segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

JN fala da greve dos lixeiro de Americana sem falar por que eles estão em greve

Seguindo a tradição da Globo de dar a notícia incompleta e parcial, hoje o Jornal Nacional de hoje (29/12/14) falou da greve dos lixeiros de Americana (interior de SP) como se fosse apenas uma simples greve. Ainda complementa a informação dizendo que a greve é ilegal pois a justiça mandou que 60% dos serviços estivessem em operação. O que a justiça vai mandar fazer? Suspender o pagamento?

A Globo só omitiu que a greve é por falta de pagamento dos funcionários públicos por causa do total descalabro da administração municipal. O prefeito Diego De Nadai, do PSDB, foi cassado por fazer mutretas nas contas de campanhas. Deixou a prefeitura em situação de penúria, como a cidade ficou um tempo sem prefeito, ficou uma completa zona.

Houve outra eleição para prefeito em dezembro. O novo prefeito toma posse em 9 de janeiro.

Quando o PSDB tá no meio, há todo um cuidado para não citá-lo.

domingo, 28 de dezembro de 2014

Dias melhores verão

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/janiodefreitas/2014/12/1565520-dias-melhores-verao.shtml

Pode ser, e suspeito que seja, mero jogo de cena, para cedo cantarem vitória sobre os alegados indícios que, agora, levam a más expectativas para o próximo ano. Não fazem sentido as previsões negativas que repetem para jornalistas o presidente do Banco Central, os futuros ministros da Fazenda e do Planejamento, e seus companheiros nas teses de governo pró-"mercado". 

"A inflação no que ano que vem vai ser maior", exemplifica uma frase de Alexandre Tombini. Ou, nas palavras de Joaquim Levy, o que precisa ser feito "será firme e rápido", o que, além de insinuar incomprovada urgência crítica, parece uma elegância ilusória para o mais conhecido "curto e grosso". 

Certo é que a direção do governo importa mais, para a maneira como se pinta a situação do país, do que os números arbitrários usados na propaganda contra ou a favor de um ministro, do governo ou de quem preside. 

Uma equipe econômica aliada e alinhada prioritariamente com os interesses do capital desfruta de habeas corpus. Mailson da Nóbrega levou a inflação a 84%. Ao mês. Sem ser criticado, só saiu porque o governo Sarney acabou. 

Todos os números do governo Fernando Henrique são piores do que os atuais, mas Pedro Malan, como Mailson, como Marcílio Marques Moreira e tantos outros, saiu do governo para o abrigo gratificante de grandes empresários. 

Guido Mantega não foi alvo solitário. O grosso da pancadaria dirigiu-se a Dilma Rousseff. E nisso se dá o primeiro efeito da troca de Mantega por Levy: a menos que queira palpitar, Dilma deixa de ser atacada em razão da política econômica, porque fazê-lo atingiria também Levy e seus parceiros. 

Para Dilma, é um lucro muito grande. Ela não soube defender o seu governo, nem a si mesma e, muito menos, o atacado gasto governamental, decorrente — como disse no Congresso o secretário do Tesouro, Arno Augustin — "da estratégia de elevar os investimentos e gastos sociais, o que trará ganhos de longo prazo para o Brasil". 

Por mim, quando leio um título negativo como "Sete milhões passam fome no país", prefiro saber que, por baixo dele, diz-se que em dez anos caiu de 6,9% para 3,2% o número de famílias com "insegurança alimentar grave". 

Ou seja, as moradias onde possa haver fome são, hoje, menos da metade do que eram em 2003. Posta a redução em números humanos: de 15,5 milhões de pessoas para 7,2 milhões. Ou 8,3 milhões de crianças, adultos e velhos resgatados da fome ou do risco de sofrê-la. 

O que sobrará para a fazer a continuidade desse avanço de vida? Por ora, as esperanças de mais vida só podem ser postas em generosidades do verão que chega hoje. 

Rica promessa 

Se respeitadas as proporções, "a maior corrupção da história" nem acabou de ser apurada na Lava Jato, mas seu título já passou da gigante Petrobras para o minúsculo município fluminense de Itaguaí. 

Seu prefeito de apenas 32 anos, Luciano Mota, montou um bando que desviou POR MÊS, pelo apurado até agora, entre R$ 10 milhões e R$ 30 milhões da prefeitura, cuja arrecadação mensal média é de R$ 90 milhões. Os desvios incidiram sobretudo nos repasses do governo federal, por participação no pré-sal e para o SUS. 

Vou falar baixinho, para o senador Aécio Neves não ouvir: Luciano Mota foi até agora um dos jovens políticos promissores, com outros integrantes da quadrilha, do PSDB. 

Vale a pena 

Duas convictas sugestões de leitura, que, hoje, também são de presente. "O Estado Empreendedor - desmascarando o mito do setor público versus setor privado" é uma demonstração muito interessante de que os grande avanços científicos e tecnológicos, "da internet à indústria farmacêutica" e ao iPhone de Steve Jobs, provêm de empenho do Estado. 

Há casos surpreendentes na trama levantada por Mariana Mazzucato, professora na Universidade de Sussex, no Reino Unido. O livro foi sucesso na Europa e nos Estados Unidos. 

"Cartas Extraordinárias" é uma seleção, por diferentes critérios, da "correspondência inesquecível de pessoas notáveis", mas, na verdade, da correspondência esquecida ou nem conhecida de pessoas, elas próprias, extraordinárias. Comecei-o sem sequer curiosidade. E não larguei mais. 

Janio de Freitas

No fAlha 

sábado, 27 de dezembro de 2014

BC repensa uso de instrumento para conter câmbio

http://jornalggn.com.br/noticia/bc-repensa-uso-de-instrumento-para-conter-cambio


Jornal GGN - O Banco Central vem injetando desde agosto de 2013 doses generosas de swaps cambiais no mercado, quando lançou o programa de leilões cambiais. A intervenção já soma US$ 109 bilhões e o objetivo é afetar a cotação do dólar. O custo da operação já começa a aparecer uma vez que toda vez que isso ocorre há uma expansão na base monetária e aumenta a dívida bruta do governo.
Leia mais na matéria abaixo.

Do Valor Econômico
Por Alex Ribeiro
A livre flutuação é o melhor regime de câmbio, exceto quando a cotação do dólar flutua. O Banco Central já injetou US$ 109 bilhões em swaps cambiais no mercado. Agora que o custo fiscal dessas operações começa a aparecer - e fica claro que o ajuste externo ainda está inconcluso -, a estratégia de oferecer doses generosas de proteção cambial para o mercado financeiro já é questionada por membros da antiga e da nova equipe econômica.
 
Somente em dezembro, até o dia 19, o Banco Central teve que depositar R$ 12,871 bilhões na BM&F para pagar os ajustes exigidos em contratos de swap cambial pela forte desvalorização do real no mês. Há uma discussão se esses pagamentos representam, de fato, perdas para o Banco Central - certamente não. Quando perde na BM&F com a desvalorização cambial, o BC registra também um ganho na contabilização das reservas internacionais, que são referenciadas em dólares. Em termos líquidos, o BC lucra porque as reservas equivalem a mais de três vezes o volume de swaps cambiais em mercado.
 
O Banco Central tem se esforçado para mostrar isso. Mas não dá para escapar do fato de que, a cada centavo depositado pelo BC na BM&F, ocorre uma expansão monetária e um aumento imediato na dívida bruta do governo geral. Esse é o indicador usado por investidores estrangeiros e agências internacionais de classificação de risco de crédito para aferir a sustentabilidade fiscal do país. E se tornou ainda mais importante recentemente, quando o futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, assumiu o compromisso de perseguir a estabilidade e o declínio da dívida bruta num prazo de dois a três anos.
 
Desde que o BC começou a ofertar swaps cambiais, em maio de 2013, para se contrapor aos efeitos no Brasil da mudança na política monetária dos Estados Unidos, os swaps cambiais já causaram uma perda contábil de R$ 14,7 bilhões. Os pagamentos feitos pelo BC se tornaram mais pesados, em particular, depois de agosto. De lá para cá, somaram R$ 33,2 bilhões. A cifra equivale a mais de 0,6 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) e, grosso modo, representa quase metade do superávit primário prometido por Levy para 2015, de 1,2% do PIB.
 
Se o programa de leilões cambiais não provocasse dissabores suficientes nas contas fiscais, também impõe uma trava na desvalorização cambial e retarda um ajuste nas contas externas que parece inevitável. O discurso oficial do BC é que, com a oferta de instrumentos cambiais, não tenta determinar a taxa de câmbio, apenas evita volatilidade desnecessária do dólar e garante que esse mercado permaneça funcional. O diagnóstico do BC é que, num momento de grande incerteza, os swaps cambiais apenas fornecem proteção cambial ao mercado quando ninguém mais está disposto a fazê-lo.
 
Mas é fato reconhecido pelo próprio BC, em relatórios de inflação e em trabalho de discussão de seus economistas, que as intervenções no mercado futuro de câmbio afetam a cotação do dólar. O BC pode ter ganhos de curto prazo nessa batalha, mas a tendência do dólar é determinada por forças mais potentes. O câmbio está sendo empurrado para um novo valor de equilíbrio diante da perspectiva de condições monetárias menos relaxadas nos Estados Unidos, da desaceleração do crescimento da China e da queda de preços de commodities, sem mencionar a perspectiva de contenção fiscal entre 2015 e 2016. Nessa conjuntura, as intervenções acabam gerando mais volatilidade que o necessário.
 
Em agosto de 2013, quando o BC lançou o programa de leilões cambiais, que prevê vendas diárias de montantes fixos de dólares no mercado futuro, a taxa de câmbio chegava perto de R$ 2,50. O dólar caiu nos meses seguintes, chegando a R$ 2,16 em outubro de 2013. Mas, no fim das contas, acabou voltando a subir para valores em torno de R$ 2,70.
 
O maior prejuízo é adiar um urgente ajuste externo. Não é só o déficit em conta corrente, estimado em US$ 83,5 bilhões, que vai pesar no balanço de pagamentos em 2015. O Brasil também tem uma montanha de R$ 102 bilhões da dívida externa de curto e longo prazo que vence durante o ano.
 
No total, o Brasil terá que atrair US$ 186 bilhões em empréstimos e investimentos externos em 2015 para financiar suas contas externas. É muito dinheiro.
 
Os vencimentos previstos da dívida externa em 2015 são um tanto pesados, comparados com anos recentes. Em dezembro de 2013, por exemplo, o Banco Central projetava um total de US$ 63,8 bilhões em vencimentos da dívida externa em 2014, considerando curto e longo prazos. Em 2012 e 2013, os vencimentos projetados eram um pouco superiores a US$ 40 bilhões. Em 2011, de apenas US$ 28 bilhões.
 
A premissa de trabalho do Banco Central é que 100% dos empréstimos de médio e longo prazo sejam rolados em 2015. A julgar pelo desempenho de anos passados, não é algo impossível. Em 2014, a taxa de rolagem, entre janeiro e novembro, foi de 157%. Mas o patamar de valores é bem mais alto, e o ambiente internacional, desafiador, com a provável alta de juros americanos e os prejuízos à imagem do país provocados pelo Petrolão.
 
A estratégia de oferecer "swaps" cambiais já tinha críticos dentro do governo e, agora, parece que finalmente o BC acordou - por isso vem comunicando que os swaps em mercado já atendem a demanda por proteção. A ideia, aparentemente, era parar de oferecer novos instrumentos. Mas a volatilidade da taxa nos últimos dias fez com que BC anunciasse a extensão do programa, ainda que possivelmente em volumes menores nas ofertas diárias.
 
Aos poucos, o governo está recompondo as bases do tripé de política macroeconômica. Levy prometeu levar o superávit primário a não menos do que 2% do PIB em dois anos. O presidente do BC, Alexandre Tombini, estabeleceu pela primeira vez em três anos um horizonte claro para cumprir o centro da meta de inflação, de 4,5%: dezembro de 2016. Agora, falta recuperar o câmbio flutuante. Para tanto, será preciso perder o medo de deixar o câmbio flutuar e usar o instrumento adequado - os juros - para conter a inflação

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Lava Jato constata que Venina participou dos golpes de Paulo Roberto, Duque e Barusco

http://jornalggn.com.br/noticia/lava-jato-constata-que-venina-participou-dos-golpes-de-paulo-roberto-duque-e-barusco

 
Jornal GGN - Delegados e procuradores da Lava Jato vazaram para o Estadão documentos que comprovam o envolvimento de Venina Venola da Fonseca com os principais envolvidos nos golpes contra a Petrobras.
 
Os documentos vazados comprovam que a Petrobras abriu sindicância para apurar irregularidades em contratos da Abreu e Lima. “(Venina) Responsável, em conjunto com o Sr. Pedro José Barusco Filho, então Gerente Executivo da Engenharia, pelo encaminhamento dos DIP’s (Documento Interno do Sistema Petrobrás) de instauração de processos licitatórios e solicitação de autorização para contratação dos serviços de construção e montagem da Rnest, entre abril de 2007 a outubro de 2009, sem que os projetos básicos estivessem suficientemente detalhados”, informa comissão de sindicância da Petrobrás.
 
A comissão identificou as seguintes irregularidades:
 
- Falta de encaminhamento à Diretoria Executiva da mudança na estratégia de contratação  da empresa Alusa Engenharia. Nos documentos assinados por Venina Velosa da Fonseca e Pedro Barusco, e encaminhados à Diretoria Executiva por Renato Duque e Paulo Roberto Costa não houve comunicação de mudança nos contratos
 
- Negociação de proposta, após encerrado o processo licitatório e a respectiva aprovação da contratação pela Diretoria Executiva, da empresa Alusa Engenharia e desconsideração de desconto de R$ 25 milhões aceito pela empreiteira
 
- Falta de inclusão de empresa em novo processo licitatório, envolvendo os consórcios formados pelas empresas Odebrecht/OAS; CNCC (Camargo Corrêa/CNEC); e Queiroz Galvão/IESA
 
- Falta de emissão de parecer jurídico em quatro processos licitatórios, envolvendo as empresas Orteng; Invensys; Engevix; e Consórcio Enfil/Veolia
 
 
O link com o relatório pode ser consultado aqui

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Venina, ou a delação vazia para aparecer como musa do verão

http://jornalggn.com.br/noticia/venina-ou-a-delacao-vazia-para-aparecer-como-musa-do-verao
Por J. Carlos de Assis*
A musa do verão deste ano no Rio chama-se Venina. É um produto da parceria jornal Valor e Tevê Globo. A palavra é da mesma raiz de veneno, mas o princípio ativo é de muito má qualidade. Na verdade, precisou de ser embalado triplamente para envenenar a opinião pública brasileira contra a presidente da Petrobrás. O mais forte sortilégio para o envenenamento foi uma entrevista de 25 minutos de Venina no Fantástico; o segundo, uma reapresentação dos “melhores momentos” da entrevista no Jornal Nacional; terceiro, uma tréplica do Jornal Nacional depois da  entrevista de Graça Foster, que a havia desmentido.
O que continha a entrevista de 25 minutos? Tinha, essencialmente, uma antiga denúncia significativa a propósito de irregularidades no setor de Comunicação. Foi em 2008, Graça estava longe de ser presidente. Gerou uma comissão de inquérito, e da comissão de inquérito resultou a demissão do responsável, retardada porque ele estava de licença médica. Portanto, essa denúncia teve pleno efeito. Acaso houve outra denúncia objetiva a respeito de mais irregularidades na Petrobras? Só a suprema má fé ou imbecilidade dos jornalistas do Fantástico e do Jornal Nacional justificariam uma resposta positiva.
Nada, nenhuma sombra do que Venina disse na entrevista pode se aproximar sequer um milímetro das grandes trapaças que o diretor de que foi gerente por anos, Paulo Roberto, praticou na empresa. Ele próprio negou qualquer relevância nas supostas denúncias dela.  É até possível que ela tivesse ouvido o galo cantar, mas não sabia onde. No e-mail para Graça Foster que se tornou uma espécie de peça de resistência de suas denúncias, conforme reiterou várias vezes, só há palavras vagas e imprecisas, impossíveis de serem tomadas como indicações objetivas de irregularidades. Imaginem, uma empresa de 85 mil funcionários, cada um mandando e-mails vagos para todo lado, superiores e pares!
E quanto à credibilidade da musa? Sim, alguém descobriu que ela havia assinado pela Petrobras dois contratos, em 2004 e 2006, com alguém que viria a ser seu marido. É verdade que ela correu para dizer que o contrato foi descontinuado depois que ela se casou formalmente em 2007. Questão ética. Imaginem agora se a Globo fosse tão perversa com ela como tem sido com Graça Foster? Os repórteres do Fantástico correriam para dizer ao Brasil e ao mundo que contratar pela Petrobrás com namorado pode, mas não com marido! Aliás, como é que foi exatamente essa descontinuação contratual? Teve multas? Pagas por quem?
E quanto à motivação de Venina? Sou incapaz de dizer alguma coisa. É preciso convocar  psicólogos. Noto apenas que, quando há uma massificação de qualquer assunto pela grande mídia, aparecem malucos por todo lado para surfarem na onda e tentar aparecer. É claro que isso não aparece do nada. O gigantesco episódio de corrupção na Petrobras, descoberto por eficazes instrumentos de investigação, notadamente a delação premiada, uma vez descoberto pode suscitar a exaltação de um ego gigantesco capaz de achar realmente que sabia de tudo antes, e tudo denunciou no tempo certo.
Agora vejamos por que a Globo e grande parte da mídia querem derrubar Graça Foster. O esclarecimento está numa agenda de bolso da Petrobrás de 2015. Ela diz: em 2006 foi descoberto o pré-sal; em 2014, o pré-sal está produzindo 520 mil barris por dia; a produção acumulada chegou a 360 milhões de barris; a vazão média por poço é de 25 mil barris/dia; o tempo médio de perfuração de poços no pré-sal nos campos de Lula e Sapinhoã passou de 134 dias em 2010 para menos de 60 dias em 2013. Alguém viu ou ouviu a Globo falar sobre isso?
Ora, essas conquistas da Petrobrás são intoleráveis para os que querem entregar nosso petróleo às grandes petroleiras mundiais, inclusive mediante a mudança do regime de exploração conforme acaba de ser proposto pelo tucano Aloysio Nunes em projeto na Câmara. O oportunismo é descarado. Estão tentando transformar a corrupção na Petrobrás, praticada por um punhado de bandidos, em corrupção da Petrobrás, como  pretexto para esquartejar, aí sim, a empresa, subtraindo ao Brasil seu principal instrumento de desenvolvimento.
*Economista, doutor pela Coppe/UFRJ, professor de Economia Internacional da UEPB.   

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Aécio de saias: Dilma confirma que irá abrir capital da Caixa Econômica

Cada vez mais acho que a Dilma é quase um Aécio de saias, vai vender parte da Caixa para os banqueiros para usar os recursos da venda para pagar juros absurdos para os mesmos.

http://jornalggn.com.br/noticia/dilma-confirma-que-ira-abrir-capital-da-caixa-economica
Jornal GGN - A presidente Dilma Rousseff confirmou que pretende abrir o capital financeiro da Caixa Econômica Federal.
Durante café da manhã com jornalistas, na manhã desta segunda-feira (22), a petista não detalhou quando e como pretende iniciar o processo, mas ventila-se que ela pode demorar até dois anos para levar a ideia a cabo. Isso porque seria necessário "organizar" o banco antes de tudo, informou a Folha.
"Segundo a Folha adiantou, o projeto da equipe atual seria fazer uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) daqui a um ano e meio aproximadamente, pois antes da operação, o banco teria de passar por um processo de saneamento", escreveu o jornal dos Frias.
"A abertura de capital geraria recursos importantes para o Tesouro Nacional. Caso a ideia se viabilize em 2016, chegará em boa hora", acrescentou a Folha. Membros da equipe de governo de Dilma apoiam a iniciativa, mas salientam que não será prioridade do segundo mandato.
Para a Caixa, Miriam Belchior, ministra de saída do Ministério do Planejamento, é o nome mais cotado para a presidência a partir de 2015. A petista será substituída por Nelson Barbosa, conforme Dilma já confirmou. A missão de Miriam na Caixa seria melhorar a gestão do Minha Casa, Minha Vida.
Já o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Paulo Caffarelli é o nome mais forte para assumir a presidência do Banco do Brasil, enquanto o vice-presidente de Negócios do BB, Alexandre Abreu, tornou-se cotado para a presidência do BNDES.

Dilma tinha razão ao temer a cartelização das concessões

http://jornalggn.com.br/noticia/dilma-tinha-razao-ao-temer-a-cartelizacao-das-concessoes
Um dos grandes embates de Dilma Rousseff foi a tentativa de fixação de um teto da TIR (Taxa Interna de Retorno) nos leilões de concessões públicas. Desde as mudanças no modelo de energia, ela ainda Ministra de Minas e Energia, mostrava preocupação em reduzir o chamado custo Brasil.
Um dos grandes problemas de competitividade eram justamente as tarifas públicas totalmente liberadas nos períodos anteriores.
Na sua primeira experiência em concessões rodoviárias, Dilma definiu tetos para a TIR. Foi bem sucedida, com a entrada de concorrentes espanhóis.
Nos movimentos seguintes, o modelo empacou. As empreiteiras refugaram e criou-se o impasse. Havia indícios de acerto entre elas, boicotando os leilões para forçar a uma mudança de modelo. Acabou sendo vitoriosa a tese de que se deixasse a TIR liberada, a competição se incumbiria de reduzir as tarifas.

Com a Lava Jato explicitando de maneira inédita o cartel das empreiteiras, fica claro que Dilma tinha razão.

Qual o caminho? Inabilitar as grandes empreiteiras criaria um vácuo imediato nas obras públicas, podendo afundar mais a economia. Por outro lado, não há a menor condição de se manter o modelo anterior.

A solução - de médio prazo - talvez seja a de fortalecer as médias empreiteiras.

Há cerca de 20 habilitadas a se tornarem grandes. Necessitam de capitalização e de quadros técnicos. Há capitais e engenheiros disponíveis em toda a União Europeia, em função da crise econômica.

Um caminho alternativo seria:

Seleção de empreiteiras médias em condições de crescer.

Trabalho conjunto com a BM&F para prepará-las para abertura de capital.

Road show na União Europeia, mostrando a carteira de obras de infraestrutura para os próximos anos, assim como o perfil das empreiteiras.

Trabalho simultâneo com o setor de máquinas e equipamentos, para sincronizar as encomendas de máquinas com o cronograma de obras.

Um Mais Engenheiros, para trazer engenheiros de fora para suprir a carência de mão de obra do setor.

No prazo imediato, a celebração de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com as grandes empreiteiras, sem prejuízos das ações penais em curso, e que incluísse de alguma maneira condições que permitissem o fortalecimento das médias empreiteiras.

A Lava Jato criou uma situação inédita: quebrou a espinha dorsal do cartel. A partir daí, provavelmente estarão dispostas a perder todos os anéis, para preservar o pescoço.

Cruzeiro busca independência com 100 mil sócios

http://jornalggn.com.br/noticia/cruzeiro-busca-independencia-com-100-mil-socios

Raposa Livre

Por Thiago Nogueira 
Com uma boa arrecadação, presidente Gilvan de Pinho Tavares promete montar time forte e segurar jogadores
torcida cruzeiro 2014
Sintonia torcida e time funcionou: Mineirão lotado e bicampeonato brasileiro
De 2013 para 2014, o Cruzeiro passou de 47 mil para 67 mil sócios. A curva crescente deixa a diretoria otimista para chegar, em breve, à meta de 100 mil associados  e, assim, torna-se um clube financeiramente forte e, por que não, independente.

Hoje, praticamente tudo o que clube arrecada é aplicado no futebol ou seja, na contratação de jogadores e no pagamento do salário dos atletas.
Número não confirmados pelo clube dão conta que, só neste ano, o time tenha acumulado cerca de R$ 50 milhões com bilheteria e repasse de seus associados. Diante de uma arrecadação como esta, o presidente Gilvan de Pinho Tavares promete um time cada vez mais forte.
"Com a receita e a presença física nos estádios, nós obtemos receita suficiente, podemos manter os jogadores e reforçar nosso elenco. Jogador nenhum vai quer sair. Estamos pagando em dia, conquistando titulo. Os jogadores querem isso", destacou o dirigente cruzeirense.

domingo, 21 de dezembro de 2014

O estado de Nova York proíbirá a extração de gás por fraturamento hidráulico ou fracking

http://jornalggn.com.br/noticia/nova-york-proibe-a-extracao-de-gas-por-fraturamento-hidraulico-por-danos-a-saude
O estado de Nova York proíbirá a extração de gás por fraturamento hidráulico, ou fracking, anunciaram as autoridades depois de um relatório oficial dizer que apresenta riscos significativos para a saúde.

"Tenho tido em conta todas as estatísticas disponíveis e visto muitas questões e riscos para a saúde pública que ainda não têm uma resposta ", disse o responsável estadual pela Saúde, Howard Zucker, durante o anúncio dos resultados do relatório, informa EFE.
Enquanto isso, o responsável estadual pela Conservação do Meio Ambiente, Joe Martens, anunciou que no início de 2015 ordenará um novo regulamento para proibir a fratura hidráulica em grande escala.
No estado de Nova York está em vigor uma moratória sobre o uso do fracking desde 2008, cuja continuidade estava pendente de revisão, enquanto se aguardava as conclusões do estudo realizado pelo Departamento de Saúde.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

As novas regras da conta de luz

http://jornalggn.com.br/noticia/as-novas-regras-da-conta-de-luz
Jornal GGN - A partir de 2015 o setor elétrico brasileiro passa por uma mudança no esquema de tarifação: as contas de energia passarão a informar ao consumidor sobre o custo de geração e o reajuste se dará mensalmente. Isso será feito por meio do sistema de bandeiras tarifárias, que esteve em testes durante todo o ano de 2014.
Funciona assim: se as condições de geração forem favoráveis, vigora a bandeira verde e a conta de luz não tem nenhum acréscimo. Se as condições piorarem, entra a bandeira amarela e a tarifa sobe R$ 1,50 para cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. E se o custo de geração estiver muito alto, a bandeira vermelha é ativada e a conta sofre um acréscimo de R$ 3,00 para cada 100 kWh consumidos.
De acordo com Marcelo Sigoli, diretor da Associação Brasileira das Empresas de Serviços e Conservação de Energia (ABESCO), em qualquer situação, a bandeira amarela vai representar cerca de 5% a mais na conta. E a bandeira vermelha 10% a mais. Ele explica. “Vamos supor que você tenha consumido 2 mil quilowatts, vamos multiplicar isso por 0,30 centavos, que é uma tarifa média, vai dar R$ 600 na conta – sem impostos, sem ICMS. Esses 2 mil quilowatts, divididos por 100 [base de cálculo das bandeiras tarifárias] vai dar 20. Vezes R$ 1,50 [da bandeira amarela], dá mais R$ 30. Ou seja, 5% de acréscimo. Se for na bandeira vermelha dá mais R$ 60 reais, 10% de acréscimo”.
Ainda assim, ele tranquiliza que o consumo familiar no Brasil está muito abaixo dos citados 2 mil kWh. “A média residencial do Brasil está em torno de 120 kWh”. Seguindo a mesma base de cálculo, o preço dessa tarifa seria R$ 36,00. Portanto, o acréscimo médio na conta seria de R$ 1,80 nos meses de bandeira amarela e de R$ 3,60 nos meses de bandeira vermelha. Novamente, 5 e 10%.
Como reduzir o consumo?
Para Sigoli, as bandeiras tarifárias são boas para o consumidor, pois dão transparência, ao sinalizar qual é o custo real da energia. E possibilitam ao cliente fazer um uso mais racional da eletricidade. Mas de que forma as pessoas podem tentar reduzir o consumo? Ele dá algumas dicas. “Os grandes consumidores de energia em uma residência são a geladeira e o chuveiro”.
“Se a pessoa for comprar uma geladeira nova, que compre com o Selo Procel, assim já vai estar economizando bastante”. Mas se trocar de geladeira não estiver nos planos, ele recomenda verificar a borracha de vedação. “Se estiver com defeito, a geladeira acaba perdendo a carga térmica e gastando mais energia. Um bom jeito de verificar é colocar uma folha de papel sulfite entre a porta e a geladeira e, com a porta fechada, tentar tirar. Se sair com facilidade, isso demonstra que a borracha precisa ser trocada”.
Para o chuveiro ele dá duas opções: mudar a posição da chave, de inverno para verão, ou diminuir o tempo do banho. “Consumo de energia é o quê? Potência e tempo. Quando falamos em potência falamos em equipamento, tecnologia. Quando falamos em tempo, estamos nos referindo a comportamento. Se você mudar a posição do chuveiro de inverno para verão, você está mexendo na potência e só com isso já dá pra reduzir em 30% o consumo daquele equipamento. Se você diminuir o tempo do seu banho, de dez para oito minutos, você está mudando o seu comportamento, e reduzindo o consumo em 20%. Claro que você pode fazer as duas coisas e economizar ainda mais”.
Ele explica que os equipamentos de informática não são uma preocupação tão grande, pois em geral já têm uma gestão de consumo de energia, mas alerta que mesmo em stand by eles ainda estão consumindo, e se estiverem ociosos devem ser desligados. Já a orientação para o ferro de passar, “um equipamento que tem uma potência muito alta, de 1000, 1500 watts”, é deixar a roupa acumular, passar tudo de uma vez só.
Há também uma questão para as distribuidoras, que não afeta diretamente o consumidor, mas que pode contar com alguma colaboração: evitar, quando possível, usar energia no horário de ponta. Cada concessionária trabalha com um pico, mas o mais usual é das 17h30 às 20h30. Sigoli explica que nesse horário as indústrias continuam funcionando, a iluminação pública é acionada, as pessoas estão chegando em casa e querem tomar banho. “Aí começa a ter um excesso de consumo que pode causar uma sobrecarga no sistema. O sistema é projetado para suportar, mas se as pessoas puderem usar a energia em outro horário, ela vai estar ociosa”, diz.
Contribuinte ou consumidor?
No mais, Sigoli tem uma boa impressão sobre a regra de bandeiras tarifárias. No modelo atual, o custo de geração é repassado anualmente, no momento das revisões tarifárias. “Nós estamos tendo aumentos nas tarifas na ordem de 30 a 40%. As concessionárias ficam o ano todo amargando um desequilíbrio contratual e no final todos pagam. Com as bandeiras tarifárias o impacto do custo de geração é minimizado porque ele é absorvido mensalmente”, afirma.
Ele entende que houve uma mudança de perspectiva que tornou a cobrança mais justa. “O que aconteceu nos últimos meses no setor elétrico é que nós pagamos a conta via contribuinte. Todo o impacto da crise foi via Tesouro ou via imposto. Agora, a questão está indo para o consumidor. Todo mundo vai pagar, mas vai pagar na proporção do consumo. Quem vai pagar mais caro é quem consome mais. E isso dá à pessoa a opção de economizar ou não. Ela pode tentar reduzir o consumo ou evitar o desperdício, que é o que a ABESCO defende na verdade. Nós esperamos que a partir disso seja possível fazer uma gestão mais efetiva e um uso mais racional da energia”.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Os desequilíbrios na política cambial

http://jornalggn.com.br/noticia/os-desequilibrios-na-politica-cambial
Recente estudo do IBMEC (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais) constatou que a redução do investimento no país está associado à perda de rentabilidade das empresas. Associou essa perda de rentabilidade ao aumento dos custos salariais.
O buraco é mais embaixo, mas permite uma análise sobre as disfunções que acometeram a economia brasileira com a apreciação cambial.
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A apreciação do câmbio teve efeitos diversos sobre setores da economia. E produziu um enorme conjunto de distorções associadas:
  1. No mercado financeiro permitiu ganhos expressivos.
É conta fácil de fazer.
O investidor traz US$ 100 milhões a R$ 2,72 = R$ 272 milhões.
Aplica R$ 272 milhões a uma Selic de 12,5% = R$ 306 milhões
Sai com o dólar a R$ 2,20 = US$ 139.090 milhões, ou 39% em um ano.
  1. As operações de swaps de moeda. O investidor toma um empréstimo em dólares, a uma taxa de 1% ao ano e aplica no Brasil a 12,5%.
Sem precisar imobilizar um tostão de capital, meramente com essa operação o investidor teria um ganho infinito. Não aplicou um dólar e recebeu US$ 39 milhões.
  1. O Banco Central troca poupança interna por poupança externa. Não amplia em nada o investimento privado e arca com uma conta fiscal pesada.
O investidor traz US$ 100 milhões. Adquire no mercado interno o equivalente a R$ 272 milhões.
O aumento na entrada de dólares provoca uma apreciação no real. Para impedir que isso ocorra, o BC vende títulos, recebe reais e com eles adquire os dólares que são colocados nas reservas cambiais.
Ou seja, o resultado líquido final é que o investimento privado não saiu do lugar. O investidor externos trouxe US$ 100 milhões; como contrapartida, o BC aumentou a dívida pública em R$ 272 milhões, colocou os títulos no mercado e retirou R$ 272 milhões da economia.
O resultado final é que a poupança total ficou na mesma. Para cada dólar que entrou houve uma aumento equivalente na dívida interna que retirou da economia o montante de reais equivalente à entrada dos dólares.
O BC aumentou seu passivo (a dívida interna) em R$ 272 milhões; e engordou seu ativo (as reservas cambiais) em US$ 100 milhões. Pela dívida ele paga 12,5% ao ano, em reais; pelas reservas cambiais ele recebe 1% ao ano, em dólares.
Se o câmbio permanecer inalterado no período, o resultado líquido dessa operação é um custo fiscal equivalente a 11,5% ao ano – sem acrescentar um tostão à poupança total do sistema.
Se o dólar cair para R$ 2,20, como no exemplo, o custo final poderá chegar a 40% ao ano.
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Nos últimos anos, a política cambial comportou-se assim.
Para atender o mercado, sucessivos governos permitiram políticas de apreciação do real.
Para compensar os grandes grupos não –financeiros, ofereceu toda sorte de arbitragem – como swap reverso e outras – permitindo que esses grupos compensassem as perdas operacionais com os ganhos de tesouraria.
Tudo isso foi possível quando havia um quadro externo favorável, com abundância de divisas e de arrecadação fiscal.
Agora, chegou a hora da verdade, de criar um ambiente econômico que permita às empresas lucrarem em cima das suas atividades produtivas.

Abreu e Lima permitirá autossuficiência do Brasil na produção de diesel

http://jornalggn.com.br/noticia/abreu-e-lima-permitira-autossuficiencia-do-brasil-na-producao-de-diesel
Jornal GGN - A produção da Refinaria Abreu e Lima, inaugurada no mês passado, poderá suprir 70% do óleo diesel consumido no país. Inicialmente a empresa processará 115 mil barris de petróleo ao dia e, a partir de maio de 2015, 230 mil barris. Segundo o diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Florival Carvalho, o Brasil deverá se tornar autossuficiente na produção de óleo diesel três anos após o início da operação total da refinaria.  
Sugerido por Assis Ribeiro
 
 
Por Leonardo Lucena, Pernambuco 
 
Ex-presidente do Porto de Suape na gestão do ex-governador Eduardo Campos (PSB), o senador eleito Fernando Bezerra Coelho (PSB) acredita que 2015 será o ano do porto, que fica entre os municípios de Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR).
 
Em visita à cidade de Afogados da Ingazeira, no Sertão, o senador lembrou que, após o início das operações da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), no mês passado, o Porto de Suape pode representar 70% do óleo diesel consumido no País. "Todo o óleo diesel que vai abastecer o Nordeste sairá da Refinaria Abreu e Lima", afirmou o ex-ministro da Integração Nacional. FBC está visitando municípios do interior para agradecer os 2,6 milhões de votos que recebeu na última eleição.
 
Nesta primeira etapa, a Rnest vai processar 115 mil barris de petróleo por dia e outros 115 mil a partir de maio do ano que vem, totalizando uma produção diária de 230 mil barris. Avaliado em US$ 18,5 bilhões, o empreendimento ajudará a diminuir a dependência de importação de diesel no País. Durante evento no Rio, em março deste ano, o diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Florival Carvalho, afirmou que o Brasil pode se tornar autossuficiente em três anos após a operação total da refinaria.
 
Com 42% de participação, o diesel é o combustível mais consumido do País e, segundo previsões da Agência Nacional de Petróleo (ANP), deve haver um crescimento de 5% no consumo total deste combustível no Brasil. Além da conversão da petróleo em diesel, a refinaria produzirá derivados como nafta e gás liquefeito de petróleo.
 
Outro ganho para Suape deve ser a carga produzida pela fábrica da Fiat, em Goiana, Zona Mata Norte pernambucana. O empreendimento começará a funcionar no primeiro trimestre de 2015, e deve ter o porto como principal fonte de escoamento. "A meta da Fiat para 2015 é produzir 280 mil veículos (por ano). Para termos ideia da importância disso, a Ford quando se instalou na Bahia levou dez anos pra produzir 200 mil carros", disse FBC.
 
Apesar do número mencionado por FBC, em referência à quantidade de veículo a ser produzida anualmente, Grupo Fiat Chrysler divulgou que a unidade terá capacidade para produzir 250 mil veículos por ano e 120 mil motores. O investimento total do polo automotivo de Goiana chegará a R$ 7 bilhões, conforme previsões oficiais. São 4,5 mil trabalhadores na construção do polo automotivo, que, ao atingir 100% de sua capacidade operacional, o contará com oito mil trabalhadores diretos. 
 
O ex-ministro também lembra que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) arrecadado em Pernambuco passou de R$ 460 milhões em 2006 para mais de R$ 1 bilhão atualmente. De acordo com FBC, mais 25 empresas devem se instalar em Suape no próximo ano. "O nosso polo petroquímico será um grande indutor do desenvolvimento. As grandes fábricas de poliéster estão no centro sul. Acontece que elas não vão poder ficar longe da matéria-prima produzida aqui. É uma tendência de mercado", acrescentou.
 
Segundo informações divulgadas no site do Complexo Industrial Portuário de Suape, o espaço, com 13,5 mil hectares, abriga 105 empresas, que, juntas, empregam 25 mil trabalhadores diretos. Outras 45 empresas estão em implantação. Estes empreendimentos somam mais de R$ 50 bilhões.