sábado, 31 de janeiro de 2009

Venezuela após dez anos de Chaves

Aqui no Brasil é difícil ter notícias verdadeiras sobre o que ocorre na Venezuela. Na telinha e nas páginas da grande mídia encontramos informações enviesadas e juízos de valor preconceituosos. Deveriam mostrar os todos os fatos e deixar as pessoas tirarem suas conclusões. Tem veículo que diz que a Venezuela e a Bolívia são governados por ditaduras, quando na verdade nesses países a oposição que foi derrotada nas urnas está sempre à espreita para dar um golpe.

A Venezuela é quinto maior exportador de petróleo, mas essa riqueza que brota da terra não garante bem estar para seu povo. Não só dividir esta riqueza como garantir que no futuro o país não dependa só do petróleo, mas tenha uma indústria e agricultura pujante, esses são os maiores desafios para o governo Chaves. Isso só já não é tarefa fácil, além disso o governo tem que enfrentar uma elite mesquinha e empresário que estão acostumados a serem dependentes dos EUA.


Há dez anos, cerca de 4,8 milhões de venezuelanos viviam em situação de pobreza e a saúde e a educação eram um privilégio.


Leia a matéria completa no site da BBC.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2009/01/090130_venezuela_social_cj_cq.shtml


Lei também esta matérias sobre os desafios da Venezuela:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2009/01/090129_venezuela_petroleo.shtml

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

A mídia e o bolsa família

A grande mídia não gostou do anuncio da expansão do Bolsa Família e do programa de merenda escolar. Para eles o dinheiro do povo não pode ser gasto com os mais pobres. Faltam dois anos para a eleição e eles vem dizer que são gastos eleitoreiros. Essa não cola.

Os mesmos que criticam o Bolsa Família não levantam a voz contra os gastos do Banco Central com os ricaços.

São R$150 bilhões de juros (mais de dez vezes o bolsa família) pagos anualmente para aqueles que ou tem renda muito alta ou patrimônio elevado. Além disso, operação obscuras são feitas no Banco Central e a mídia não denuncia. Prejuízo no balanço do banco Central é lucro no balanço dos bancos e fundos de investimento. Só em 2007 o BC teve perdas de R$60 bilhões com o chamado swap reverso (outros chamam de swap português).

O grande erro do governo Lula foi entregar a política econômica para os donos do dinheiro, justamente aqueles que mais criticam seu governo.

Rezo para que Lula tenha coragem de romper com essa elite mesquinha e não ter medo de abraçar políticas que beneficie os mais pobres.

Não economize na saúde, na educação, no salário mínimo. Não faça o jogo da elite (cortar gastos para sobrar mais dinheiro para juros).



Vale a pena ler o depoimento de Jussara Seixas no blog Desabafo Brasil. Clique no texto para ler o depoimento completo.

Fiz questão de assistir ao JN e ao jornal da Band ontem, 28/1. Só para ver o histerismo, as caras e bocas revoltadas dos jornalistas ao noticiarem o aumento do número de beneficiados pelo Bolsa Família. Não deu outra, foi geral, estavam e estão indignados: como assim, beneficiar os mais pobres do país?

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Fiat compra 35% das ações da Chrysler, Toyota desbanca GM

Os US$4 bilhões concedidos pelo governo não foram suficientes para dar fôlego à Chrysler. No dia 20 de janeiro, a Fiat comprou 35% do capital da montadora norte-americana.

Enquanto isso a GM perdeu para a Toyota o posto de maior do mundo, posição que ocupava há 77 anos.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Opinião Pública e a política econômica

A opinião pública com relação à política econômica se divide basicamente em três grupos, sendo os dois primeiros maioria.

1) Os que acham que o governo Lula só fez acertos. Aqueles que votariam no Paloci ou no Mercadante. É um grupo que critica os erros de FHC, mas acha que os juros altos e câmbio valorizado foram responsáveis pela estabilidade econômica. Falam de um crescimento que na verdade não existiu. O Brasil cresce muito pouco. Segundo o IPEA, um crescimento de 4,5% é o mínimo necessário para que o desemprego não aumente. Tem que crescer mais que isso.

PIB 2003-2007
2003:1,1%; 2004:5,7; 2005:2,9%; 2006:4%; 2007:5,4%;

2) Tem o outro grupo, preconceituoso, eleitores do Alckmin. Criticam tudo que foi realizado no governo Lula, mas acha correta a atuação do Banco Central.
3) O terceiro grupo reúne pessoas mais bem informadas, que se atualiza por veículos fora da grande mídia. São aqueles que tem ou uma boa base no entendimento da economia (não quer dizer formação na área, está mais para bom senso).
Infelizmente a maioria das pessoas que conheço ou são do grupo 1 ou do 2.

Diariamente vemos críticas aos gastos públicos, analistas de plantão consideram absurdo gastar 7% do PIB com as previdência (os aposentados são por volta de 8% da população), criticam o Bolsa Família, mas esses mesmos caras acham justo o país despender mais de 7% com pagamento de juros.

Isso será efeito do bombardeio da mídia com dezenas de comentarias na tv e nos jornalões defendendo a política do Meirelles e atacando qualquer alternativa proposta pelo Guido Manteiga?

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Comparativo do valor de mercado dos maiores bancos antes da crise e hoje

O diagrama abaixo compara visualmente o valor de mercado antes do estouro da crise e o valor em 20 de janeiro de 2009.

O castelo de cartas em que se transformou o mercado financeiro desabou. O sistema financeiro norte-americano faliu, na Europa estão juntando os cacos. A crise é tão feia que já se fala no EUA em estatizar o sistema (e a elite brasileira ainda critica o Evo e o Chaves).

Do gráfico vemos que a destruição de valor foi enorme; também vemos que alguns bancos saíram fortalecidos, por exemplo o Santander em valor de mercado já é maior do que o Citigroup que praticamente virou pó. Em valor de mercado os bancos chineses já aparecem no topo da lista dos maiores.

Clique aqui para ver o diagrama em PDF.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

O falso déficit da Previdência

Do blog do Nassif
Na gestão Nelson Machado, a Previdência Social passou a divulgar de forma correta os dados de arrecadação. Separou o Regime Geral da Previdência (contribuições e benefícios pagos pela massa segurada) de políticas sociais (aposentadoria rural) e incentivos fiscais (isenção para pequena e micro empresa, clubes de futebol e entidades filantrópicas).

Com isso, mudou radicalmente a natureza do debate. Políticas sociais e benefícios fiscais têm que ser contabilizados no orçamento federal, não no orçamento da Previdência - uma conclusão óbvia.

Leia mais...

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Licenciamento 2009

O IPVA é uma despesa que não dá para escapar no começo do ano. Alguém tem que pagar o salários dos professores, policiais ...

Em alguns estados como São Paulo não há grandes descontos para o pagamento à vista em janeiro (somente 3%), mas o parcelamento não alivia muito.

O DPVAT (Seguro Obrigatório) deve ser pago junto com a primeira parcela do IPVA (ou na parcela única). Quem não pagar fica descoberto.

Já o licenciamento tem o pagamento escalonado durante o ano e o vencimento é conforme a placa. Veículos de passeio tem o vencimento conforme tabela abaixo:

Final da placa
Prazo final para Renovação
1
abril
2
até maio
3
até junho
4
até julho
5 e 6
até agosto
7
até setembro
8
até outubro
9
até novembro
0
até dezembro
Fonte: Detran-SP
Para quem tem o veículo registrado no estado de São Paulo pode-se verificar os valores do IPVA no site abaixo:
http://www3.fazenda.sp.gov.br/ipvanet/

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Juros bancários recuam após sete meses de alta

FolhaNews, de Brasília
15/01/2009

Os juros bancários recuaram em dezembro após sete meses de alta, segundo pesquisa realizada pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Os juros vinham subindo desde abril. A taxa de juros média para pessoa física apresentou redução de 7,61% ao mês (141,12% ao ano) para 7,49% ao mês (137,91% ao ano), a menor taxa desde setembro de 2008.

No cartão de crédito, a taxa ficou estável em 10,56% ao mês (233,56% ao ano). No cheque especial, houve uma redução de 8,02% ao mês (152,38% ao ano) para 7,91% ao mês (149,31% ao ano). Os juros do comércio caíram de 6,40% ao mês (110,52% ao ano) para 6,30% ao mês (108,16% ao ano).

Para pessoa jurídica, a taxa média caiu de 4,47% ao mês (69% ao ano) para 4,35% ao mês (66,69% ao ano), menor taxa desde agosto do ano passado.
A Anefac atribui o recuo a medidas do governo, ao abrandamento da crise de crédito e à expectativa de queda na taxa básica de juros (Selic) esperada para a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) na próxima semana.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Petrobras vai investir mais US$ 2 bi em diesel limpo

Valor Online
13/01/2009 18:17

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SÃO PAULO - Além dos US$ 4 bilhões que estão sendo investidos entre 2003 e 2012 na produção de diesel com menor teor de enxofre, a Petrobras vai desembolsar outros US$ 2 bilhões a partir de 2013 na adequação das unidades de hidrotratamento, com vistas a reduzir ainda mais o volume do enxofre presente no diesel nacional. Trata-se do diesel S-10, cuja utilização obrigatória entrará em vigor na próxima etapa do programa de controle nacional de emissões, previsto para janeiro de 2013.
Segundo Paulo Roberto Costa, diretor de Abastecimento da estatal, as unidades de hidrotratamento em construção e a adaptação de refinarias estavam programadas para a produção do diesel S-50, com 50 partículas de enxofre por milhão. Agora, essas unidades terão que ser adequadas para a produção do S-10.

Atualmente, de todo o diesel consumido no Brasil, 70% são do tipo S-1800 (em 2008 era S-2000), 27% do tipo S-500 e 3% do S-50. Costa não detalhou os novos investimentos, mas revelou que por ser o maior consumidor do país, o Estado de São Paulo deverá receber alguma parcela do aporte de US$ 2 bilhões para a produção do S-10.

(Guilherme Manechini | Valor Econômico, para o Valor Online)

domingo, 11 de janeiro de 2009

Até banqueiro pede redução de juros

Do blog do Nassif:

Estadão de 08/01/2009, B-4:
“Até banqueiro pede redução de juros – avaliação foi unânime entre representantes de empresas e de bancos na reunião com Mantega e Meirelles. O presidente do Bradesco, Marcio Cypriano defendeu ontem a antecipação da reunião do Conselho de Política Monetária (do Banco Central), marcada para os dias 20 e 21, para que os juros possam cair mais rapidamente… Meirelles não demonstrou o menor entusiasmo com a proposta… Meirelles disse respeitar as críticas, mas defendeu a política monetária, dizendo que ela, até agora, tem se mostrado bem-sucedida: ‘se acertamos no passado, tenho fé que vamos continuar acertando’, disse Meirelles…. ‘Aconteceu um milagre’ (disse um empresário ao se referir ao fato de TODOS na reunião, menos Meirelles, pedirem a redução dos juros.”

Leia também: Porque a Febraban peitou o BC?

Vamos entender melhor esse embate entre o presidente do Bradesco, Márcio Cypriani, e o do Banco Central, Henrique Meirelles, em torno das taxas Selic.

O conjunto de operações de um banco comercial é muito maior do que aplicar em títulos do governo ou montar operações de IPO. Esse papel cabe à sua Tesouraria ou banco de investimento. O crescimento de um banco comercial depende, em grande parte, do crescimento e da modernização da economia real.