Neste blog eu vou comentar algumas notícias, mostrar minha opinião sobre a economia brasileira, política e mídia.
quarta-feira, 26 de março de 2008
O antijornalismo em Veja
O jornalismo da Veja já virou motivo de piada nos cursos de Jornalismo e comunicação. E é ótimo para dar exemplo porque é de tal forma deformado, repensado, direcionado que acaba se tornando uma caricatura do antijornalismo. Não existia isso no Brasil. A Veja veio para explicitar um pensamento conservador reativo que existia sem visibilidade porque as pessoas tinham vergonha de se posicionar dessa forma. Ela apresenta um jogo forte sendo feito e para isso lança mão de manchetes sensacionalistas, de uma constante criação de pautas.
Do Instituto Humanitas Unisinos
A Veja de novo
Toda imprensa repercute o caso como se a Veja fosse fonte da verdade.
Puta que pariu!!! Enche o saco ver na tv o sen. Agripino Maia e o sen. Arthur Vírgilio esbravejando contra o governo com base no que disse a Veja.
Por essas e outras que eu não assisto mais jornais na TV.
Se faz CPI para investigar gastos miúdos e coisas muitos mais importantes são deixadas de lado.
Algum jornal está acompanhando a CPI da Pedofilia?
sexta-feira, 21 de março de 2008
O papel das Subprefeituras na Democracia Participativa
Dando seqüência à série de debates que visam estimular a reflexão sobre temas relacionados à transparência da gestão pública e à qualidade de vida da população, o Movimento Nossa São Paulo convida o segundo debate da série, que terá como tema “O Papel das Subprefeituras na Democracia Participativa”, no dia 27 de março, quinta-feira, às 10h30, no auditório do Sesc Paulista – Av. Paulista, 119 – Paraíso.
Foram confirmados os seguintes debatedores: o secretário municipal de Coordenação das Subprefeituras, Andrea Matarazzo, o secretário municipal de Esportes, Walter Feldman, o coordenador geral do Instituto Pólis, Silvio Caccia Bava e a socióloga e pesquisadora da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (FIPE), Michiko Shiroma de Carvalho.
Após a exposição inicial dos convidados, o público poderá fazer perguntas por escrito. A entrada é gratuita.
O debate seguinte será dia 10 de abril, sobre o tema Soluções Sustentáveis para a Gestão de Resíduos Sólidos na Cidade de São Paulo.
Contamos com a sua presença!
Por favor, confirmem presença pelo e-mail zuleica(aroba)isps.org.br.
Obrigado.
Abraços,
Oded Grajew
Movimento Nossa São Paulo
Missão: mobilizar diversos segmentos da sociedade para, em parceria com instituições públicas e privadas, construir e se comprometer com uma agenda e um conjunto de metas, articular e promover ações, visando uma cidade de São Paulo justa e sustentável.
Respeite o Meio Ambiente. Imprima somente o necessário.
www.nossasaopaulo.org.br
(11) 3894.2400
quinta-feira, 20 de março de 2008
Globo x César Máia
Já faz muito tempo que a grande mídia perdeu a vergonha e ataca alguns políticos selecionados, não por suas ações que vão contra os interesses da população, mas sim porque que este ou aquele político contrariou alguma vontade dos barões da mídia.
Agora a pouco, ao discutir o problema da dengue no Rio de Janeiro, o Jornal da Globo na figura do Arnaldo Jabor, achou o culpado pela dengue: César Maia.
Que o governo usa mal os recursos, vamos discutir. Mas que os recursos são insuficientes, não há agentes de saúde para vistoriar todas as residências, isso não foi discutido. O problema é bem maior, vem também da baixa qualidade da educação e das condições de moradia da população.
Não se pode imputar toda culpa em cima do prefeito.
PDVSA versus EXXON
A decisão do Tribunal Superior do Reino Unido foi dada esta semana foi a favor da PDVSA.Está se discutindo alguma indenização à estatal venezuelana devido ao prejuízo que teve ao ter bens bloqueados.
http://www.telesurtv.net/secciones/noticias/nota/25573/presidente-de-pdvsa-se-ha-derrotado-a-la-exxon-mobil-en-el-tribunal-londinense/
Bolsa Família e escola
O governo Lula observou este problema e estendeu os benefícios da Bolsa aos jovens de 16 e 17 anos. A grande imprensa critica, mas o programa vai reduzir a evasão escolar de quase 2 milhões de jovens.
Veja condenada a pagar multa R$150 por danos morais
Fonte:www.luisnassif.com.br
Cadê a liberdade de imprensa
Mais detalhes, entre no novo site do PHA: http://www.paulohenriqueamorim.com.br/esclarecimento.asp
Em solidariedade, Mino Carta anunciou sua saída do IG.
sábado, 15 de março de 2008
50 hits gays
Os quatro primeiros lugares, aliás, representam o gosto GLBT com os maiores hinos de seus súditos: "Y.M.C.A." (Village People), "I Will Survive" (Gloria Gaynor) e "It's Raining Men" (The Weathergirls) figuram em segundo, terceiro e quarto lugar, respectivamente. A diva Gloria Gaynor também aparece na 11ª posição com outro grito de guerra do orgulho gay, "I Am What I Am" e, como não poderia deixar de ser, "In The Navy" (18º) e "Macho Man" (16 º) asseguram a hegemonia do Village People no imaginário do público.
Apesar da pesquisa ter sido feita na Austrália, eu, que não sou gay (mas dou todo apoio ao movimento GLBTT) não faria uma seleção muito diferente desta que vos apresento a seguir.
1. ABBA, "Dancing Queen"
2. Village People, "YMCA"
3. Gloria Gaynor, "I Will Survive"
4. The Weathergirls, "It's Raining Men"
5. Kylie Minogue, "Your Disco Needs You"
6. Pet Shop Boys, "Go West"
7. Kylie Minogue, "Better The Devil You Know"
8. Olivia Newton-John, "Xanadu"
9. Madonna, "Vogue"
10. Alicia Bridges, "I Love The Nightlife"
11. Gloria Gaynor, "I Am What I Am"
12. Cher, "Believe"
13. Diana Ross, "I'm Coming Out"
14. Bronski Beat, "Smalltown Boy"
15. Judy Garland, "Over The Rainbow"
16. Village People, "Macho Man"
17. Frankie Goes To Hollywood, "Relax"
18. Village People, "In the Navy"
19. Coming Out Crew, "Free, Gay and Happy"
20. Dolly Parton, "9 to 5"
21. Queen, "I Want To Break Free"
22. Sister Sledge, "We Are Family"
23. Whitney Houston, "I Wanna Dance With Somebody (Who Loves Me)"
24. Barbara Streisand and Donna Summer, "No More Tears"
25. Barry Manilow, "Copacabana"
26. Tim Curry, "Sweet Transvestite"
27. Charlene, "I've Never Been To Me"
28. Cyndi Lauper, "Girls Just Wanna Have Fun"
29. Madonna, "Express Yourself"
30. CeCe Peniston, "Finally"
31. Heather Small, "Proud"
32. Sylvester, "You Make Me Feel Mighty Real"
33. Peter Allen, "I Go To Rio"
34. Belinda Carlisle, "Summer Rain"
35. Dannii Minogue, "This Is It"
36. Donna Summer, "I Feel Love"
37. George Michael, "Outside"
38. Kym Mazelle, "Young Hearts Run Free"
39. Paul Lekakis, "Boom Boom (Let's Go Back To My Room)
40. Wham, "Wake Me Up Before You Go-Go"
41. Chaka Kham, "I'm Every Woman"
42. Culture Club, "Do You Really Want To Hurt Me"
43. KD Lang, "Constant Craving"
44. RuPaul, "Supermodel (You Better Work)"
45. Cher, "Strong Enough"
46. Deborah Harry, "I Want That Man"
47. Diana Ross, "Chain Reaction"
48. Pet Shop Boys, "New York City Boy"
49. Dead or Alive, "You Spin Me (Like A Record)"
50. Elton John and George Michael, "Don't Let The Sun Go Down On Me".
A inflação está bombando
Todos os indicadores desde janeiro mostram desaceleração na inflação, puxada pelos alimentos, que foram os vilões há pouco tempo.
Quando a sociedade vai acordar? Alguém acredita que o Banco Central quer mesmo controlar a inflação?
quarta-feira, 12 de março de 2008
Como desvalorizar o Real
Medidas para conter apreciação do Real
Eliminar a cobertura cambial (os exportadores são obrigados a internalizar os dólares obtidos com as vendas externas) não terá efeito nenhum hoje e poderá ter problema quando precisarmos desses dólares.
O fim do incentivo fiscal para a entrada de dólares (isenção do IR) e a imposição de 2 a 3% de IOF terão efeitos mínimos pois o diferencial de juros é enorme.
As contas externas estão se deteriorando numa velocidade muito alta. Só em janeiro o déficit em transações correntes foi maior do que o previsto pelo BC para o ano inteiro.
Está na hora de retomar o BC dos banqueiros e rever a forma como o sistema de metas de inflação é operacionalizado.
O Petróleo é Nosso
Alguns países venderam suas reservar minerais e depois passaram a importar. Ele cita o caso da Indonésia que vendeu seu petróleo a US$3 e hoje compra a US$100. Direcionar os recursos minerais brasileiros para nossas necessidades de desenvolvimento atuais e e futuras é planejar um crescimento sustentado de longo prazo, visão que falta naqueles que ouvimos e lemos na imprensa diariamente.
Meirelles, com o desejado fundo soberano, poderia converter o BC em "acionista", recomprando as ações que governos liberalizantes venderam para estrangeiros
Toda profissão tem cacoetes lingüísticos. O geólogo brasileiro denomina os campos submarinos de petróleo existentes abaixo de um enorme e espesso lençol de sal de pré-sal. O geólogo ordena o mundo de baixo para cima. O sal dificulta e encarece a extração, porém preserva um óleo leve e de ótima qualidade.
Fortes evidências levam a crer que há 130 milhões de anos começou o desquite entre África e América do Sul. No meio, surgiu um lago que, crescendo, dá origem ao Atlântico Sul. O material orgânico foi sepultado debaixo do sal; posteriormente, outros elementos se depositaram. A combinação de temperatura e pressão converteu a matéria orgânica em petróleo. Movimentos tectônicos deslocaram o sal; parte do petróleo migrou para cima das "janelas" de sal. A Petrobras localizou campos submarinos nestas janelas: Namorado, Marlin, Roncador e toda uma peixaria permitiram a auto-suficiência deste combustível. O óleo dessas jazidas não é o melhor - é pesado - porém é nosso; está em nossa fronteira marítima, pertence à Petrobras, e o Brasil é líder em tecnologia e ambições em águas profundas.
A Petrobras foi em frente. Perfurou ao longo do mar, desde Espírito Santo até a Bacia de Santos, em busca do pré-sal. Tudo leva a crer que existam campos no mar em uma área de até 800 quilômetros de extensão por 200 quilômetros de largura. As estimativas oscilam entre 30 e 50 bilhões de barris no pré-sal - não é um delírio nacional, esta é a avaliação do Credit Suisse. Hoje temos 14 bilhões de barris provados. Com Tupi, Carioca, Júpiter e seus "compadres", chegaríamos às reservas atuais da Rússia e da Venezuela.
O óleo do pré-sal é leve. O Brasil pode confiar nos geólogos, cientistas, engenheiros e tecnólogos que desenvolveremos a tecnologia para estes campos muito profundos e com espessas camadas de sal. Ao Eldorado Verde da Amazônia, descobrimos um Azul, no pré-sal; um novo Eldorado pelo brasileiro e para o brasileiro. Este é o sonho. Pode-se converter em um pesadelo.
Os EUA consomem 25% do petróleo do mundo. O grande poluidor bebe, todos os anos, sete bilhões de barris. Tem reservas pequenas, apenas para quatro anos. Por isto, tem tropas na Arábia Saudita (260 bilhões de barris de reservas), e frotas navais no Oceano Índico; estimulou o conflito latente entre sunitas e xiitas, promoveu Saddam Hussein e deu fôlego a Bin Laden. Com o primeiro, alimentou o ódio ao Irã (100 bilhões de barris); com o segundo, sustentou a rebelião dos afegãos contra a URSS. Após o 11 de setembro, destruiu os talibãs e, desde então, acusou o Iraque (100 bilhões de barris) de dispor de armas nucleares. Destruído Saddam, não se descobriu nenhum armamento não convencional. Transferiu, imediatamente, para o Irã a acusação de estar se nuclearizando. Os EUA mergulharam de ponta-cabeça no Oriente Médio, pois têm sede de petróleo - aliás, a China e a Índia também.
Até o pré-sal brasileiro, o Novo Mundo não poderia saciar os EUA; o México já foi depredado (tinha 52 bilhões de reservas e hoje está com 17). O Canadá tem muita areia betuminosa (custos extremamente elevados de extração). A Venezuela tem reservas insuficientes para a sede norte-americana. Alguns países ficaram sem petróleo: a Indonésia exportou, participou da Opep e vendeu seu óleo a US$ 3 o barril, hoje importa a US$100 o barril. O Reino Unido não é mais exportador de petróleo no Mar do Norte; bebeu e vendeu demais. Este é o pano de fundo de um possível pesadelo geopolítico. Não interessa ao Brasil que o Atlântico Sul se converta num Oriente Médio.
A primeira pergunta que ocorre é: o petróleo do pré-sal é nosso? Logo depois: até quando? O neoliberalismo já promoveu nove rodadas de leilões.
A ANP - instituição que no passado seria denominada de "entreguista" - pretendeu acelerar uma nova rodada nos blocos do pré-sal. Com clarividência, o presidente Lula suspendeu a rodada e solicitou à ministra Chefe da Casa Civil que estudasse uma nova legislação de regulamentação da economia do petróleo. Creio que Lula anteviu um possível "Iraque" em nosso território. O presidente sabe que a Petrobras pode, técnica e financeiramente, desenvolver Tupi e outros campos do pré-sal. Sabe que não se brinca com soberania na "Amazônia azul". Nossa Marinha de Guerra precisa do submarino nuclear; nossa Aeronáutica precisa de mísseis e da Base de Alcântara, porém quem garante que não seremos acusados de belicismo?
Conheço a ministra Dilma desde os tempos da Unicamp. Sei que é nacionalista e bem preparada; ela sabe que o preço do barril irá subir tendencialmente. É uma boa "aplicação financeira" manter petróleo conhecido e cubado como uma reserva estratégica; rende mais que os Títulos de Dívida Pública norte-americanos. Um fundo soberano, alimentado com uma parcela das reservas cambiais de nosso Banco Central, poderia subscrever ações e financiar a Petrobras. É mais estratégica esta "aplicação" do que apoiar o Tesouro dos EUA. Dilma sabe que a China fura poços e os mantém lacrados, preferindo beber petróleo importado em troca de suas exportações. Certamente, a regulamentação não será elevar royalties e contribuições especiais sobre o petróleo extraído do pré-sal por companhias estrangeiras.
A premissa maior é reassumir a Petrobras como empresa estratégica para o futuro desenvolvimento brasileiro e escudo protetor de uma geopolítica potencialmente ameaçadora. Para tal, é necessário retirar da companhia sua medíocre missão atual: "honrar seus acionistas". Aliás, o Dr. Meirelles, com o desejado fundo soberano, poderia converter o Banco Central em "acionista", recomprando as ações que os governos liberalizantes venderam para estrangeiros.
A diretoria da Petrobras, em vez de saber a cotação da ação em Wall Street, deveria estar articulada com o presidente da República, expondo ao Brasil o modo de manter o Eldorado em nossas mãos.
Carlos Lessa é professor-titular de economia brasileira da UFRJ. Escreve mensalmente às quartas-feiras no Valor Econômico.
terça-feira, 11 de março de 2008
A Cassi é sua
Há duas chapas. A Chapa 1, chamada de Condomínio, reúne gente da ANABB, Contraf e Contec. Todos inimigos mortais entre si, mas nenhum deles interessado no bem-estar dos funcionários do BB. Apesar de eleitos, este grupo que está no comando da Cassi hoje parece representar mais os interesses do BB do que os nossos. Ao invés de buscar soluções para os problemas, esse grupo empurra custos para os funcionários (todos hipocondríacos, na visão deles) e limita o acesso a vários procedimentos médicos.
A Chapa 3, A Cassi é Sua,de oposição reúne pessoas dispostas a lutar pelos interesses dos funcionários e aposentados do BB. Visite o site http://acassiesua.com.br/site/ e conheça as propostas, os candidatos, pergunte...
Conto com seu apoio. Vamos vencer a estrutura da máquina sindical que não nos representa mais
e começar a renovar os quadros da Cassi.
Este ano haverá também eleições na Previ, no Sindicato dos Bancários de São Paulo e na ANABB. Mudança já!
sábado, 8 de março de 2008
Laboratório americano propõe privatizar a Amazônia
Que o senador é um exemplo da falta de bom senso da nossa elite "letrada". O senador não teve a capacidade de perceber que tudo parecia estranho, nem pesquisou mais afundo a notícia, fez um discurso e se tornou uma anedota para aqueles mais informados (a grande mídia não repercutiu a gafe, se fosse petista aí seria outra história).
O Pronunciamento do ilustre senador que não obteve nem 3% dos votos para governador do Amazonas pode ser lido em http://www.senado.gov.br/sf/atividade/Pronunciamento/detTexto.asp?t=367194
O discurso é inflamado, parece de nacionalista, mas vem de um representante de um grupo político que vendeu boa parte do Brasil para empresas estrangeiras e ainda financiou a essa venda com juros subsidiados do BNDES.
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Trechos:
Ela está no site da Agência Amazônia, sob o título "Laboratório americano propõe privatizar a Amazônia":
A Amazônia está mesmo à venda. Em um vídeo de 1 minuto e 25 segundos, postado em seu site, a empresa norte-americana Arkhos Biotech está convocando as pessoas do mundo inteiro a investir "para transformar a floresta (Amazônia) em um santuário de preservação sob o controle privado." O apelo, em tom dramático, é feito pelo diretor sênior de marketing da empresa, Sr. Allen Perrell, para justificar que a Amazônia precisa ser cuidada por grupos internacionais. "A Amazônia não pertence a nenhum país, pertence ao mundo", afirma Perrell.
Não entendo que a Amazônia seja fardo para nenhum país. A Amazônia não deve ser pasto para lucros fáceis e desmedidos, por exemplo, da empresa do Sr. Perrell, se esse é o intento dele, se esse é o desejo dele. Mas a Amazônia não é problema. A Amazônia é uma brilhante solução para um país que só é brilhante na sua composição final, se contar com a Amazônia plenamente desenvolvida, de maneira sustentável por nós todos. Tenho muito respeito pelo Chile, mas o Brasil sem a Amazônia é um Chile mais forte um pouquinho, um pouco mais gordinho. O Brasil com a Amazônia é um país que pode se credenciar, sim, a ser uma potência econômica.
O método Veja de Jornalismo
Lembram-se do caso da PREVI que no início de 1999 se associou ao banqueiro Daniel Dantas (Opportunity). Essa decisão não havia sido aprovada pela diretoria da PREVI, mesmo assim foi levada adiante pelos representantes nomeados pelos tucanos.
Na edição de 10 de março de 1999 havia uma matéria escrita pelo repórter Felipe Patury informando que a Previ também havia entrado – sem autorização da diretoria – na operação de compra da Telemar. Na semana seguinte, o repórter conseguiu mais material das suas fontes. Chegou a preparar a matéria. Na edição seguinte, de 17 de março de 1999, a matéria não saiu publicada. Mas, pela primeira vez, o banco Opportunity – denunciado na edição anterior – bancou duas páginas de publicidade na revista. O Opportunity não é banco de varejo, não atua sequer no middle market. Não havia lembrança de publicidade dele nem mesmo em revistas especializadas – como a Exame.
Vale a pena ler os artigos.
http://luis.nassif.googlepages.com/oestiloveja
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O modelo Veja de reportagem
Antes de análises de caso, vamos a uma pequena explicação sobre como é esse estilo Veja de reportagem, que se parece muito com essa brincadeira de desenhar juntando os pontos de uma página em branco.
1. Levantam-se alguns dados verdadeiros, mas irrelevantes ou que nada tenham a ver com o contexto da denúncia, mas que passem a sensação de fazerem parte de um todo maior. Ou de que o jornalista, de fato, acompanhou em detalhes o episódio narrado.
2. Depois juntam-se os pontos ao bel prazer do repórter. Cria-se um roteiro de filme, muitas vezes totalmente inverossímil, mas calçando-o em cima de alguns fatos supostamente verdadeiros.
3. Para “esquentar” a matéria ou se inventam frases que não fora pronunciadas ou se confere tratamento de escândalo a fatos banais. Tudo temperado por forte dose de adjetivação.
Leia mais no site
Salário mínimo sobe 9,21%, INSS reajusta benefícios em 5%
Os 13 milhões de aposentados do INSS que recebem pelo piso terão seus benefícios aumentados. Para quem ganha acima do mínimo foram reajustados em 5%.
quarta-feira, 5 de março de 2008
A brincadeira do Real forte vai custar caro
Essas importações ajudam a SEGURAR os preços hoje (não reduz), mas faz um estrago enorme nas cadeias produtivas quebrando vários elos e exportando empregos. Vai fazer outro estrago quando o Real voltar a um patamar razoável.
A balança comercial despenca rapidamente, o saldo hoje não cobre a conta de serviços. O país tornou-se novamente dependente de entrada de capitais para financiar seu déficit em conta corrente. Ao contrário do que diz o Sr. Meirelles, as contas externas brasileiras estão firmes como um prego na areia. As reservas brasileiras, hoje em US$193 bi, não fazem frente ao volume de capitais de curto prazo aplicados na bolsa e na dívida pública, estimados em mais de US$300 bi. Recursos esses que podem sair a qualquer momento.
Depender do bom humor do mercado financeiro internacional é perigoso. Já vimos isso há pouco tempo. O Brasil quase ia pro vinagre. Será que não enxergam?
Estão rifando nosso futuro. A conta virá logo.
Colômbia X Equador ou EUA X Venezuela?
O mundo não é plano!
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O Globo
O conflito entre o Equador e a Colômbia ganhou ontem novas dimensões com o apoio formal dado pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ao governo de Alvaro Uribe, ao mesmo tempo em que começaram a surgir especulações de que as tropas americanas que atuam no Plano Colômbia contra o tráfico de drogas teriam ajudado o governo colombiano na ação que culminou com a morte de 17 terroristas das Farcs em território equatoriano, entre eles Raúl Reyes, o número dois da organização guerrilheira. A presença do contraalmirante Joseph Nimmich, diretor da Força-Tarefa Conjunta Interagencial do Sul em Bogotá, dois dias antes da ação contra as Farcs, em visita oficial ao Comando Geral das Forças Militares da Colômbia, gerou essas especulações.
Também o Conselho para Assuntos Hemisféricos (Council on Hemispheric Affairs— Coha), uma ONG americana de tendência liberal fundada em 1975 que pretende “promover os interesses comuns no hemisfério” e encorajar “a formulação racional e construtiva de políticas para a América Latina”, especula sobre a possibilidade de o Comando Sul (USSouthcom), localizado em Miami, ter participado da operação.
Esse comando é responsável por planos de contingência, operações e cooperação na área de segurança para as Américas Central e do Sul e o Caribe. Segundo as especulações do Coha, há bons fundamentos para considerar possível que toda a operação foi apoiada por um trabalho de inteligência dos Estados Unidos baseado em satélites e sensores de calor, com o uso de bombas inteligentes e pessoal treinado que estaria trabalhando no Plano Colômbia.
Teria também havido o uso de helicópteros Black Hawk na operação.
A insistência do presidente Lula em ressaltar a invasão territorial do Equador pela operação colombiana, e o pedido de criação de uma comissão para investigar o que aconteceu, podem estar relacionados à desconfiança de que as forças americanas que estão combatendo o tráfico de drogas na Colômbia estariam interferindo nos negócios internos da região, o que caracterizaria a concretização de uma das grandes preocupações dos antiamericanos do governo Lula.
De fato, o secretário-geral do Itamaraty, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, um dos expoentes dessa ala juntamente com o assessor especial Marco Aurélio Garcia, escreveu claramente em seu livro “Desafios brasileiros na era dos gigantes”: “Um componente relativamente novo na questão da segurança da Região Amazônica brasileira é a crescente presença de assessores militares americanos e a venda de equipamentos sofisticados às Forças Armadas colombianas, pretensamente para apoiar os programas de erradicação das drogas, mas que podem ser, fácil e eventualmente, utilizados no combate às Farcs e ao ELN”.
Por isso, o governo brasileiro entende os temores da Venezuela para se armar, acreditando que Chávez tem razões concretas para temer um ataque dos Estados Unidos. Hugo Chávez, além de jatos r ussos Sukhoi-30 para substituir seus caças F-16, de fabricação americana, comprou também helicópteros e mísseis terra-ar, mas tudo, na visão do governo brasileiro, para garantir a área offshore, com as armas voltadas para o Norte.
Segundo ainda o pensamento do embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, o Mercosul deve ser um instrumento essencial para atingir objetivo de nossa política externa na região, que seria “a construção paciente, persistente e gradual da união política da América do Sul” e uma recusa “firme e serena de políticas que submetam a região aos interesses estratégicos dos Estados Unidos”.
Essa tese explica o convite para que a Venezuela participe do Mercosul, um movimento político conjunto do Brasil com a Argentina, e a tentativa, rechaçada em ambas as instâncias, de que a Cuba de Fidel participasse não apenas do Mercosul como também integrasse a Organização dos Estados Americanos (OEA).
A explicação informal do governo brasileiro é que trabalha para quebrar o isolamento de Cuba, promovido pelos Estados Unidos, uma política considera contraproducente. Da mesma maneira, o governo brasileiro pretende encaminhar a Venezuela para ações de integração regional, neutralizando seu radicalismo.
Ontem Lula voltou a falar sobre uma força armada conjunta na região, em nome da qual o Brasil atuaria no Conselho de Segurança da ONU, uma obsessão de nossa política externa.
O problema é que a proposta nada mais é, segundo estudiosos de estratégias militares na região, que uma réplica da proposta “bolivariana” de integração militar.
O governo brasileiro estaria assumindo essa iniciativa para retirá-la do contexto da política antiamericana chavista, segundo versões oficiais. O grupo seria formado pelos ministros da Defesa de todos os países, teria como principal missão proteger a Região Amazônica e as fronteiras marítimas, e substituiria, segundo a proposta chavista, a Junta Inter-Americana de Defesa, da qual participam os Estados Unidos.
Segundo o cientista político Amaury de Souza, em estudo já comentado na coluna, a Venezuela, para prevenir o que supõe ser uma ameaça militar norteamericana, adotou o fortalecimento e a preparação da Força Armada Nacional, com a modernização de seu equipamento e a criação de uma força conjunta para a defesa da América do Sul, como uma estratégia de defesa para o que pode vir a ser uma guerra assimétrica.
--
Vladimir M Coutinho
www.vlad.blog.br
Linux em 73% das grandes empresas
A pesquisa, feita com mil empresas no Brasil, revela que a maior parte das grandes companhias adota o software livre em pelo menos alguma parte de sua infra-estrutura de TI.
São pouquíssimas, no entanto (1%), as empresas que adotam apenas software livre. Em geral, as soluções Linux dividem espaço com aplicativos proprietários.
O estudo revela, por outro lado, que a penetração do software livre é bem mais baixa entre as pequenas empresas. Neste segmento, só 31% das companhias disseram adotar sistemas em Linux.
Segundo o estudo, grandes empresas têm menor propensão a usar software pirata e mais infra-estrutura para implementar e gerenciar o uso de soluções Linux.
A pesquisa revela que o uso de distribuições Linux ou mesmo aplicativos de código aberto é baixo nos PCs usados por usuários finais (funcionários), porém preponderante em servidores.
O estudo mostra que 56% das empresas pesquisadas usam aplicativos Linux nos servidores. De todo o universo, 7% usam exclusivamente Linux em servidores.
O ISF teve patrocínio da IBM, Itautec, Intel e Red Hat para efetuar a pesquisa. As entrevistas foram feitas entre novembro e dezembro de 2007.
Fonte: INFO Online
terça-feira, 4 de março de 2008
A catarse e a mídia
Por Luís Nassif
O maior fenômeno de anti-jornalismo dos últimos anos foi o que ocorreu com a revista Veja. Gradativamente, o maior semanário brasileiro foi se transformando em um pasquim sem compromisso com o jornalismo, recorrendo a ataques desqualificadores contra quem atravessasse seu caminho, envolvendo-se em guerras comerciais e aceitando que suas páginas e sites abrigassem matérias e colunas do mais puro esgoto jornalístico.
Para entender o que se passou com a revista nesse período, é necessário juntar um conjunto de peças.
O primeiro conjunto são as mudanças estruturais que a mídia vem atravessando em todo mundo.
O segundo, a maneira como esses processos se refletiram na crise política brasileira e nas grandes disputas empresariais, a partir do advento dos banqueiros de negócio que sobem à cena política e econômica na última década..
A terceira, as características específicas da revista Veja, e as mudanças pelas quais passou nos últimos anos.
O estilo neocon
De um lado há fenômenos gerais que modificaram profundamente a imprensa mundial nos últimos anos. A linguagem ofensiva, herança dos “neocons” americanos, foi adotada por parte da imprensa brasileira como se fosse a última moda.
Durante todos os anos 90, Veja havia desenvolvido um estilo jornalístico onde campeavam alusões a defeitos físicos, agressões e manipulação de declarações de fonte. Quando o estilo “neocon” ganhou espaço nos EUA, não foi difícil à revista radicalizar seu próprio estilo.
Um segundo fenômeno desse período foi a identificação de uma profunda antipatia da chamada classe média mídiatica em relação ao governo Lula, fruto dos escândalos do “mensalão”, do deslumbramento inicial dos petistas que ascenderam ao poder, agravado por um forte preconceito de classe. Esse sentimento combinava com a catarse proporcionada pelo estilo “neocon”. Outros colunistas utilizaram com talento – como Arnaldo Jabor -, nenhum com a fúria grosseira com que Veja enveredou pelos novos caminhos jornalísticos.
Dossiê veja: leia a série de artigos publicados sobre baixa qualidade do jornalismo de Veja.