quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Temporada de lucros 2012: Bradesco fechou 2012 com lucro de R$ 11,38 bi

O Bradesco abriu a temporada de balanços dos bancos com lucro líquido de R$ 11,38 bilhões em 2012, uma alta de 3,2% sobre o ano anterior. Trata-se do quarto maior da história dos bancos no Brasil.

domingo, 27 de janeiro de 2013

"SUPERTELE BRASILEIRA" SERÁ PORTUGUESA


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Mesmo com pibinho, empresários aprovam mão 'intervencionista' de Dilma

http://economia.ig.com.br/2013-01-07/mesmo-com-pibinho-empresarios-aprovam-mao-intervencionista-de-dilma.html


 Empresários ouvidos pelo iG no fim do ano  acreditam que elas são mais positivas do que negativas e estimularão a economia no longo prazo. “O governo fez um bom papel [em 2012], fez a parte dele", diz Marco Stefanini, presidente da empresa de tecnologia da informação Stefanini, que faturou quase R$ 2 bilhões em 2012 . "É a primeira vez que vejo um governo brasileiro trabalhando na redução de impostos e do Custo Brasil”. 
A área em que Stefanini atua foi beneficiada pela desoneração em folha, mas ele afirma que, em sua empresa, particularmente, não houve impacto positivo. Na desoneração em folha, em vez de a empresa recolher os 20% de INSS sobre o salário de seus empregados, é descontado 2% do faturamento. Como a receita de sua empresa é muito alta - quase R$ 2 bilhões - o benefício não foi percebido.
Na mesma linha, Reinaldo Garcia, presidente executivo da GE para a América Latina, as mudanças foram como uma moeda com um lado negativo – que diz respeito ao modo como foram implantadas – e outro positivo, de redução de custos. “O bom é que acredito que o lado negativo é passageiro e que as boas consequências de algumas das medidas adotadas serão duradouras e benéficas”, afirma Garcia.
Apesar de o PIB brasileiro ter crescido em torno de 1% em 2012, a GE cresceu dois dígitos no ano. Seu faturamento em 2011 no País tinha sido de US$ 3,7 bilhões e, em algumas áreas, como conversão de energia, a carteira de pedidos foi multiplicada por dez. "A área de infraestrutura em que trabalhamos é a bola da vez dos investimentos", diz Garcia.
Também para Antonio Fay, presidente da Brasil Foods, as medidas terão efeito positivo no decorrer do próximo ano e elas deveriam se espalhar em todos os setores da economia. 

sábado, 12 de janeiro de 2013

Crise nos EUA ajudou 1% mais ricos a receber 93% do rendimento de 2008

A criação dos $13 trilhões em dívidas para o salvamento dos bancos não foi acusada de ameaçadora à estabilidade econômica. Ela permitiu aos bancos prosseguirem pagando seus salários exorbitantes, bônus e dividendos. Esses pagamentos ajudaram o 1% a receber 93% do rendimento de 2008. O resgate, assim, polarizou a economia, dando ao setor financeiro mais poder sobre o setor produtivo, os consumidores e o governo do que era o caso desde o século XIX, após a Guerra de Secessão. 

O artigo é de Michael Hudson:
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=21487

A razão do Brasil se preocupar com Chávez

O risco sem Chávez
Enquanto a oposição [e a mídia] no Brasil debate a legalidade da posse do vice na Venezuela, o governo Dilma está preocupado em saber "como será o governo Chávez sem (Hugo) Chávez", o grande temor no Ministério das Relações Exteriores não é com a ruptura democrática, mas com a volta da linha de governos passados, quando a Venezuela dava as costas para a América Latina e o Brasil.

Panorama Político - Ilimar Franco

Serra quer trocar de partido para continuar candidato: parte de PPS (braço sujo do PSDB) não quer

Da Folha Online
Ala do PPS não quer receber Serra como candidato ao Planalto


Apesar de o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), dizer que receberá o ex-governador José Serra (PSDB) "de braços abertos" caso ele queira se filiar ao partido, há uma ala que rejeita a hipótese de o tucano se tornar o candidato da legenda à Presidência em 2014.
A avaliação de alguns membros do PPS é a de que Serra, que já perdeu duas disputas ao Planalto para o PT, é um nome já desgastado.
"O Serra é um retrocesso do ponto de vista de uma política inovadora que o PPS está buscando", disse o vereador de São Paulo Ricardo Young, para quem o tucano representa a "velha política".
Ex-integrante do PV e ligado ao Movimento da Nova Política, da ex-senadora Marina Silva (sem partido), Young defende que o PPS coligue com um eventual novo partido de Marina ou participe da criação de uma nova legenda que agregue o grupo dela.
"O Serra acabou de sair de uma disputa presidencial. Não teria sentido ele ser preterido no PSDB e virar candidato do PPS", disse o deputado federal Arnaldo Jordy (PA).
"Não há um projeto presidencial para o Serra dentro do partido", afirma o vereador de Recife e ex-deputado Raul Jungmann (PE).
Serra avalia trocar de partido para viabilizar sua candidatura à Presidência, já que a tendência é que o candidato do PSDB seja o senador Aécio Neves (MG).
A possível ida do ex-governador para o PPS foi apresentada pelo presidente da sigla durante encontro nacional anteontem em São Paulo.
Uma avaliação dentro do partido é que a transferência de Serra seja uma bandeira pessoal de Roberto Freire, amigo do tucano. Freire nega, entretanto, que haja resistência ao nome do ex-governador.
O deputado também afirma que a ida de Serra não deve ser condicionada à candidatura dele à Presidência, mas não descarta a hipótese.
Outras opções consideradas pelo PPS para 2014 são apoiar o próprio adversário interno de Serra, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), ou o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), numa tentativa de rachar a base do governo Dilma.
Um comitê de articulação abrirá frentes de diálogo com os quatro nomes levantados.

Para tristeza da mídia nacional: Chuvas atingem reservatórios de hidrelétricas


Temporais de hoje e previsão de chuvas pelos próximos sete dias sobre as bacias dos grandes reservatórios de usinas hidrelétricas no Sudeste e Centro-Oeste ajudam a recuperar baixas pela estiagem de dezembro; "Um temporal só não faz verão, mas que colabora para sair dessa situação para outra um pouco melhor, isso sim", disse ao 247 a meteorologista Josélia Pegorin, do Instituto Climatempo; governo otimista; apostas da mídia a favor do apagão fazem água
As fortes chuvas que caem nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, nesta quinta-feira 10, desde as primeiras horas da manhã, atingiram o alvo desejado. Segundo o Instituto Climatempo, as águas de janeiro já estão atingindo as bacias dos grandes reservatórios das principais usinas hidrelétricas. "Um temporal só não faz verão, mas que essas chuvas estão nos ajudando a sair dessa situação atual (de estiagem) para outra um pouco melhor, isso estão", disse ao 247 a meteorologista Josélia Pegorin, uma das mais prestigiadas do País.
Nas previsões do Climatempo, a atual onda de chuvas deve perdurar pelos próximos sete dias. "O problema foi que em dezembro, que sempre é o primeiro ou o segundo mês do ano em volume de chuvas, elas simplesmente não aconteceram". Novos problemas com a falta de chuvas podem acontecer, agora, nos meses de fevereiro e março. "Essa é a nossa preocupação", acrescentou Josélia.
A estarem certos os prognósticos, perderam os que apostaram na estiagem como um fator imediato para um apagão energético. Apesar das negativas do governo quanto a esse risco, a partir da palavra da presidente Dilma Rousseff, colunistas da mídia tradicional como Merval Pereira e Miriam Leitão, do jornal O Globo, e Eliane Catanhêde, da Folha de S. Paulo, cravaram a iminência do apagão.
As chuvas de hoje só fizeram reforçar o otimismo do governo federal de não ocorrer desabastecimento de energia elétrica no país. A água que vem do céu é um alívio também para o Operador Nacional do Sistema (ONS), que acompanha, dia a dia, a subida do nível nos reservatórios.
A situação mais crítica ainda está nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, mas é justamente aí que a chuva do momento está caindo. Em pelo menos 34 municípios, banhados pela represa de Furnas, o nível das águas baixou tanto, em razão da estiagem em dezembro, que é possível ver partes das terras que passaram mais de dez anos submersas. Dados do ONS mostram que os reservatórios de todo o país estão abaixo dos 50% de quantidadede água, isto é, todos têm apenas da metade da capacidade ocupada por energia armazenada. Sudeste, Sul, Nordeste e Centro-Oeste têm reservatórios abaixo dos 30%. Esse porcentual pode aumentar, nos próximos dias, com a intensificação das chuvas.
Em entrevista coletiva na quarta-feira 9, o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, reafirmou que existe um "estoque firme" de energia para dar conta do consumo nos próximos meses. E que não existe risco de racionamento. "Hoje temos 121 mil megawatts. Em 2001, o estoque era de cerca de 70 mil megawatts. Não há, não houve, e espero que não haja, no futuro, o desabastecimento", explicou.
Caso as chuvas não caiam na quantidade deseja, o governo federal vai contar com a energia elétrica produzida pelas termelétricas. A água, porém, em que pesem os catastrogistas, está caindo do céu.
Abaixo, boletim meteorológico distribuido nesta quinta-feira 10 pelo Instituto Climatempo com as previsões para todo o Brasil até domingo. Vai ter chuva!
Tempo instável marca o fim de semana na maior parte do Brasil
Climatempo alerta para para o risco de chuva forte e volumosa SP, RJ, MG, GO, DF e MT
Ao longo desta sexta-feira e durante o fim de semana, nuvens carregadas de chuva se formam com facilidade e deixam o tempo instável na maior parte do Brasil. Em São Paulo, Rio de Janeiro, sul de Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso, o tempo fica bastante instável com possibilidade de chuva forte e volumosa em alguns momentos. No Norte, áreas de instabilidade continuam a se formar por causa do forte aquecimento e a alta umidade do ar e há risco de temporal em pontos isolados. No Nordeste, o ar seco e quente mantém o tempo firme nas áreas de agreste e sertão. Veja abaixo como fica a previsão para a sua Região neste fim de semana:
Região Sul:
Nesta sexta-feira, uma fraca massa ar seco de origem polar inibe a formação de nuvens de chuva na maior parte da região Sul do país. Em todo o estado do Rio Grande do Sul, na maior parte de Santa Catarina e do Paraná, o sol aparece, faz calor e não chove. Segundo os meteorologistas da Climatempo, no Vale do Itajaí, em Florianópolis, Grande Curitiba e litoral o Paraná, o sol aparece entre nuvens e há possibilidade de chuva fraca e passageira em pontos isolados, principalmente no período da manhã. 
No sábado, o tempo praticamente não muda na região. O sol aparece forte e não chove em todo o Sul do Brasil. No Rio Grande do Sul, na maior parte de Santa Catarina e do Paraná, o ar seco inibe formação de nuvens e o sol predomina durante todo o dia. No norte e leste do Paraná, áreas próximas a Londrina, na Grande Curitiba e litoral, e no Vale do Itajaí, o predomínio é de sol entre nuvens.
No domingo, uma frente fria avança rapidamente ao largo do litoral do gaúcho e catarinense e favorece o aumento da nebulosidade em parte da região. Pelo interior do Paraná, no centro-oeste de catarinense e no norte gaúcho, o sol aparece e chove a partir da tarde. De acordo com os meteorologistas da Climatempo, voltam às condições para pancadas de chuva em pontos isolados destas localidades. Em Florianópolis, Vale do Itajaí, capital e litoral paranaense, o sol aparece, mas sempre entre muitas nuvens e chove fraco a qualquer hora. Nas demais áreas gaúchas, inclusive em Porto Alegre, o sol aparece, faz calor e não chove.  
Região Sudeste:
Nesta sexta-feira, a frente fria se afasta Sudeste do país, mas a formação um sistema de baixa pressão mantem o tempo instável na maior parte da região. Pelo interior de São Paulo e no centro-norte do Rio de Janeiro, o predomínio é de muitas nuvens intercalando breves períodos de sol e pancadas de chuva a qualquer hora. No norte e leste paulista, no centro-sul do Rio de Janeiro e centro-sul de Minas Gerais, inclusive em Belo Horizonte, o predomínio é de céu nublado e chuva a maior parte do dia. De acordo com os meteorologistas da Climatempo, não está descartado o risco de chuva forte em alguns momentos. No nordeste de Minas Gerais e do Espírito Santo, por causa dos ventos quentes e úmidos que vem do Norte do Brasil, as nuvens de chuva se formam com facilidade e voltam às condições de chuva nestas localidades.
No sábado, a instabilidade persiste sobre o Sudeste e quase toda a região terá um dia com períodos de sol, calor e chuva principalmente à tarde e à noite. Pelo interior paulista e no nordeste mineiro, as pancadas de chuva estão previstas á partir da tarde em pontos isolados. A Climatempo alerta para chuva volumosa na divisa de São Paulo com Minas Gerais, em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro. Nas demais áreas de São Paulo, no Rio de Janeiro, leste do Espírito Santo e interior de Minas, o sol aparece em meio à nebulosidade e chove a qualquer hora.
No domingo, o sol aparece em quase toda a região. No oeste de São Paulo, região de Presidente Prudente e no centro-norte de Minas Gerais, o sol aparece, faz calor e chove em pontos isolados á partir da tarde. No triângulo mineiro, o predomínio é de céu nublado com períodos de chuva ao longo do dia com até forte intensidade. No sul de Minas e na Zona da Mata, não dá para descartar o risco de temporal. Nas demais áreas de São Paulo, inclusive a capital paulista, no Rio de Janeiro e nas demais áreas de Minas Gerais, o sol aparece, mas sempre entre muitas nuvens e chove a qualquer hora.
Região Centro-Oeste:
Nesta sexta-feira, a influência de uma frente fria e o ar quente e úmido mantem o tempo instável na maior parte do Centro-Oeste do Brasil. No centro-norte do Mato Grosso do Sul e no centro-oeste do Mato Grosso, o sol aparece, sempre em meio à nebulosidade e chove a qualquer hora. Nas demais áreas do Mato Grosso, em Goiás e no Distrito Federal, meteorologistas da Climatempo alertam para o risco de chuva forte e volumosa ao longo do dia. No sul do Mato Grosso do Sul, o sol aparece mais forte e não chove.
No sábado, o tempo praticamente não muda na região. No centro-oeste do Mato Grosso e no sul de Goiás, o sol aparece entre muitas nuvens e a previsão é de chuva a qualquer hora. De acordo com os meteorologistas da Climatempo, não dá para descartar o risco de temporal em pontos isolados. Nas demais áreas do Mato Grosso e de Goiás, inclusive o Distrito Federal, o céu fica nublado com períodos de chuva ao longo do dia, que em alguns momentos pode ser forte e volumosa. Pelo interior do Mato Grosso do Sul, inclusive em Campo Grande, o sol aparece mais forte e chove á partir da tarde. Nas demais localidades sul-mato-grossenses, o ar quente e seco inibe a formação de nuvens e não chove.
No domingo, a instabilidade persiste sobre a região. No centro-leste do Mato Grosso e centro-sul de Goiás, o predomínio é de céu nublado com risco de temporal em alguns momentos. Nas demais áreas de Goiás, no centro-oeste do Mato Grosso e norte do Mato Grosso do Sul, a nebulosidade predomina intercalando breves períodos de sol e chuva com até forte intensidade.  Pelo interior do Mato Grosso do Sul, o sol aparece mais forte e chove á partir da tarde. Nas demais áreas, o sol aparece, faz calor e não chove.
Região Norte:
Nesta sexta-feira, áreas de instabilidade deixam o tempo carregado sobre a maior parte do Norte do Brasil. No centro-leste do Amazonas, em todo o estado do Pará, no Tocantins, em Rondônia, no Acre e no Amapá, o sol aparece entre muitas nuvens e as pancadas de chuva ocorrem a qualquer hora. De acordo com os meteorologistas da Climatempo, não dá para descartar o risco de temporal em pontos isolados. Nas demais áreas do Amazonas e do Acre, o sol aparece mais forte e as pancadas de chuva ocorrem á partir da tarde. Em Roraima e no extremo norte do Amazonas, o sol brilha forte e não há previsão de chuva.
No sábado, o ar quente e úmido mantem as nuvens espalhadas por grande parte da região. No leste do Amazonas, em Rondônia, no Acre, Pará, Tocantins e no Amapá, chove a qualquer hora. Nestas áreas, o risco de temporal é alto. Nas demais localidades do Amazonas, o ar quente e úmido ajuda a formar nuvens e chove á partir da tarde. Em Roraima e no extremo norte do Amazonas, o sol aparece forte, faz calor e não chove.
No domingo, as áreas de instabilidade se concentram no centro-sul da região Norte do país. No sul do Amazonas, do Pará e do Tocantins, no Acre, Rondônia e no Amapá, as pancadas de chuva ocorrem várias vezes ao longo do dia com até forte intensidade. Nas demais áreas do Amazonas, e em Roraima, o ar quente e úmido favorece a formação de nuvens de chuva e as pancadas estão previstas á partir da tarde. Em Roraima e no extremo norte do Amazonas, o sol aparece forte, faz calor e não chove.
Região Nordeste:
Nesta sexta-feira, áreas de instabilidade crescem e aumentam a nebulosidade no Nordeste do Brasil. O sol aparece em toda a região e faz bastante calor. No oeste da Bahia, no Ceará, Piauí e no Maranhão, há previsão de pancadas de chuva entre à tarde e à noite. Na costa leste nordestina, os ventos que sopram do oceano provocam o aumento das nuvens e chove de forma fraca e passageira.  Pelo interior nordestino, áreas de agreste e sertão o sol brilha forte e não chove.
No sábado, o sol aparece forte na maior parte da região. Pelo interior do Maranhão, no Piauí, oeste e sul da Bahia, por causa do calor e da alta umidade do ar, as nuvens de chuva se formam com facilidade e as pancadas ocorrem em pontos isolados. No litoral nordestino, do sul da Bahia até o Rio Grande do Norte, chove de forma isolada e passageira. No sertão do Nordeste, a massa de ar seco e quente inibe a formação das nuvens e não chove.
No domingo, a instabilidade aumenta no norte do Maranhão e chove com até moderada intensidade. Nas demais áreas maranhenses, no Piauí, oeste e sul da Bahia, o calor e a alta umidade ajudam a formar nuvens há previsão de chuva á partir da tarde. Nas áreas do litoral sul baiano até o Rio Grande do Norte, chove de forma fraca e passageira. Pelo interior nordestino, inclusive no Ceará, o sol brilha forte, faz bastante calor e não chove.

Transnordestina só em 2036: a iniciativa privada tem mais picareta do que na política


Do Correio Braziliense
JULIANA CAVALCANTI
A Companhia Siderúrgica Nacional, que venceu o leilão para construir e operar a ferrovia, impõe ritmo lento às obras para forçar o governo a conceder aumento nos preços previstos inicialmente. Se vencer a queda de braço, o custo vai dobrar, pulando de R$ 4,5 bi para R$ 8,2 bi.
Projetada para ser a mais importante ferrovia de integração dos estados do nordeste, a Nova Transnordestina deveria ser inaugurada neste ano, mas o impasse financeiro entre a concessionária controlada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), e o governo federal praticamente paralisaram a construção nos últimos seis meses. Especialistas indicam que se prevalecer o ritmo atual, o trem só entrará nos trilhos em 2036. 
O ponto da discórdia é o orçamento aprovado em 2005. Inicialmente previsto em R$ 4,5 bilhões, foi acrescido de R$ 900 milhões em 2008. Mesmo assim, a CSN, vencedora do leilão para construir e operar a ferrovia, garante que a verba não é suficiente e pressiona para novo acréscimo de R$ 2,8 bilhões. O governo resiste. Caso resolva ceder, o custo vai praticamente dobrar, chegando a R$ 8,2 bilhões. 
A dificuldade de acertar as contas levou Dilma Rousseff a criticar publicamente a concessionária, acusada pela presidente de “empurrar a obra com a barriga”. Ela argumenta que o pacote de financiamento da ferrovia está concentrado em recursos do Tesouro e de fundos federais, reduzindo o risco do empreendedor.
A obra é financiada majoritariamente por recursos públicos. Do total, a previsão é que R$ 1,3 bilhão seja aportado pela CSN, controladora da Transnordestina Logística S/A; R$ 164,6 milhões são do Tesouro (também acionista do projeto); e o restante (R$ 4 bilhões) vem de financiamentos públicos, uma combinação de linhas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e os fundos constitucionais Finor, FNE e FDNE.
Inundações
Em fevereiro de 2012, durante a última visita da presidente ao canteiro de obras em Salgueiro (PE), o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, que a acompanhava, informou que os trechos mais atrasados encontravam-se no Ceará. As principais dificuldades seriam as desapropriações e a burocracia envolvendo as licenças ambientais. Na ocasião, Dilma cobrou agilidade na obra e, apesar dela e do ministro negarem que o aumento de custos  tenha entrado na pauta, sabe-se que a presidente rejeitou reavaliar os valores. A Transnordestina Logística S.A. ainda não perdeu a esperança. À reportagem respondeu que “está em fase de renegociação de parâmetros de preços e prazos com o governo”.
Entre os motivos da revisão para mais do valor total, estão inundações e mudanças no traçado da ferrovia. O percurso entre o Cabo de Santo Agostinho (PE) e Porto Real do Colégio (AL), por exemplo, foi destruído pelas enchentes de 2000 e 2010. Os trilhos passaram 10 anos para serem reconstruídos e quando estavam concluídos, foram novamente danificados pelas águas.
Apenas na segunda reconstrução, o presidente da Transnordestina Logística S.A., Tuffi Daher Filho, afirmou que foram gastos R$ 3 bilhões. Outra questão foi a mudança de traçado no trecho de Salgueiro a Suape, necessária após o início da construção da Barragem de Serro Azul, na região de Bonito, no agreste. As obras foram decididas justamente para evitar novas enchentes, mas o traçado entre os municípios de Palmares e Bonito precisou ser acrescido de mais dez quilômetros, deslocado mais ao sul, para desviar da área de inundação da barragem. Um custo extra estimado em R$ 35 milhões.
Idas e vindas
Iniciadas em 2006 para ter todo o projeto concluído, incluindo os terminais, em 2013, as obras atrasaram desde o início. Ainda em 2007, durante visita a Pernambuco, onde está a maior parte da estrada de ferro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já mostrava preocupação com o cumprimento dos prazos. O tempo proposto vem sendo esticado desde então, resultando numa nova data-limite para a conclusão: dezembro de 2014.
Apesar de o governo esperar que o início da operação coincida com o término do mandato da presidente Dilma Rousseff, a Transnordestina, como é conhecida, não deverá, contudo, ser inaugurada antes de 2015, mesmo que haja o acordo financeiro. Se os valores não forem reajustados, os especialistas alongam a perspectiva de inauguração do sistema para daqui a 24 anos.
 O planejamento da Transnordestina desenvolveu-se durante o primeiro governo do presidente Lula (2003-2006). A ideia dele era inaugurar em 2010, ao fim de sua gestão, com o transporte de toneladas de soja produzidas nos municípios do sul do Piauí. Quando estiver concluída, a Transnordestina vai ligar o município de Eliseu Martins (PI) aos portos de Pecém (CE) e Suape (PE), seguindo até Porto Real do Colégio (AL), onde se interligará com a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). Serão 1.728 quilômetros construídos e 560 recuperados, com investimento de R$ 5,42 bilhões, conforme a previsão atual. (Colaborou Sílvio Ribas)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Os boatos sobre o apagão de energia



Autor: 
 
Coluna Econômica
Na Folha de ontem, a jornalista Eliana Cantanhede forneceu a manchete, ao anunciar uma reunião de emergência do setor elétrico. Segundo a matéria, “a reunião foi acertada entre Dilma, durante suas férias no Nordeste, e o Ministro das Minas e Energia Edison Lobão”.
“Dirigentes de órgãos do setor tiveram que cancelar compromissos para comparecer”, dizia a matéria. Mais: “Dez dias depois de dizer que é "ridículo" falar em racionamento de energia, a presidente Dilma Rousseff convocou reunião de emergência sobre os baixos níveis dos reservatórios, para depois de amanhã, em Brasília.
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Segundo a jornalista, “oficialmente, estarão presentes ao encontro de quarta-feira os integrantes do CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico), que é presidido pelo ministro das Minas e Energia e é convocado, por exemplo, quando há apagões de grandes proporções, como ocorreu mais de uma vez em 2012”.
Existe um órgão denominado de Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) que reúne-se mensalmente para analisar o setor. Participam da reunião o Ministro, o Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS), a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a Agência Nacional de Petróleo (ANP), a Agência Nacional de Águas (ANA), entre outras.
As reuniões são mensais e agenda do ano é definida sempre no mês de dezembro do ano anterior. Portanto, desde o mês passado a tal reunião “extraordinária” estava marcada.
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O mercado de energia elétrica é dividido em dois segmentos. Há os contratos de longo prazo, firmados entre grandes consumidores (entre os quais as distribuidoras) e fornecedores; e o chamado mercado spot, com compras de curto prazo.
Uma informação incorreta, como esta, poderia provocar oscilações de monta nas cotações do mercado spot. Poderia fazer empresas suspenderem planos de investimento, montarem planos de contingência.
Não afetou o mercado porque as grandes empresas, os grandes investidores dispõem de canais de informação específicos. E a própria Internet permitiu a propagação do desmentido do MME acerca do caráter “extraordinário” da reunião.
Mas a falsa notícia levantou até o argumento de que os problemas eram decorrentes da redução da conta de luz – que sequer ocorreu ainda.
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De concreto, existe a enorme seca que assola o nordeste, que reduziu as reservas do sistema. Atualmente os reservatórios da Região Nordeste operam com 31,6% da sua capacidade, e os da Região Norte com 41,24%.
Limitações ambientais, além disso, obrigaram a uma mudança na arquitetura das novas usinas hidrelétricas, substituindo os grandes lagos pela chamada tecnologia de “fio d’água”.
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Mas o modelo prevê um conjunto de usinas termoelétricas de reserva. Sempre que há problemas no fornecimento, elas são autorizadas a operar até que o sistema convencional volte a dar conta do recado.
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O episódio mostra, em todo caso, a dificuldade, hoje em dia, de se dispor de informações objetivas. Na Internet, há um caos informacional; nos jornais, uma sobreposição diária das intenções políticas sobre a objetividade das matérias.
www.luisnassif.com.br