil.

Outra mentira contada pela imprensa: a dívida elevada da maioria desses países não foi constituída porque eles gastaram mais do podiam para sustentar uma grande massa de aposentados. Não. A dívida cresceu nos últimos anos porque a maioria dos países correu para salvar a banqueirada e agora essa mesma turma e seus porta-vozes querem que os trabalhadores e aposentados paguem o pato.

Segue a lista países mais endividados:

20º. Estados Unidos – 101,1%

Dívida (como % do PIB): 101,1%

Dívida bruta: US$ 14,825 trilhões

PIB de 2009 (est): US$14,66 trilhões

Dívida per capita: US$ 48.258


19º. Hungria – 120,1%

Dívida (como % do PIB): 120,1%

Dívida bruta: US$ 225,24 bilhões

PIB de 2009 (est):): US$ 187,6 bilhões

Dívida per capita: US$ 22.739


18º. Austrália – 138,9%

Dívida (como % do PIB): 138,9%

Dívida bruta: US$ 1,23 trilhão

PIB de 2010 (est): US$ 882,4 bilhões

Dívida per capita: US$ 57.641


17º. Itália – 146,6%

Dívida (como % do PIB): 146,6%

Dívida bruta: US$ 2,602 trilhões

PIB de 2010 (est): US$ 1,77 trilhão

Dívida per capita: US$ 44.760

16º. Espanha – 179,4%

Dívida (como % do PIB): 179,4%

Dívida bruta: US$ 2,46 trilhões

PIB de 2010 (est): US$ 1,37 trilhão

Dívida per capita: US$ 60.614

15º. Grécia – 182,2%

Dívida (como % do PIB): 182,2%

Dívida bruta: US$ 579,7 bilhões

PIB de 2010 (est): US$ 318,1 bilhões

Dívida per capita: $ 53.984

14º. Alemanha – 185,1%

Dívida (como % do PIB): 185,1%

Dívida bruta: US$ 5,44 trilhões

PIB de 2010 (est): US$ 2,94 trilhões

Dívida per capita: US$51.572

13º. Portugal – 223,6%

Dívida (como % do PIB): 223,6%

Dívida bruta: US$ 552,23 bilhões

PIB de 2010 (est): US$ 247 bilhões

Dívida per capita: US$ 51.572

12º. França – 250%

Dívida (como % do PIB): 250%

Dívida bruta: US$ 5,37 trilhões

PIB de 2010 (est): US$ 2,15 trilhões

Dívida per capita: US$ 83.781

11º. Hong Kong – 250,4%

Dívida (como % do PIB): 250,4%

Dívida bruta: US$ 815,65 bilhões

PIB de 2010 (est): US$ 325,8 bilhões

Dívida per capita: US$ 115.612

10º. Noruega – 251%

Dívida (como % do PIB): 251%

Dívida bruta: US$ 640,7 bilhões

PIB de 2010 (est): US$ 255,3 bilhões

Dívida per capita: US$ 137.476

9º. Áustria – 261,1%

Dívida (como % do PIB): 261,1%

Dívida bruta: US$ 867,14 bilhões

PIB de 2010 (est): US$ 332 bilhões

Dívida per capita: US$ 105.616

8º. Finlândia – 271,5%

Dívida (como % do PIB): 271,5%

Dívida bruta: US$ 505,06 bilhões

PIB de 2010 (est): US$ 186 bilhões

Dívida per capita: US$ 96.197

7º. Suécia – 282,2%

Dívida (como % do PIB): 282,2%

Dívida bruta: US$ 1,001 trilhão

PIB de 2010 (est): US$ 354,7 bilhões

Dívida per capita: US$ 110.479

6º. Dinamarca – 310,4%

Dívida (como % do PIB): 310,4%

Dívida bruta: US$ 626,1 bilhões

PIB de 2010 (est): US$ 201,7 bilhões

Dívida per capita: $113.826

5º. Bélgica – 335,9%

Dívida (como % do PIB): 335,9%

Dívida bruta: US$ 1,324 trilhão

PIB de 2010 (est): US$ 394,3 bilhões

Dívida per capita: US$ 127.197

4º. Holanda – 376,3%

Dívida (como % do PIB): 376,3%

Dívida bruta: $2,55 trilhões

PIB de 2010 (est): $676,9 bilhões

Dívida per capita: $152.380

3º. Suíça – 401,9%

Dívida (como % do PIB): 401,9%

Dívida bruta: US$ 1,304 trilhão

PIB de 2010 (est): US$ 324,5 bilhões

Dívida per capita: $171.528

2º. Reino Unido – 413,3%

Dívida (como % do PIB): 413,3%

Dívida bruta:: US$ 8,981 trilhões

PIB de 2010 (est): US$ 2,173 trilhões

Dívida per capita: US$ 146.953


1º. Irlanda – 1.382%

Dívida (como % do PIB): 1.382%

Dívida bruta: US$ 2,38 trilhões

PIB de 2010 (est): US$ 172,3 bilhões

Dívida per capita: US$ 566.756


http://economia.ig.com.br/criseeconomica/veja-quais-sao-os-paises-mais-endividados-do-mundo/n1597244613617.html

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Alcool anidro recua depois de 13 semanas em alta

http://www.cepea.esalq.usp.br/comunicacao/Cepea_etanol_mai11.doc

Após um mês do início oficial da colheita da cana-de-açúcar na região Centro-Sul do Brasil, os preços do etanol começam a enfraquecer. O etanol anidro, que é misturado à gasolina, recuou na semana passada após acumular a alta de 122% ao longo de 13 semanas consecutivas, conforme dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP.

O Indicador CEPEA/ESALQ semanal do etanol anidro (estado de SP) saltou de R$ 1,2278/litro (sem impostos, a retirar na usina) na semana encerrada em 21 de janeiro para R$ 2,7257 (sem impostos, a retirar na usina) na semana dos feriados de Tirantes e Sexta-Feira Santa, finalizada em 20 de abril. Já na semana passada, o Indicador caiu para R$ 2,3815, valor 12,6% menor que o fechamento anterior.

Pesquisadores do Cepea explicam que essa queda se deveu ao aumento da oferta de etanol por parte das usinas, o que levou algumas distribuidoras a comprar o necessário apenas para a demanda de curto prazo, na expectativa de novas quedas dos preços.

Cálculos do Cepea
mostram que o anidro, na média de abril, remunerou cerca de 24% a mais que o açúcar cristal; no comparativo com o etanol hidratado,o anidro remunerou por volta de 65% a mais – considerando-se os valores médios de venda pelas usinas do estado de São Paulo. Com essa vantagem financeira, neste início de safra, usinas intensificaram a produção de anidro, o que justifica o aumento da oferta captado pelas pesquisas Cepea em especial na última semana.

Vale observar também que na última sexta-feira foi publicada a Medida Provisória nº 532 que reduz o percentual de anidro na gasolina C do intervalo de 25% a 20% para 25% a 18%.

Quanto aos preços do etanol hidratado, o Cepea aponta que seus preços também estão em queda nas usinas paulistas. Como a procura com esse combustível está relativamente baixa pelo fato de a gasolina C estar mais vantajosa em termos econômicos, a queda de preços do hidratado vem ocorrendo desde o final de março.

O Indicador semanal CEPEA/ESALQ do hidratado (estado de SP) da última semana, a R$ 1,3374/litro (sem impostos, a retirar na usina), já foi 18% menor que o da semana encerrada em 25 de março, que foi de R$ 1,6323/litro (sem impostos, a retirar na usina).

No mesmo sentido, o Indicador diário do Hidratado ESALQ/BVMF posto Paulínia – liquida contrato futuro deste produto na BM&FBovespa – tem registrado quedas sucessivas. De 23 de março a 2 de maio, esse Indicador de hidratado recuou 25,3%, saindo de R$ 1.694,00 para R$ 1.266,00/m3 (sem impostos, com frete até base de distribuição de Paulínia).

Cesta Básica Nacional - abril de 2011: preços caem em 14 capitais

Do Dieese

http://www.dieese.org.br/rel/rac/racmai11.xml

NOTA À IMPRENSA-DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, São Paulo, 04 de maio de 2011

Das 17 capitais onde o DIEESE
- Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – realiza a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, 14 apresentaram queda de preço em abril. Em três cidades, a queda superou os 3%; em outras quatro, ficou entre 2% e 3%. As maiores reduções ocorreram em Salvador (-7,87%), Recife (-3,69%) e Aracaju (-3,36%). As três capitais onde a cesta básica registrou aumento de preços foram Porto Alegre (alta de 1,34%), Florianópolis (0,91%) e São Paulo (0,35%).

A aquisição do conjunto de itens básicos em São Paulo custou R$ 268,52,
o maior valor entre as localidades pesquisadas. Em Porto Alegre, o preço da cesta correspondeu a R$ 264,63 e, em Vitória, ficou em R$ 256,12. As cidades mais baratas foram Aracaju (R$ 185,88), João Pessoa (R$ 198,79) e Recife (R$ 202,03).

Com base no maior valor apurado para a cesta e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deva suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o salário mínimo necessário.


Em abril, o valor do mínimo foi calculado em R$ 2.255,84, o que representa 4,14 vezes o mínimo em vigor, de R$ 545,00. Em março, o piso mínimo era estimado em R$ 2.247,94 (4,12 vezes o menor salário legal), enquanto em abril do ano passado correspondia a R$ 2.257,52, ou seja, 4,42 vezes valor então vigente (R$ 510,00).

Variações acumuladas


No primeiro quadrimestre deste ano, 15 das 17 localidades pesquisadas acumulam aumento de preços. As maiores variações foram registradas em Brasília (6,27%), Florianópolis (6,05%), Vitória (5,83%), seguidas por Aracaju (5,69%) e Rio de Janeiro (5,15%).

Nos últimos 12 meses, Goiânia apresentou a maior variação para o conjunto dos produtos: 14,87%, seguida por Fortaleza (13,57%), Florianópolis (5,37%) e Vitória (4,94%). Ao longo deste período, dentre as quatro cidades com variações negativas, as menores foram em Salvador (-7,55%) e Recife (-5,80%) - Tabela 1.

Cesta x salário mínimo


Para adquirir a cesta básica, o trabalhador que ganha salário mínimo precisou cumprir, em abril, na média das 17 capitais pesquisadas, jornada de 94 horas e 41 minutos, tempo menor que o exigido em março (96 horas e 13 minutos).

Em abril de 2010, a mesma compra comprometia jornada bem maior: 98 horas e 44 minutos.

Quando se considera o percentual do salário mínimo líquido gasto com a cesta, após a dedução da parcela referente à Previdência Social, também é possível notar um pequeno recuo, em abril (46,78%) em relação ao comprometido em março (47,54%). Em abril de 2010, o custo da cesta representava 48,78% do mínimo líquido.

Comportamento dos preços


O tomate
, item pesquisado em todas as localidades, foi o produto que mais influenciou a queda no preço da cesta. Porto Alegre foi a única localidade que teve alta no preço do produto (4,67%). Nas demais localidades, a variação no preço do produto ficou entre -29,33% (Salvador) e -2,19% (Manaus). No total das localidades pesquisadas, em 13 capitais a diminuição dos preços médios ficou acima de -10%.

A batata,
pesquisada em nove capitais, teve alta nos preços em todas as localidades, sendo a maior ocorrida em Curitiba (43,41%), seguida por Belo Horizonte (33,90%) e Porto Alegre (27,56%). Apenas Goiânia (9,09%) teve aumento inferior a 10%.

Produto de grande peso na cesta, a carne mostrou comportamento diferenciado no mês, com alta em nove cidades, a maior em Natal (2,82%), e redução em outras oito, entre as quais mais se destacou Porto Alegre (-1,65%).

O arroz r
egistrou pequena alta em Natal (1,72%) e em Salvador (1,62%). Em Curitiba e Recife o preço permaneceu estável. E em 11 cidades a variação foi negativa, com maiores quedas no Rio de Janeiro (-4,98%), Porto Alegre (-4,49%) e Brasília (-4,26%).

O feijão
apresentou preços com comportamentos variados. Houve aumento em sete cidades, com destaques para Belo Horizonte (10,14%), São Paulo (7,95%) e João Pessoa (6,80%). Em Brasília, não houve variação no preço do produto. E nas nove localidades restantes os preços tiveram queda, com destaque para Manaus (-6,49%), Florianópolis (-5,19%) e Vitória (-4,63%).

O preço do pão
subiu em oito cidades. A maior alta foi observada em Porto Alegre (4,67%) e a segunda maior em Natal (2,85%). Outras oito capitais tiveram baixa no preço do pão, sendo a menor em Aracaju (-3,41%), seguida por Recife (-2,97%). Em Belém não houve alteração no preço do produto. As variações do gasto total por produto e por região podem ser melhor avaliadas na Tabela 2.

São Paulo


O custo da cesta de alimentos básicos na capital paulista foi de R$ 268,52 no mês de abril, permanecendo o mais caro entre as 17 capitais pesquisadas. A alta mensal (0,35%), a alta do primeiro quadrimestre (de 1,27%) e a dos últimos 12 meses (de 2,73%) foram relativamente pequenas.

Os aumentos mensais dos produtos tiveram elevações fortes na batata (25,64%) e no feijão (7,95%). Ainda encareceram o leite (3,13%), a manteiga (2,79%), a carne (1,87%) e o café (1,56%). Baratearam o tomate (-13,73%), o arroz (-3,66%), o açúcar (-1,84%), a banana (-1,70%), a farinha de trigo (-0,94%) e o pão (-0,15%).

O preço do óleo de soja permaneceu estável.

No período anual,
os maiores aumentos foram anotados no óleo de soja (26,46%), na carne (21,38%), na farinha de trigo (15,38%), no pão (8,17%), na banana (6,98%), café (4,98%) e no leite (2,64%).

Caíram de preço
a batata (-25,08%), o tomate (-15,17%), o feijão (-14,66%), o arroz (-10,68%), o açúcar (-10,13%) e a manteiga (-6,91%). Os fatores climáticos favoreceram a produção desses alimentos essenciais.

O trabalhador paulistano cuja remuneração é o salário mínimo (R$ 545,00) necessitou trabalhar 108 horas e 24 minutos para a aquisição da cesta básica em abril, pouco acima da jornada de março, que havia sido de 108 horas e 01 minuto, mas abaixo da jornada de abril do ano passado, que foi de 112 horas e 45 minutos.

Resultado semelhante pode ser obtido comparando o custo dos alimentos com o salário mínimo líquido, ou seja, após os descontos da Previdência Social. Em abril, o custo dos alimentos representava 53,55% do mínimo líquido, praticamente igual ao de março (53,37%), ambos inferiores ao do mês de abril de 2010 (55,71%).

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Fone bluetooth i.Tech para TVs LG

Tenho uma LG Scarlet II e estava procurando um fone bluetooth barato. Comprei um xingling Tech Clip R35 por R$40. Funciona bem. Conectei à TV e escuto nas altas hora o som límpido pelo fone.

Dá para usar esse receptor para conectar a TV num microsystem também.
Só tem um problema, o manual que acompanha foi escrito por um chinês semi-alfabetizado em inglês. O código para conectar ao fone não é 0000 indicado no manual e sim 8888.

Nesse caso as TVs da Sansung são mais práticas, pois vários modelos geram o sinal de áudio em FM.

Abaixo a especificação do produto.
  • Bluetooth specification v1.2 class 2
  • Supports Bluetooth headset, handsfree, A2DP and AVRCP profiles
  • Rechargeable 250 mAh li-polymer battery
  • Compatible i.Tech 110 ~ 240Vac Switching Power Charger
  • 3.5mm audio jack socket for customized earphone
  • Talk Time: up to 6 hours
  • Music Playing Time: up to 6 hours
  • Standby Time: up to 150 hours
  • Dimensions (main body): 55 x 24 x 27mm
  • Weight: 20.1 grams

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Desindustrialização: commodities já são 69% das exportações

O caminho da desindustrialização...

Commodities já somam 69% das exportações brasileiras

AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - A escalada de preços das matérias-primas no mercado internacional elevou a participação desses produtos nas exportações brasileiras para o maior nível em duas décadas. A fatia das commodities nas vendas externas atingiu 69,4% em 2010, ante 67,2% em 2009 e 51% em 2000, revela um estudo do banco Credit Suisse.

Apenas seis produtos - minério de ferro, petróleo, soja, açúcar, aço e celulose - responderam por 50% das exportações de US$ 201,9 bilhões em 2010. "É muito provável que o peso das commodities nas exportações brasileiras aumente neste ano, podendo chegar a 75%", prevê o economista-chefe da instituição e responsável pelo estudo, Nilson Teixeira.

Para calcular a participação das matérias-primas nas exportações, Teixeira considerou como commodities itens que passaram por algum tipo de processamento, como produtos siderúrgicos e açúcar, por exemplo, e não apenas os produtos tidos como básicos nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

http://economia.estadao.com.br/noticias/economia+geral,commodities-ja-somam-69-das-exportacoes-brasileiras,62601,0.htm

domingo, 27 de março de 2011

Gestão Serra cortou verbas para limpeza do Tietê causando enchentes na capital

Rio Tietê ficou sem limpeza por quase três anos em São Paulo

Arthur Guimarães
Do UOL Notícias
Em São Paulo

Destino do equivalente a cerca de 400 piscinas olímpicas de lixo e resíduos todo ano, o trecho metropolitano do rio Tietê ficou sem limpeza entre 2006, 2007 e parte de 2008.

O governo estadual assumiu nesta semana, em resposta a questionamento feito há 24 dias pelo UOL Notícias, que por mais de 1.000 dias não foi feito o serviço de desassoreamento do leito que corta São Paulo e cujos transbordamentos, em dias de forte chuva na capital, interrompem o tráfego na marginal e trazem o caos aos paulistanos. Só nos primeiros três meses deste ano, foram registrados três episódios do tipo.

Nota oficial emitida em 22 de março pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), órgão vinculado à secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, confirma que houve uma suspensão no serviço de escavação, recolhimento e transporte dos dejetos que se acumulam no fundo do leito do rio.

Na análise de especialistas, tal suspensão é temerária e pode, inclusive, ter prejudicado os ganhos obtidos com o rebaixamento da calha do Tietê, obra entregue em 2005, sob o custo de R$ 2 bilhões, e que alargou o rio em até 30 metros e o aprofundou em 2,5 metros.

Como apontam engenheiros e geólogos, o Tietê é um rio plano, com baixa velocidade da água e limitada capacidade de autolimpeza. Por isso, precisaria ser desassoreado sempre –apesar de essa ser uma tarefa cara (retirar 1 milhão de metros cúbicos custa R$ 64 milhões) e com pouca visibilidade política.

http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/03/25/governo-de-sp-deixou-de-limpar-o-rio-tiete-por-quase-tres-anos.jhtm

sexta-feira, 25 de março de 2011

A piora nos indicadores da educação paulista

Não adianta reclamar, os indicadores são do próprio estado de SP

http://educacao.uol.com.br/ultnot/2011/03/18/nota-do-ensino-medio-de-sp-...

18/03/2011 - 17h35
"Nota" do ensino médio do Estado de SP cai e chega a 1,81 em uma escala de zero a dez
Rafael Targino
Em São Paulo

O Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo), uma espécie de “nota” da educação do Estado, caiu entre 2009 e 2010 nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio. Neste último nível, a nota do ano passado foi 1,81, contra 1,98 em 2009, em uma escala de zero a dez.

Nos anos finais do ensino fundamental, a nota recuou de 2,84 para 2,52. Nos inciais, a nota subiu de 3,86 para 3,96. O índice é feito levando-se em conta dados de aprovação, reprovação, abandono e os resultados no Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo), composto por provas de português e matemática.

Fazem os exames os estudantes dos 5º e 9º anos do fundamental e do 3º ano do ensino médio. O Idesp também influencia nos bônus por desempenho pagos a professores da rede.

Segundo a secretaria, a redução no 9º ano se deu pelas quedas nas notas de matemática (de 251,5 em 2009 para 243,3 em 2010) e português (de 236,3 para 229,2). Esse mesmo recuo foi registrado no ensino médio, em português (de 274,6 para 265,7) e em matemática (de 269,4 para 269,2).

Quem puxou o crescimento da primeira etapa do ensino fundamental foi a prova de matemática. A nota dos alunos subiu de 201,4 em 2009 para 204,6 em 2010.

Proficiência

A distribuição por níveis de proficiência nos três níveis seguiu o resultado do Idesp, com melhora nos anos iniciais e piora nos finais e no ensino médio. Veja:

Anos iniciais do fundamental
2009 2010
MATEMÁTICA
Insuficente 30,3% 29%
Suficente 63,3% 62,7%
Avançado 6,3% 8,2%
PORTUGUÊS
Insuficente 20,9% 19,8%
Suficente 68,8% 70,4%
Avançado 10,3% 9,8%
Anos finais do fundamental
2009 2010
MATEMÁTICA
Insuficente 27,6% 34,9%
Suficente 71,2% 64,3%
Avançado 1,2% 0,8%
PORTUGUÊS
Insuficente 22,5% 28,4%
Suficente 75,5% 69,8%
Avançado 2,3% 1,7%
Ensino médio
2009 2010
MATEMÁTICA
Insuficente 58,3% 57,7%
Suficente 41,2% 42%
Avançado 0,5% 0,3%
PORTUGUÊS
Insuficente 29,5% 37,9%
Suficente 69,8% 61,6%
Avançado 0,7% 0,6%

Dívida em dólar sobe e preocupa governo

Da Folha

Endividamento privado em moeda estrangeira supera o nível de 2008, quando a crise afetou Sadia, Aracruz e Votorantim

Para analistas, o fato de serem operações de curto prazo indica que muitos dos recursos são usados para especular

EDUARDO CUCOLO
DE BRASÍLIA

A dívida em moeda estrangeira de empresas e bancos já supera o nível anterior à crise de 2008. Com isso, tornou-se um dos alvos do governo na tentativa de segurar a inflação e a queda do dólar.

Dados do Banco Central mostram que a dívida externa do setor privado chegou a US$ 111 bilhões em setembro, último dado disponível. Há três anos, às vésperas da crise, eram US$ 97 bilhões.

Esse nível de endividamento externo só havia sido alcançado pelo setor privado entre 1998 e 2000, quando chegou a US$ 117 bilhões, e é quase o dobro do verificado há cinco anos.

Outro fator de risco é o aumento na dívida com vencimento em até 12 meses, que dobrou desde 2009.

O fato de serem operações de curto prazo reforça a avaliação, segundo analistas do mercado de câmbio, de que muitas operações não estão ligadas a recursos para investimento, mas à especulação com a queda do dólar.

Na crise de 2008, várias empresas que especulavam com o câmbio, entre elas Sadia, Aracruz e Votorantim, tiveram prejuízos e foram socorridas pelo governo.

O BC já manifestou preocupação com o risco de uma nova virada nas cotações. Em janeiro, anunciou medidas para diminuir as dívidas dos bancos no mercado de câmbio no Brasil. Agora, o governo estuda novas ações para conter a queda do dólar e está de olho no aumento das dívidas no exterior.

FECHAR PORTAS

Além de diminuir o risco cambial das empresas, essas restrições podem fechar uma das principais portas de entrada de recursos no país.

Outro problema é que parte desse dinheiro está sendo trazida pelos bancos, cuja dívida externa cresceu 57% nos primeiros nove meses de 2010, para elevar sua capacidade de empréstimos. Isso reduz a eficácias das medidas para conter a alta do crédito e esfriar a economia.

Sidnei Nehme, da corretora NGO, afirma que a extensão da cobrança do IOF de 5,38%, que hoje se aplica só a empréstimos de até 90 dias, pode desestimular o uso desses empréstimos para lucrar com a diferença de juros dentro e fora do país.

Mario Battistel, da corretora Fair, diz, no entanto, que não há como taxar o dinheiro destinado à especulação sem prejudicar a vinda de recursos para o setor produtivo.

Em 2010, o valor dos novos empréstimos obtidos no exterior superou em quase 150% o pagamento de dívidas.

Empresas e bancos brasileiros pagaram US$ 14 bilhões, mas contraíram US$ 34 bilhões em novas operações de crédito fora do país.

As dívidas de curto prazo no exterior somavam US$ 62 bilhões em janeiro, 24% da dívida externa do país, o dobro da participação de 2006.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Biodiesel e Petrobras fortalece agricultura familiar no NE

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110321/not_imp694790,0.php

Biodiesel fortalece pequeno produtor no Nordeste
Mais de 100 mil famílias lucram com a produção de oleaginosas, com contratos de cinco anos e preços garantidos pela Petrobrás
21 de março de 2011 | 0h 00, Eduardo Magossi / RECIFE - O Estado de S.Paulo

O programa nacional de biodiesel mudou a cara da agricultura familiar em regiões do Nordeste, introduzindo com sucesso as culturas do girassol e da mamona entre pequenos produtores. A garantia de escoamento por meio de contratos de longo prazo com a Petrobrás Biocombustível permite que esses agricultores ampliem a produção e troquem terras arrendadas por próprias, movimentando a economia de municípios da Bahia, Sergipe e Pernambuco.
Nessas regiões, as casas de alvenaria já substituem as barracas de lona. Nas agrovilas, a pavimentação das ruas e o surgimento de pequenos mercados, padarias e cabeleireiros refletem o desenvolvimento da economia local. A maioria das casas já conta com antena parabólica.

Iniciativas simples como garantir a compra dos produtos com contratos de longo prazo têm resultado em um aumento médio da renda destes pequenos produtores em cerca de R$ 6 mil por ano - dinheiro extra que tem sido usado para investimentos na própria lavoura e na melhoria das condições de vida.

De 100 mil famílias que plantam oleaginosas para a produção de biodiesel no Brasil, o programa da Petrobrás Biocombustível (PBio) atende mais de 50% por meio de contratos. "A grande virada foi a criação de contratos de cinco anos, que deu estabilidade e confiança ao agricultor. Ele pode pensar sua propriedade como um negócio no médio prazo", afirma o presidente da PBio, Miguel Rossetto.

Com o programa, a Petrobrás fornece sementes de mamona e girassol para o produtor, além de assistência técnica. Na hora da comercialização, os preços são definidos pelo mercado conforme a data da entrega, respeitando o valor mínimo definido pelo Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar. "O produtor recebe se entregar o produto", diz Rossetto.

Na safra 2009/10, a PBio comprou 84.542 toneladas de produtos por R$ 80,7 milhões - o valor não inclui despesas com assistência técnica e sementes. Embora o volume ainda seja modesto, é suficiente para mudar a vida dos agricultores dessas regiões carentes de investimento e infraestrutura. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário, 50% dos estabelecimentos da agricultura familiar estão no Nordeste.

Terra própria. Em Alagoinha, no agreste pernambucano, o agricultor Enéas de Almeida teve produtividade recorde com o plantio de mamona. Ele registrou 1.480 quilos da oleaginosa por hectare na safra 2010 - muito acima da média de 700 quilos por hectare de Pernambuco. Almeida vinha plantando mamona em cinco hectares de terras arrendadas. "Com o dinheiro que recebi da Petrobrás pela venda da primeira safra, comprei dez hectares", conta. "Agora vou plantar no que é meu."

O pequeno produtor Juracy Souza Pires seguiu à risca as recomendações dos técnicos e usou a mamona para diversificar sua atual produção. Em Irecê, no polígono das secas baiano, a 480 quilômetros de Salvador, Pires é mais um agricultor que está ajudando a reativar o plantio de mamona na região, que já foi conhecida como a capital do feijão. "A venda da mamona me deu renda extra e eu não precisei buscar recursos em agiotas nos últimos dois anos." Sem acesso a recursos bancários, Pires diz que a renda também foi suficiente para dar início à irrigação da lavoura.

O professor de Economia da Universidade Federal de Sergipe, Olívio Teixeira, especialista em agricultura familiar, ressalta que o programa de biodiesel tem sido importante por incentivar a organização dos produtores para fazer frente às exigências da PBio. "De certa forma, o programa incentivou a organização de cooperativas regionais e criando um ambiente para o bom desempenho de programas governamentais, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar."

Segundo Teixeira, o pequeno agricultor também tem se mostrado receptivo à transferência de conhecimento propiciada pela assistência técnica do programa de biodiesel. "Estas novas tecnologias, embora básicas, têm levado ao aumento de produtividade não só nas lavouras do programa mas também nas demais culturas plantadas."

Para o pesquisador, a maior vantagem do programa é o fortalecimento da agricultura familiar e não apenas o biodiesel. Em algumas áreas, não foi só a produtividade que dobrou, mas também a renda das famílias.

Baixos salários e condições de trabalho fazem professores desistirem em SP

Em São Paulo, o estado do partido da boa gestão (PSDB), professores concursados desistem devido aos baixos salários e péssimas condições de trabalho.


Professor "novato" desiste de aulas na rede estadual

Por dia, dois docentes recém-concursados abandonam escolas em São Paulo

Principal reclamação é sobre falta de estrutura na rede; governo afirma que desistências estão dentro do esperado

FÁBIO TAKAHASHI - FOLHA DE SÃO PAULO

Formado na USP, Edson Rodrigues da Silva, 31, foi aprovado ano passado no concurso público da rede estadual para ensinar matemática. Passou quatro meses no curso preparatório obrigatório do Estado para começar a lecionar neste ano no ABC paulista. Ao final do primeiro dia de aula, desistiu.

"Vi que não teria condições de ensinar. Só uma aluna prestou atenção, vários falavam ao celular. E tive de ajudar uma professora a trocar dois pneus do carro, furados pelos estudantes. Se continuasse, iria entrar em depressão. Não vale passar por isso para ganhar R$ 1.000 por 20 horas na semana."

Silva diz que continuará apenas na rede privada. Como ele, outros efetivados neste ano pelo governo já desistiram das aulas, passados apenas 39 dias do início das aulas, sendo 25 letivos.

Até sexta-feira, 60 já haviam finalizado o processo de exoneração, a pedido, média de mais de dois por dia letivo. Volume não informado pela Secretaria da Educação está com processo em curso.

A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) diz ser normal o número de desistências, considerando a quantidade de efetivações (9.300). Educadores, porém, discordam.

Para a coordenadora do curso de pedagogia da Unicamp, Maria Marcia Malavasi, "o cenário é triste; especialmente na periferia, os professores encontraram escolas sem estrutura, profissionais mal pagos, amedrontados e desrespeitados."

DESMOTIVAÇÃO

As desistências têm diferentes motivações. Entre as principais citadas por exonerados ouvidos pela Folha estão falta de condições de trabalho (salas lotadas, por exemplo), desinteresse de alunos e baixos salários.

"Muitos alunos não apresentam condições mínimas para acompanhar o ensino médio e têm até uma postura agressiva com o professor", disse Juliana Romero de Mendonça, 25, docente de química. "A realidade da escola é diferente da mostrada no curso", afirmou Gilson Lopes Silva, 30, de filosofia.

O concurso selecionou docentes de todas as matérias do final dos ensinos fundamental e médio, séries com muitos temporários e mais problemas de qualidade.

Para Maria Izabel Noronha, presidente do sindicato do magistério, além de condições precárias da rede, "a formação nas universidades não é satisfatória, pois elas trabalham com uma escola irreal, de alunos quietinhos". Ela exige que o Estado dê mais tempo aos docentes para a formação em serviço.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Investimento da União atinge 3,5% do PIB

Sergio Lamucci | De São Paulo
Valor Econômico - 24/01/2011

O investimento da União e das estatais federais subiu pelo sétimo ano seguido em 2010, atingindo perto de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo números da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda. O volume investido é um pouco superior aos 3,26% do PIB de 2009 e mais que o dobro do 1,59% do PIB registrado em 2003. As inversões do governo federal tiveram um impulso mais significativo em 2006, ganhando fôlego nos anos seguintes com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de 2007.

Entre as estatais, o grande destaque é a Petrobras, que, sozinha, investiu o equivalente a 2,03% do PIB nos 12 meses até outubro. É quase 70% a mais que o 1,21% do PIB investido pela União nos 12 meses até novembro de 2010. Uma pequena parte dos investimentos da Petrobras é feita fora do país, em torno de 5% do total.

Alckmin ''herda'' R$ 307 mi em contratos de publicidade de Serra

Governador de São Paulo extinguiu a Secretaria de Comunicação, mas tem 22 acordos assumidos pelo antecessor na área

Fabio Leite - O Estado de S.Paulo 24/01/2011

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) herdou da gestão dos também tucanos José Serra e Alberto Goldman 22 contas de publicidade que somam R$ 307,6 milhões, valor equivalente a seis vezes o orçamento da Secretaria da Pessoa com Deficiência.

São contratos assinados pela extinta Secretaria de Comunicação (Secom) - hoje subsecretaria -, por oito empresas, duas fundações e uma autarquia e prorrogados no fim do ano passado. A maior parte dos acordo vigora ao menos até maio.

Na primeira semana de governo, Alckmin anunciou o remanejamento de R$ 24 milhões do orçamento de comunicação para o Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee), que a usará para desassorear a calha do Rio Tietê, e a revisão de todos contratos do governo Serra/Goldman. Na sexta-feira, contudo, o governo informou que ainda não há nenhuma decisão sobre redução dos negócios ou cancelamento de campanhas publicitárias.

Durante a transição, reservadamente, o atual governador reclamou com interlocutores que, do seu ponto de vista, Serra havia exagerado no gasto com publicidade. Só a Lua Branca Propaganda, agência de Luiz Gonzalez, marqueteiro das campanhas de Alckmin ao governo e de Serra à Presidência em 2010, mantém três contas semestrais no valor total de R$ 87,6 milhões. Duas delas (de R$ 34,6 milhões e R$ 17 milhões) são com a Secom para as campanhas da Nota Fiscal Paulista, Lei Antifumo e do mínimo paulista, entre outras, e uma com a Dersa (R$ 36 milhões), estatal responsável pelo trecho sul do Rodoanel e pela ampliação da Marginal do Tietê.

Com exceção da Secom, que concentra R$ 105 milhões em quatro contratos direcionados para as pastas da Saúde, Educação e Fazenda, a Dersa é o órgão do governo que mais investe em ações de marketing. Além da conta da Lua Branca, a empresa também prorrogou até maio a contratação da DPZ Propaganda no valor de R$ 17,5 milhões, totalizando R$ 53,5 milhões. Ambos têm duração de seis meses.

Em seguida vem a Sabesp. A estatal do saneamento tem duas contas de publicidade semestrais que somam R$ 43,7 milhões e que foram estendidas até junho. A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), terceira na lista, também prorrogou suas três contas, que somam R$ 30 milhões.

A CPTM divide com o Metrô as campanhas do programa Expansão São Paulo e estendeu três contratos, no total de R$ 28,1 milhões. O maior deles (R$ 12,8 milhões) é com a Duda Propaganda, agência do marqueteiro Duda Mendonça, réu no processo do mensalão, no Supremo.

Não são apenas as grandes estatais que investem em propaganda. A Fundação Florestal, por exemplo, órgão ligado à Secretaria do Meio Ambiente, tem uma conta semestral de R$ 5 milhões que vigora até fevereiro e pode renovada por mais seis meses. Já a Artesp, agência reguladora do transporte rodoviário, tem contrato até 17 de março com agência White Propaganda. A conta de seis meses é de R$ 10 milhões e também pode ser prorrogada novamente.

Alckmin informou em nota que os valores previstos nos contratos com as agências podem não ser integralmente pagos. "O desembolso dos recursos previstos no Orçamento dependem da autorização dos órgãos contratantes, que podem ou não executar serviços de publicidade durante o período de vigência dos contratos", diz a nota. Segundo a assessoria, "os contratos não geram direitos para as agências" e "a execução se dá conforme a necessidade" de cada órgão.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110124/not_imp670253,0.php

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O terrorismo dos inflacionistas

O economista Armando Castelar tem um papel manjado no mercado. Sua função é a mensageiro que passa pelas ruas das vilas medievais gritando "fogo", para manter a população permanentemente de sobreaviso.

Não se trata de um exercício banal de terrorismo. Ao espalhar temores infundados sobre situação fiscal, inflação e outros bichos, visa criar um clima para aumento de juros e para cortes em investimento e programas sociais. Por maldade? Não. Mas quanto maior o corte fiscal, maior será o espaço para aumentar os juros. Ou seja, há uma lógica nessa histeria.


Continue a leitura:
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-terrorismo-dos-inflacionistas

Crítica consistente: David Neeleman critica lei de licitações e TCU

Não diria que tem que acabar com a lei de licitações e com o TCU, mas é preciso agilizar a sistema público de contratações e compras e o TCU deve avaliar melhor suas ações.


Folha de S.Paulo, 14/02/2011

ENTREVISTA DA 2ª DAVID NEELEMAN



Tudo é mais caro no Brasil; isso é falta de concorrência

CRIADOR DA AZUL LINHAS AÉREAS SUGERE EXTINÇÃO DA LEI DE LICITAÇÕES E DO TCU

MARIANA BARBOSA

DE SÃO PAULO

O fundador e dono da Azul defende a criação de terminais temporários nos aeroportos para dar conta da demanda da Copa e ataca a Lei das Licitações (de 1993, que estabelece normas e prazos para contratação por todas as esferas do poder público) e o TCU (Tribunal de Contas da União). Leia os principais trechos da entrevista.



Folha - A Copa está se aproximando e a ampliação dos aeroportos não saiu do papel.
David Neeleman - Vai ser um grande problema. Sabe, eu queria acabar com a lei 8.666 (Lei das Licitações) e com o TCU. Em Vitória, gastaram R$ 30 milhões com as obras do aeroporto. Aí sumiu R$ 1 milhão e o TCU mandou parar tudo. Faz cinco anos que a obra está parada e os R$ 30 milhões foram para o lixo. Tem que investigar, mas não precisa parar a obra. Eu sempre pergunto aos brasileiros sobre isso e eles dizem: "Isso é o Brasil". Não aceito. A Nigéria não faz coisa tão estúpida.

Teremos caos aéreo na Copa?
Vocês ficam sempre pensando na construção de prédios. Mas dá para fazer terminais temporários. Temos um plano para um terminal em Viracopos que pode ser aberto antes da Copa. Em seis meses a gente constrói um pátio e um terminal. Já fiz isso quatro vezes nos EUA. Existem uns terminais infláveis que você arma em 30 dias. As cidades que estão crescendo muito no mundo não esperam cinco anos.

O que fazer com a Infraero?
O Estado pode ser dono da empresa, mas tem que liberar da [lei] 8.666. Devia ser como nos EUA, onde a autoridade aeroportuária não pode distribuir lucro. Não pode aumentar tarifa pra aumentar o lucro fácil. O lucro precisa ser todo reinvestido.

Se o governo decidir conceder à iniciativa privada a construção de terminais, o sr. teria interesse?
Não acho uma boa política para o consumidor, mas, se for a melhor maneira de fazer, eu faria o investimento.

A Azul transportou 7 milhões de passageiros em dois anos -batendo o recorde que era da sua ex-empresa nos EUA, a JetBlue.
A Azul começou com mais aviões do que a JetBlue. Mas é porque, durante a crise [financeira internacional], a Embraer pediu para nós recebermos mais aeronaves para eles manterem a linha de produção sem precisar demitir mais. Foi bom para nós, foi bom para eles.

O crescimento econômico do país ajudou.
Sim, mas o setor aéreo está crescendo três vezes mais que a economia. Há dois anos, quando olhamos o mercado brasileiro, eram 50 milhões de pessoas viajando, mas deveria ter 150 milhões já naquela época [hoje são 70 milhões]. E as duopolistas [TAM e Gol] que estavam em Campinas antes de nós estavam voando com a taxa de ocupação bem baixa.

E qual foi a estratégia?
Seguimos dois princípios: começamos a segmentar as tarifas [política que prevê preços mais baixos para quem compra com antecedência], atraindo pessoas que estavam viajando de ônibus. E a oferecer voos diretos. As pessoas não gostam de fazer conexão.

Mas TAM e Gol também fazem segmentação de tarifa.
Antes da Azul, a diferença entre a tarifa mais baixa e a mais alta era 50%. Agora é mais de 300%. Quando começamos a voar em Campinas, a tarifa lá era 20% mais alta do que em Guarulhos. Era como se as empresas falassem: se você quiser voar de Campinas, tem que pagar mais. Nós mudamos isso e o aeroporto explodiu.

Uma das coisas mais elogiadas da JetBlue é o call center, com atendentes trabalhando de casa. Por que não deu certo aqui?
Porque a Telefônica cobra por minuto nas ligações locais. Nos EUA, você paga US$ 40 e fala 20 horas por dia. Isso é falta de concorrência. Tudo é mais caro no Brasil. Celular, internet, linhas de telefone. Fico impressionado. As pessoas ganham salários menores aqui, mas pagam mais por quase tudo. Só casa e comida é mais barato.

Onde é mais fácil ganhar dinheiro, aqui ou nos EUA?
Aqui. Já temos quase 10% do mercado. A JetBlue tem 4% nos EUA, depois de dez anos.

A Azul tem 35 ônibus que levam as pessoas de graça para Viracopos. Qual o custo e a importância disso?
Faz parte do nosso negócio. O taxi de SP para Campinas custa R$ 250, mais do que a tarifa de avião.

De 7 milhões, quantos usaram o ônibus?
Talvez 1 milhão. Mas os ônibus não são nossos.

Mas isso é custo.
Sim, mas é uma parte pequena da nossa tarifa.

O sr. não quer dizer quanto?
Não quero dar ideia para os outros.

Um dia a Azul vai cobrar por esse serviço?
Íamos cobrar, mas tinha tanto imposto que não compensava. O retorno de imagem é mais do que o que a gente ganharia cobrando.

A Azul vai dar lucro em 2011?
Sem dúvida.

E qual a previsão de receita?
Vai ter bastante gente viajando com a Azul.

Vocês estão se preparando para uma oferta de ações?
Eu espero nunca ter de fazer isso. Empresa fechada é bom. Eu não preciso falar muitas coisas para vocês.

Mas é desejo dos acionistas.
Um dia. Mas eu que vou decidir, eles não podem me forçar, pois eu tenho o controle das ações com direito a voto. Claro, sou leal a eles. Deram o dinheiro e um dia tenho que devolver. [A Folha apurou que a Azul se prepara para abrir capital em 2012.]

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me1402201122.htm

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Xoke de gestão dos demo tucanos: tarifas de metrô e ônibus mais caras do mundo

Do Blog do Paulinho
Não precisa ser economista formado pela FEA-USP, para chegar a uma conclusão óbvia sobre o “xoque de jestão” - tucano, que sempre empurra a vara, além daquilo que ela já é, ou seja, aplicar uma aumento de 9,43% - quando o índice correto seria 6% - trata-se estelionato administrativo, uma vez que estão aplicando 3,43% acima da inflação do período.

http://bogdopaulinho.blogspot.com/2011/02/metro-mas-caro-do-mundo-e-cortina-de.html

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Educação capenga em SP por falta de interesse do PSDB

Dois dias após assumir a Secretaria da Educação de SP, o ex-reitor da Unesp Herman Voorwald, 55, já tem uma avaliação da rede: os professores estão desmotivados e com salários baixos.

Indicado pelo governador Alckmin, cujo partido, o PSDB, está há 20 anos no comando de SP, Voorwald afirma que o Estado não se preocupou em aumentar o comprometimento dos servidores. Mas ele, que não é filiado a partido político, diz não saber o porquê dessa situação.

A prioridade agora, afirma, é "resgatar a dignidade" dos professores, por meio de diálogo, aumento salarial e uma nova carreira -os recursos para isso, porém, ainda não estão garantidos.

Em sua primeira entrevista exclusiva, concedida à Folha na sexta-feira, o novo titular da gestão Alckmin (PSDB) sinalizou que deverá alterar o exame implementado pelo governo Serra (PSDB) que concede reajuste salarial aos professores mais bem-classificados em uma prova.

O problema, diz, é que no máximo 20% dos docentes podem receber o reajuste -ainda que parcela maior tenha atingido a nota mínima fixada. Essa e outras constatações surgiram após reuniões do secretário com os seis sindicatos da categoria.

Leia a entrevista completa.
Folha de S.Paulo 10/01/2010
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/educacao-desconstruindo-serra

As perdas com as importações

Indústria perde R$ 17,3 bi e deixa de criar 46 mil vagas com importações

Participação da indústria de transformação no PIB caiu de 27% para 16% nos últimos 20 anos; para setor, quadro é de difícil reversão

Marcelo Rehder, de O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - Pressionada pelas importações, a indústria brasileira de transformação perdeu R$ 17,3 bilhões de produção e deixou de gerar 46 mil postos de trabalho em apenas nove meses de 2010. A informação é de um estudo inédito da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) que mediu o impacto que o processo de perda relativa do setor na formação do Produto Interno Bruto (PIB) apresenta na economia brasileira.

Em dois anos, o chamado coeficiente de importação, que mede o porcentual da demanda interna suprido por produtos vindos do exterior, subiu quase dois pontos. Passou de 19,6%, no acumulado de janeiro a setembro de 2008 (pré-crise), para 21,2%, no mesmo período de 2010.
Se o setor não tivesse perdido participação para os produtos estrangeiros, as importações do setor cairiam de R$ 232,4 bilhões para R$ 215,1 bilhões, segundo a Fiesp. Ao mesmo tempo, a produção doméstica subiria de R$ 1,055 trilhão para R$ 1,072 trilhão. Esse crescimento da produção, de 1,6%, geraria aumento de 0,58% do emprego industrial.

"O País não pode se dar ao luxo de abrir mão de sua indústria na sua estratégia de desenvolvimento", afirma o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

No fim dos anos 1980, a indústria de transformação representava 27% do PIB brasileiro. Hoje, baixou para 16%, calcula a Fiesp com base na nova metodologia do Instituto Brasileiro de Geografia Estatísticas (IBGE), adotada a partir de 2007.

"É uma equação difícil de ser resolvida e não tem solução de curto prazo", diz Paulo Francini, diretor do departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp. "Além do problema do cambio valorizado, há a questão do custo Brasil, que acentua a perda de competitividade da nossa indústria."

Não é de hoje que a indústria vem perdendo espaço. "O País está se desindustrializando desde 1992", diz o ex-ministro da Fazenda Luiz Carlos Bresser-Pereira.

Para ele, o Brasil perdeu a possibilidade de "neutralizar a tendência estrutural à sobreposição cíclica da taxa de câmbio" quando fez a abertura financeira, no quadro de acordo com o FMI. "Em consequência, a moeda nacional se apreciou, as oportunidades de investimentos lucrativos voltados para a exportação diminuíram, a poupança caiu, o mercado interno foi inundado por bens importados e muitas empresas nacionais deixaram de crescer ou mesmo quebraram."


http://economia.estadao.com.br/noticias/economia+brasil,industria-perde-r-17-3-bi-e-deixa-de-criar-46-mil-vagas-com-importacoes,not_50250,0.htm