segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Subsídios para um bom debate sobre redução de ministérios

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Sugestão de Webster Franklin
da Carta Maior
Os governos do PT incharam a máquina pública? Não, e os números mostram isso. Mas por que será que a mídia insiste em escondê-los?
Por José Augusto Valente
Esse assunto, volta e meia, reaparece no debate nacional. Geralmente, de forma torta, como tentarei demonstrar a seguir.

A primeira pergunta, que quase ninguém se faz é: qual o número adequado de ministérios, empresas, autarquias, cargos, funções e funcionários públicos?

A resposta a essa pergunta é óbvia: depende!

Se o projeto vencedor nas eleições fosse o do Aécio ou o da Marina, a ideologia do “estado mínimo”, que eles defendem, teria como consequência o enxugamento da máquina pública.

Entretanto, o projeto vencedor, em 2014, foi o liderado por Dilma. Este projeto é o que dá resposta à sociedade sobre mais educação, mais saúde, mais saneamento, mais infraestrutura, mais direitos humanos. O mesmo projeto vencedor das eleições de 2002, 2006 e 2010. Exige um estado muito maior que o mínimo de triste lembrança (FHC).

Não houve aumento de ministérios – ou de Secretarias com status de ministério – em relação aos governos exitosos de Lula e Dilma. O que nos permite dizer que houve eficiência e eficácia na condução dos programas e nas políticas de governo. Deste governo!

Leio gente escrevendo que é preciso dar mais “racionalidade” à gestão, constituindo superministérios, num total de 20, no máximo. O que pode ser mais racional do que uma estrutura vencedora, com uma infinidade de programas que mudaram a cara do país?
Leio também que o motivo dessa redução de ministérios, cargos e funções é para reduzir gastos, uma sinalização de que o governo está “cortando na própria carne”!

Já vimos que não se sustentam os motivos políticos e de “racionalização”. Vamos ver como fica o argumento de “redução de gastos”.

A imprensa e a oposição não cansam de repetir a falácia de que Lula e Dilma aparelharam a máquina pública federal, nomeando petistas para os 25 mil cargos comissionados disponíveis. Teve candidato a presidente que afirmou que cortaria mais da metade desses cargos, direcionando mais recursos para o interesse dos usuários.

A vantagem que leva a oposição é que a imprensa não está aí para checar essa informação. Assim, podem repetir qualquer coisa "ad nauseam", sem precisar provar nada e sem ser confrontada.

1. Se a imprensa fosse verificar a informação, de cara descobriria que o ex-presidente Lula, em 2005, através do Decreto no. 5.497/2005, considerou exclusiva dos servidores de carreira a ocupação de 75% dos cargos em comissão DAS níveis 1, 2 e 3 e 50% dos cargos DAS nível 4.

2. Vale dizer que esses 4 primeiros níveis de cargos em comissão representam quase 95% do total dessas vagas. Isso mesmo, 95%! O que significa que a imensa maioria desses cargos é ocupada por servidores públicos de carreira. Quem conhece a Esplanada dos Ministérios sabe que são muito poucos os funcionários públicos de esquerda.

3. É importante destacar ainda que o número de cargos em comissão aumentou proporcionalmente menos que o total de servidores. Em 2002, haviam 19 mil cargos comissionados. Em 2014, haviam 23 mil. Entretanto, a relação cargos comissionados/total de servidores em 2002 era de 3,8% e em 2014 caiu para 3,7%. Caiu pouco mas, ao contrário do que diz a oposição, não aumentou.

A imprensa gosta de insinuar que esses cargos comissionados são remunerados com salários muito altos. Falso ou verdadeiro? Falso!

4. Diferentemente do salário da grande maioria do funcionalismo federal, fortemente valorizado durante os governos de Lula e Dilma, os salários médios dos cargos em comissão ocupados por pessoas sem vínculo com o governo caíram em termos reais, passando de um salário médio real (em valores de 2013) de R$ 6.155,00, em 2002, para R$ 4.296,00, em 2014. Esse é o salário médio das pessoas que dirigem políticas como o Bolsa Família, o Luz para Todos, a Saúde, políticas que envolvem a aplicação de bilhões de reais e que impactam positivamente a vida de todos os brasileiros.

A oposição finge não saber que os cargos comissionados requerem elevado nível de responsabilidade e conhecimento técnico, e por isso, a maioria dos que os ocupam é altamente capacitada, mesmo com esse salário médio.

Fala-se também do "inchaço" da máquina por Lula e Dilma, insinuando que haveria uma contratação desenfreada de servidores públicos. Cabe então a pergunta: E os gastos com pessoal, estão descontrolados?

5. No período 2002-2014, a população aumentou quase 20%, o PIB cresceu uns 40% e as despesas com funcionalismo reduziram, como percentual do PIB. Era 4,8% em 2002 e chegou, em 2014, a 4,3%. Apesar do total de servidores ativos ter passado de 486 mil para 607 mil, nesse mesmo período.

Bom lembrar, como já disse antes, que servidores públicos é que garantem o funcionamento das principais políticas públicas pelas quais a população demanda e que tiveram grande aumento nos últimos 12 anos.

6. Por exemplo, na educação o número de servidores aumentou de 165 mil, em 2002, para 260 mil, em 2014. A grande maioria deles como técnicos e professores, porque foram criadas mais de 400 novas escolas de educação profissional, científica e tecnológica, mais que triplicando o número de unidades existente em 2002.

7. Além disso, foram criadas 18 novas universidades em 152 novos campi, mais que dobrando o número de matrículas e de municípios com instituições federais.

E onde essas informações podem ser checadas? Aqui.

Penso que fica razoavelmente demonstrado que a presidenta Dilma pode e deve fazer alguns ajustes em relação a Ministérios, Autarquias, Empresas, etc. Mas tendo como objetivo o aumento da eficácia das políticas públicas e não a conversa fiada de redução de gastos ou “maior racionalidade na gestão”.

Cortar ou fundir ministérios, para reduzir o número total, é tudo o que a oposição quer que Dilma faça: dar um tiro no pé!

domingo, 30 de agosto de 2015

Janot arquiva pedido de Gilmar para investigar campanha de Dilma

http://jornalggn.com.br/noticia/janot-arquiva-pedido-de-gilmar-para-investigar-campanha-de-dilma


 
Jornal GGN - O procurador-geral da República, Ridrogo Janot, arquivou pedido feito pelo vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, para investigar duas prestadoras de serviços da campanha de Dilma. Para Janot os argumentos apresentados por Mendes "não possuem consistência suficiente para autorizar, com justa causa, a adoção das sempre gravosas providências investigativas criminais". 
 
O procurador-geral usou também como fundamento para arquivar o pedido "a inconveniência" da Justiça Eleitoral e Ministério Público Eleitoral se tornarem "protagonistas exagerados do espetáculo da democracia, para os quais a Constituição trouxe, como atores principais, os candidatos e os eleitores", escreveu no parecer da decisão tomada dia 13 de agosto, demonstrando ainda preocupação de haver judicialização exagerada capaz de atrapalhar as condições de governabilidade do país. 
 
"Não interessa à sociedade que as controvérsias sobre a eleição se perpetuem: os eleitos devem poder usufruir das prerrogativas de seus cargos e do ônus que lhes sobreveem, os derrotados devem conhecer sua situação e se preparar para o próximo pleito", completou. 
 
 
 
MÁRCIO FALCÃO
GUSTAVO URIBE
DE BRASÍLIA
 
Em parecer pelo arquivamento de pedido feito pelo vice-presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Gilmar Mendes, para investigar uma das fornecedoras da campanha da presidente Dilma Rousseff, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, criticou a "inconveniência" da Justiça e do Ministério Público Eleitoral se tornarem "protagonistas exagerados do espetáculo da democracia".
 
As críticas do procurador foram feitas na semana seguinte à indicação da presidente para sua recondução ao cargo e no momento em que a Justiça Eleitoral discute a abertura de ações da oposição ao governo federal que pedem a cassação da chapa presidencial.
 
"É em homenagem à sua excelência [Gilmar Mendes], portanto, que aduzimos outro fundamento para o arquivamento ora promovido: a inconveniência de serem, Justiça Eleitoral e Ministério Público Eleitoral, protagonistas —exagerados— do espetáculo da democracia, para os quais a Constituição trouxe, como atores principais, os candidatos e os eleitores", escreveu.
 
O procurador-geral afirmou ter receio da judicialização exagerada e que é preciso levar em conta que a Constituição Federal estabeleceu como atores principais do processo eleitoral "os candidatos e os eleitores".
 
Ele defendeu ainda que "os derrotados devem conhecer sua situação e se preparar para o próximo pleito".
 
As considerações de Janot foram feitas em uma decisão do dia 13 de agosto negando pedido do ministro Gilmar Mendes, integrante do TSE e do STF (Supremo Tribunal Federal), para investigar uma a VTPB Serviços Gráficos e Mídia Exterior Ltda, que prestou serviços à campanha de Dilma.
 
Janot disse que os fatos colocados por Mendes " não apresentam consistência suficiente para autorizar, com justa causa, a adoção das sempre gravosas providências investigativas criminais".
 
Relator da prestação de contas da campanha de Dilma à reeleição, o ministro acionou nas últimas semanas a PGR, a Polícia Federal e o Ministério Público de São Paulo para investigar possíveis irregularidades na prestação de serviços, além de indícios de que recursos desviados no esquema de corrupção da Petrobras também abasteceram o caixa petista.
 
As considerações de Janot foram feitas em uma decisão do dia 13 de agosto negando pedido do ministro Gilmar Mendes, integrante do TSE e do STF (Supremo Tribunal Federal), para investigar uma a VTPB Serviços Gráficos e Mídia Exterior Ltda, que prestou serviços à campanha de Dilma.
 
Em sua defesa, o PT sempre ressalta que não houve irregularidades, e que as contas da campanha foram aprovadas pelo tribunal.
 
Janot sustenta que é preciso respeitar os prazos estabelecidos em lei para eventuais questionamentos e que o eleito precisa ter condições para governar.
 
"Não interessa à sociedade que as controvérsias sobre a eleição se perpetuem: os eleitos devem poder usufruir das prerrogativas de seus cargos e do ônus que lhes sobreveem, os derrotados devem conhecer sua situação e se preparar para o próximo pleito", afirmou.
 
"A questão de fundo é que a pacificação social e estabilização das relações jurídicas é um das funções mais importantes de todo o Poder Judiciário, assumindo contornos de maior expressão na Justiça Eleitoral, que lida "com a escolha de representantes para mandatos temporários"", completou.
 
Em sua sabatina no Senado Federal, realizada na última quarta-feira (26), que lhe garantiu mais dois anos no comando da Procuradoria Geral, o procurador foi pressionado por líderes da oposição a avaliar as chamadas pedaladas fiscais, em discussão no TCU (Tribunal de Contas da União), e ter uma atuação mais firme no TSE.
 
Foram feitas críticas diretas ao vice-procurador-geral-eleitoral, Eugênio Aragão, acusado de atuar a favor do governo federal.
 
Após as eleições, a oposição, encabeçada pelo PSDB, ingressou no TSE com quatro ações contra Dilma e seu vice, Michel Temer.
 
Na eleição presidencial do ano passado, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi derrotado por Dilma por pequena margem de votos. Três ações podem levar a cassação e uma pode gerar multa.
 
Os tucanos pedem que o TSE investigue denúncias de abuso de poder econômico e político na campanha de Dilma e suspeitas de que recursos desviados pelo esquema de corrupção descoberto na Petrobras tenham ajudado a financiar a reeleição.
 
As ações estão paradas, no entanto, porque os ministros discutem se vão unificar a tramitação dos processos. As discussões sobre os processos têm provocados intensos embates na corte, com direito até a bate-boca entre os ministros.
 
Procurado pela Folha, Gilmar Mendes disse que ainda não tinha tomado conhecimento da decisão de Janot.
 
Coordenador jurídico da campanha de Dilma, o advogado Flávio Caetano, disse que a posição de Janot é correta.
 
"Nós temos dito que o processo de prestação de contas tem começo meio e fim, e o final dele foi em dezembro quando foi julgado por unanimidade e aprovado. Não houve recurso do PSDB", disse.

Época distorce informações de documentos secretos do Itamaraty

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Jornal GGN - O Instituto Lula divulgou nota em resposta à reportagem "Nosso homem em Havana", veiculada na edição deste final de semana (29/08) pela revista Época. A matéria afirma que o ex-presidente Lula teria feito lobby clandestino para a construção do porto de Mariel na ilha utilizando, indevidamente, recursos do BNDES. Segundo o Instituto Lula a revista reproduziu apenas alguns trechos dos telegramas diplomáticos trocados quando Brasil e Cuba discutiam os trâmites para as obras do porto, quando deveria ter elaborado sua matéria em cima de todo o conteúdo, o que atestaria "a conduta rigorosamente correta do ex-presidente Lula em seus contatos com as autoridades cubanas e com dirigentes empresariais brasileiros". Além disso, os documentos acessados pela revista são sigilosos, do Ministério das Relações Exteriores, logo o único crime presente seria o vazamento ilegal do conteúdo não explicado corretamente pela Época. 
 
Outro ponto observado pelo Instituto é que o fato de ter havido um representante diplomático do Brasil em uma das reuniões citadas pela reportagem entre o ex-presidente e empresários brasileiros "demonstra que nada de ilícito foi ou poderia ter sido tratado naquele encontro".
 
"O mesmo se aplica ao relato, para o citado diplomata, da conversa de Lula com Raul Castro sobre o financiamento de exportações brasileiras para Cuba", completa a nota do Instituto. Chama ainda a atenção para a tentativa exagerada da revista em tornar ilícitos procedimentos corriqueiros comerciais e financeiros abordados nos telegramas diplomáticos (utilizados como fonte da matéria). "Como os jornalistas da Época deveriam saber, se não por dever de ofício, pelo simples fato de que trabalham nas Organizações Globo. A TV Globo exporta novelas para Cuba desde 1982, exporta para a China e exportou para os países de economia fechada do antigo bloco soviético", ressaltaram. 
 
Na matéria, a revista Época chamou o Office of Foreign Assets Control, agência do governo dos EUA que atua no bloqueio comercial sujeitando as empresas que comercializam com Cuba penalidades e restrições legais nos Estados Unidos de "organismo internacional de fiscalização". A reportagem, ainda segundo o Instituto Lula, mente ao insinuar nos trechos retirados dos documentos do Itamaraty a menção de interferência do ex-presidente em decisões do BNDES para financiar empresas para as obras de Mariel, lembrando que o financiamento do BNDES às obras do porto estavam aprovadas dois anos antes da mencionada visita de Lula à ilha, em 2011 e, ainda, que o relacionamento entre Cuba e o banco datam da década de 1990, "sem qualquer episódio de inadimplemento ou atraso nos pagamentos.”  
 
Por último, o Instituto Lula observou que os jornalistas da Época não deveriam considerar ilícitas as palestrar realizadas por Lula, como ex-presidente, concedidas para dezenas de empresas nacionais e internacionais, como a Infoglobo, que edita o jornal O Globo. 
 
Acompanhe à seguir a nota na íntegra
 
 
29/08/2015 18:16 
 
Mais uma vez a revista Época divulga reportagem ofensiva ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com afirmações falsas e manipulação criminosa de documentos oficiais.
 
Avançando em ilações maliciosas e irresponsáveis, pelas quais seus jornalistas já foram citados em ação judicial por danos morais movida pelo ex-presidente Lula, a revista insiste em atribuir ao ex-presidente condutas supostamente ilícitas que ele jamais adotou ou adotaria.
 
A matéria deste final de semana (29/08) é uma combinação de má-fé jornalística com ignorância técnica (ou ambas) e o único crime que fica patente, após a leitura do texto, é o vazamento ilegal de documentos do Ministério das Relações Exteriores que, de acordo com a versão da revista, tiveram o sigilo funcional transferido ao Ministério Público.
 
Ao contrário do que sustenta a matéria, a leitura isenta e correta dos telegramas diplomáticos reproduzidos (apenas parcialmente, como tem sido hábito de Época) atesta a conduta rigorosamente correta do ex-presidente Lula em seus contatos com as autoridades cubanas e com dirigentes empresariais brasileiros.
 
A presença de um representante diplomático do Brasil numa reunião do ex-presidente com dirigentes de empresa brasileira demonstra que nada de ilícito foi ou poderia ter sido tratado naquele encontro. O mesmo se aplica ao relato, para o citado diplomata, da conversa de Lula com Raul Castro sobre o financiamento de exportações brasileiras para Cuba.  Só a imaginação doentia que preenche os vácuos de apuração dos jornalistas de Época pode conceber um suposto exercício de lobby clandestino com registro em telegramas do Itamaraty.
 
Os procedimentos comerciais e financeiros citados nos telegramas diplomáticos são absolutamente corriqueiros na exportação de serviços, como os jornalistas de Época deveriam saber, se não por dever de ofício, pelo simples fato de que trabalham nas Organizações Globo. A TV Globo exporta novelas para Cuba desde 1982, exporta para a China e exportou para os países de economia fechada do antigo bloco soviético.
 
Deveriam saber que, em consequência do odioso bloqueio comercial imposto pelos Estados Unidos, empresas que fazem transações com Cuba estão sujeitas a penalidades e restrições pela legislação dos EUA. Por isso, evitam instituições financeiras sujeitas ao Office of Foreign Assets Control, que é uma agência do governo dos EUA e não um “organismo internacional de fiscalização”, como erra a revista.
 
Ao contrário do que o texto insinua, maliciosamente, não há, nos trechos reproduzidos, qualquer menção a interferência do ex-presidente em decisões do BNDES, pelo simples fato de que tal interferência jamais existiu nem seria possível, devido aos procedimentos internos de decisão e aos mecanismos prudenciais adotados pela instituição.
 
Os jornalistas da revista Época deveriam conhecer o rigor de tais procedimentos e mecanismos, pois as Organizações Globo tiveram um relacionamento societário com o BNDESPar, subsidiária do BNDES. Em 2002, no governo anterior ao do ex-presidente Lula, ou seja, no governo do PSDB, este relacionamento se estreitou por meio de um aporte de capital e outras operações do BNDESPar na empresa Net Serviços, totalizando R$ 361 milhões (valores de 2001).
 
Deveriam saber que em maio de 2011, por ocasião da mencionada visita  do ex-presidente a Havana, o financiamento do BNDES às obras do Porto de Mariel estava aprovado, havia dois anos, e os desembolsos seguiam o cronograma definido nos contratos, como é a regra da instituição, que nenhum suposto lobista poderia alterar.
 
Em nota emitida neste sábado (29) para desmentir a revista, o BNDES esclarece, mais uma vez, que “os financiamentos a exportações de bens e serviços brasileiros para as obras do Porto de Mariel foram feitos com taxas de juros e garantias adequadas”, e que os demais contratos mencionados não se realizaram. Acrescenta que “o relacionamento do BNDES com Cuba foi iniciado ainda no final da década de 1990, sem qualquer episódio de inadimplemento ou atraso nos pagamentos.” 
 
Os jornalistas da Época deveriam saber também que não há nenhum ilícito relacionado às palestras do ex-presidente Lula contratadas por dezenas de empresas brasileiras e estrangeiras, entre elas a Infoglobo, que edita o jornal O Globo. Deveriam, portanto, se abster de insinuar suspeição sobre esta atividade legal e legítima do ex-presidente.
 
Tanto em Cuba quanto em todos os países que visitou desde que deixou a presidência da República, Lula trabalhou sim, com muito orgulho, no sentido de ampliar mercados para o Brasil e para as empresas brasileiras, sem receber por isso qualquer espécie de remuneração ou favor. Lula considera que é obrigação de qualquer liderança política contribuir para o desenvolvimento de seu País.
 
Os jornalistas da Época deveriam saber que todos os grandes países disputam mercados internacionais para suas exportações. E que não fosse o firme empenho do governo brasileiro, para o qual o ex-presidente Lula contribuiu,  talvez o estratégico porto de Mariel fosse construído por uma empresa chinesa, ou os cubanos estivesses assistindo novelas mexicanas. Neste momento histórico, em que EUA e Cuba reatam relações e o embargo econômico americano está prestes a  acabar, a revista Época volta no tempo a evocar velhos fantasmas da Guerra Fria e títulos de livros de espionagem.
 
Ao falsear a verdade sobre a atuação do ex-presidente Lula no exterior, os jornalistas da revista Época tentam criminalizar um serviço prestado por ele ao Brasil. O facciosismo desse tipo noticiário é patente e desmerece o jornalismo e a inteligência dos brasileiros. 
 

Falta um Estado Maior para Dilma

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O balanço do segundo trimestre atesta que a recessão se instalou no país. A travessia demandará soluções complexas, que dependem de pactos políticos amplos.
Uma delas é a necessidade da volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), contra a qual pesam resistências das mais variadas. Segundo a área econômica, sem a CPMF o quadro fiscal de 2016 será caótico.
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Há uma crise internacional grave, derrubando as cotações dos principais produtos de exportação. Internamente, uma seca aguda, refletindo-se nas tarifas públicas. Tem-se os impactos da Lava Jato na economia.
Mas nada disso reduz a responsabilidade das aventuras fiscais dos anos anteriores e do pacote Levy-Tombini sobre o nível de atividade econômica e de arrecadação fiscal. E esse passivo dificulta a coordenação de pactos.
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Por outro lado, o cansaço com o tema Lava Jato, o golpismo da oposição e o pessimismo militante da mídia abririam espaço para uma agenda positiva, cujo ponto de partida poderia ser a queda do presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha, seguida de uma reforma ministerial e da apresentação de uma proposta de governabilidade.
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A única boia ao alcance do governo Dilma seria a remontagem do pacto com o PMDB em torno da figura do vice-presidente Michel Temer.
Mas há uma enorme dificuldade em Dilma “realizar o prejuízo” – usa-se esse termo no mercado para o investidor que vende suas ações, mesmo com prejuízo, antes que as cotações caiam mais ainda.
Dilma parece sempre querer fazer uma aposta a mais, sonhando recuperar o espaço político perdido. Não dá. Dilma sobreviverá politicamente apenas se oferecer um desenho de governo que não seja mais do mesmo padrão Dilma do primeiro governo.
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Temer assumiu o papel de coordenador político do governo. Foi torpedeado pelo círculo íntimo de Dilma devido à sua conclamação de união nacional em torno de um nome.
Saiu do dia-a-dia e, segundo o Palácio, ficaria incumbido dos grandes temas políticos. Existe tema mais candente que a CPMF?
Durante a 5a feira, Dilma pessoalmente, mais alguns Ministros de peso, revezaram-se ao telefone informando jornalistas econômicos sobre a necessidade do governo relançar a ideia. No mesmo momento, Temer dava declarações negando qualquer estudo interno nesse sentido.
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Essa desconsideração não pode ser debitada a uma suposta arrogância de Dilma. Na sexta, ela tentava se desculpar com Temer. É consequência da falta de pessoas experientes capazes de organizar a agenda de Dilma e selecionar as prioridades.
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Estoura uma crise no TSE, outra no TCU, e não existe um Ministro da Justiça para administrá-la. Estoura um pepino na base de apoio, mas o Ministro-Chefe da Casa Civil não é aceito pela base. É apagar um incêndio por semana e matar um leão por dia, ora a presidente ligando para jornalistas e políticos, ora recebendo empresários, ora saindo correndo para inaugurar casas no Nordeste, e voltando para um evento da Globo, enquanto tenta consertar a descortesia com o vice.
Não dá. Ou Dilma monta um Estado Maior à altura do desafio de assessorar a presidência na quadra mais difícil da história recente, distribui responsabilidade e delega poder, ou será engolida pela crise.

Viva a Justiça! Juízes declaram Chevron “inocente” por vazamento. “Não morreu um peixinho”!

http://tijolaco.com.br/blog/?p=29288



chevron
Viva o Brasil! Viva a Justiça brasileira!
Graças a ela, o Brasil está sendo moralizado!
A Petrobras não vai escapar, vai ser desmontada até o último barril, não é?
Vamos entregar nosso petróleo, com as bençãos de José Serra, a empresas capazes e responsáveis, como a Chevron.
Sim, a Chevron, que acaba de ser inocentada pelo vazamento de petróleo no campo de Frade, em novembro de 2011.
Não houve, segundo os desembargadores federais do TRF da 2ª Região, que abrange o Rio de Janeiro e Espírito Santo,  crime ambiental  e muito menos omissão de informações, embora a extensão do vazamento só tenha sido conhecida porque uma organização internacional, a SkyTruth, do geólogo americano John Ames, provocada por este Tijolaço, que forneceu enviou as coordenadas geográficas do poço acidentado, mostrou, com fotos de satélite, a dimensão imensa da mancha de óleo.
O advogado da petroleira americana, Nélio Machado, ainda teve a cara-de-pau de declarar  “não ter morrido um só peixe em função do vazamento”, segundo o site Petronotícias, que apresenta uma detalhada cronologia da patranha sustentada pela Chevron desde que, descoberto o vazamento por trabalhadores da Petrobras que operavam em uma área próxima, a empresa alegava apenas que era uma “exsudação natural” de óleo do fundo do mar.
A imprensa brasileira, que noticiou quase à força o vazamento, agora esconde outra imensa mancha: a escandalosa decisão dos nossos intimoratos juízes.
Claro, foi tudo invenção dos blogs sujos!
Aquelas fotos que depois foram parar nos jornais eram montagens e, quem sabe, num raciocínio (perdão pela palavra) como o de Danilo Gentili é capaz de ter sido provocada por alguns nacionalistas que, para desmoralizar os grandes amigos norte-americanos, que fazem o favor de levar nosso petróleo, tenha arrumado um barquinho, comprado meia-dúzia de latinhas de óleo num posto de gasolina e ido lá, para alto-mar, derramá-las e criar aquela mancha imensa.
Vai ver esqueceram de comprar umas sardinhas no mercado para forjar um “peixicídio”, não é?
Que vergonha!
Toda a “punição” se resumiu a um “termo de ajustamento de conduta” – algo como aquele “eu juro. dputor,  que não roubo mais” com que outro juiz federal deixou Alberto Youssef livre depois do escândalo do Banestado – e alguma miserável “indenização”, paga com o próprio petróleo que tiram de lá.
Os senhores doutores do Judiciário gostam de dizer que “decisão judicial não se discute”, mesmo que seja de uma extrema ironia, nestes tempos, dizer-se que a Chevron tem as “mãos limpas”.
Está bem, obedeço.
Mas não há força no mundo que possa, afinal, nos impedir de sentir nojo dela, não é?

PT x PSDB


Não vai faltar água?


sexta-feira, 28 de agosto de 2015

A parada indigesta da CPMF

Tudo isso porque é sagrado mexer nos juros.


http://jornalggn.com.br/noticia/a-parada-indigesta-da-cpmf


Nas últimas semanas, o país passou no teste da solidez democrática, com o esvaziamento de tentativas de impeachment.
Agora terá que passar por outro teste complicado: o de avalizar a volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).
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Ontem, a Receita dispunha de duas notícias ruins.
A primeira, sobre o desempenho fiscal: déficit primário de R$ 9,05 bilhões até julho dos quais  R$ 7,223 apenas em julho. Em doze meses, o déficit real (considerando inflação medida pelo IPCA) foi de 0,77% do PIB.
Pior: as projeções para 2016 indicam um crescimento nominal da receita de 2% a 3% sobre 2015. Descontada a inflação projetada, pode significar queda real de mais de 5%.
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Esse número acendeu todas as luzes vermelhas no Palácio, a ponto da própria presidente Dilma Rousseff e seus principais ministros pilotarem telefonemas pessoais a jornalistas, economistas e provavelmente empresários e políticos, buscando apoio para a recriação da CPMF.
O anúncio será na próxima segunda-feira.
Na equipe econômica pensa-se em uma alíquota de 0,38% e nos recursos sendo partilhados com estados e municípios para garantir o financiamento da saúde.
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Será uma parada indigesta.
De um lado, por expor mais uma vez erros na condução da política econômica. Esta semana, em entrevista a jornais, Dilma Rousseff admitiu que o governo demorou tempo demais para avaliar a dimensão da crise.
Na verdade, são dois erros. Primeiro, a demora em avaliar a crise. Segundo, o erro no diagnóstico da crise contido na política de Joaquim Levy , o mesmo erro, aliás, cometido em 1995 no primeiro governo FHC.
Em ambos os períodos, a economia já vinha embicando desde o ano anterior e as autoridades econômicas não se deram conta.
Em 1995 havia a intenção de esfriar a economia para combater os desajustes externos; em 2015 a necessidade de proceder ao ajuste fiscal, mas sem derrubar mais ainda a economia.
Em ambos os casos houve clamorosos erros de diagnóstico.
Com o diagnóstico correto, em 1995 se procederia a um ajuste gradual dos juros, permitindo às empresas voltar gradativamente ao patamar anterior de capital de giro e às pessoas físicas reduzirem o endividamento. Em vez disso, houve a elevação inimaginável da taxa básica para 45% ao ano, provocando a maior quebradeira circular da história.
Em momentos de inflexão rápida da economia, o que conta é o “feeling”, a intuição, o contato com os diversos segmentos para se antecipar aos indicadores.
***
Agora, cometeu-se erro similar. Sem avaliação correta sobre o ritmo de queda da atividade e seus efeitos sobre as receitas fiscais, houve essa soma inexplicável de ajuste fiscal rigoroso e política monetária agressiva, sem que houvesse um maestro para avaliar a somatória de ambas e administrar a dosagem.
De janeiro a julho, a receita líquida total do governo central despencou 3,7% em termos reais; em julho, a queda real foi de 5,7% em relação a julho passado.
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Vai se ter que passar por cima do inventário de culpas e pensar 2016 da forma conjunta: todos no mesmo barco tratando de tapar os buracos e torcer para não aparecer nenhum vento a mais pela proa.

Por que decidi processar Gilmar Mendes

http://jornalggn.com.br/noticia/por-que-decidi-processar-gilmar-mendes


O Ministro Gilmar Mendes me processou, um daqueles processos montados apenas para roubar tempo e recursos do denunciado. Eu poderia ter ficado na resposta bem elaborada do meu competente advogado Percival Maricatto.
Mas resolvi ir além.
Recorri ao que em Direito se chama de "reconvenção", o direito de processar quem me processa.
A razão foram ofensas graves feitas por ele na sessão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na qual não conseguiu levar adiante a tentativa canhestra de golpe paraguaio, através da rejeição das contas de campanha de Dilma Rousseff.
Todo o percurso anterior foi na direção da rejeição, inclusive os pareceres absurdos dos técnicos do TSE tratando como falta grave até a inclusão de trituradores de papel na categoria de bens não duráveis.
Não conseguiu atingir seu propósito graças ao recuo do Ministro Luiz Fux, que não aceitou avalizar sua manobra. Ele despejou sua ira impotente sobre mim, valendo-se de um espaço público nobre: a tribuna do TSE.
 Certamente quem lucrou foram os blogs sujos, que ficaram prestando um tamanho desserviço. Há um caso que foi demitido da Folha de S. Paulo, em um caso conhecido porque era esperto demais, que criou uma coluna 'dinheiro vivo', certamente movida a dinheiro (...) Profissional da chantagem, da locupletação financiado por dinheiro público, meu, seu e nosso! Precisa ser contado isso para que se envergonhe. Um blog criado para atacar adversários e inimigos políticos! Mereceria do Ministério Público uma ação de improbidade, não solidariedade”.
O que mereceria uma ação de improbidade é o fato de um Ministro do STF ser dono de um Instituto que é patrocinado por empresas com interesses amplos no STF em ações que estão sujeitas a serem julgadas por ele. Dentre elas, a Ambev, Light, Febraban, Bunge, Cetip, empresas e entidades com interesses no STF.
Não foi o primeiro ato condenável na carreira de Gilmar. Seu facciosismo, a maneira como participou de alguns dos mais deploráveis factoides jornalísticos, a sem-cerimônia com que senta em processos, deveriam ser motivo de vergonha para todos os que apostam na construção de um Brasil moderno. Gilmar é uma ofensa à noção de país civilizado, tanto quanto Eduardo Cunha na presidência da Câmara Federal.
A intenção do processo foi responder às suas ofensas. Mais que isso: colocar à prova a crença de que não existem mais intocáveis no país. É um cidadão acreditando na independência de um poder, apostando ser possível a um juiz de primeira instância em plena capital federal não se curvar à influência de um Ministro do STF vingativo e sem limites.
Na resposta, Gilmar nega ter se referido a mim. Recua de forma pusilânime.
“o Reconvindo sequer faz referência ao nome do Reconvinte, sendo certo que as declarações foram direcionadas contra informações difamatórias usualmente disseminadas por setores da mídia, dentro dos quais o Reconvinte espontaneamente se inclui”.
Como se houvesse outro blog de um jornalista que trabalhou na Folha, tem uma empresa de nome Agência Dinheiro Vivo e denunciou o golpe paraguaio que pretendeu aplicar na democracia brasileira.
A avaliação do dano não depende apenas da dimensão da vítima, mas também do agressor. E quando o agressor é um Ministro do Supremo Tribunal Federal, que pratica a agressão em uma tribuna pública - o Tribunal Superior Eleitoral - em uma cerimônia transmitida para todo o país por emissoras de televisão, na verdade, ele deveria ser alvo de um processo maior, do servidor que utiliza a esfera pública para benefício pessoal.

Sai a primeira condenação de Lula na justiça

http://www.hariovaldo.com.br/site/2015/08/28/sai-a-primeira-condenacao-de-lula-na-justica/


Integra da decisão:
Luis Inacio da Silva, operário de profissão, mais conhecido pela alcunha de “ Lula” foi regularmente processado nesta Comarca como incurso nas sanções do Código Penal Pátrio do Bananal, pois consta que intencional e reiteradamente, ao longo de um decêndio, no período compreendido entre os anos de 2002 a 2010, no exercício do cargo de Presidente da República, entre outros crimes conforme se verá adiante, promoveu reformas e atos que levaram a proporcionar melhores condições de vida e saúde aos menos favorecidos até então excluídas da vida nacional. Também consta que, com seu proceder criminoso aumentou o salário mínimo com um aumento real de 74%; acumulou um superávit comercial de US$ 252 Bilhões (2003/2010) e não contente saldou toda a dívida com o FMI e com o Clube de Paris e o Brasil se tornou credor daquele bondoso representante internacional de good men.
Nesta data foi realizado o julgamento oportunidade em que os jurados ao votarem a primeira serie de quesitos por 7 ( sete ) votos unânimes reconheceram a materialidade dos fatos supra elencados e a autoria dos delitos. Foi afastada a tese de participação de menor importância e reconhecida a qualificadora do motivo nobre, unanimemente negado o quesito absolutório.
O réu mostra o tamanho da encreca em que meteu o bananal
Na segunda série de quesitos quanto aos crimes de ampliar a capacidade de investimento do Estado; aumentar as exportações acumulando crescimento; aumentar as reservas internacionais líquidas para US$ 285 Bilhões ; por 07 (sete) votos reconheceram a materialidade e autoria sendo negado o quesito absolutório.
Na terceira série de quesitos quanto aos delitos hediondos de anular portaria do governo FHC que proibia a construção de escolas técnicas federais e iniciar a construção de dezenas de novas unidades; criar o Reuni, que iniciou um novo processo de expansão das universidades públicas; reduzir os gastos públicos com pagamento de juros da dívida pública para 5,9% do PIB , por 07 (sete ) votos reconheceram a materialidade e autoria negado o quesito absolutório.
Lula manifestando-se sobre o teor da sentença exarada
Na última serie de quesitos, considerados os crimes contra as empresas, bancos e industrias, ocasião em que os lucros do setor produtivo cresceram quase 200% em relação ao governo anterior; O BNDES emprestou R$ 137 Bilhões em 2009 para o setor produtivo, contra cerca de R$ 22 Bilhões em 2002; fez o Brasil se tornar credor externo, com um saldo positivo de US$ 65 Bilhões; Fez o Estado voltar a atuar como importante investidor da economia; elevou o volume de crédito na economia brasileira, culminando essa serie de crimes hediondos com a o inicio de novas grandes obras de infra-estrutura (rodovias, ferrovias, usinas hidrelétricas, etc) financiadas tanto com recursos públicos como privados.
Assim exposto e considerando a vontade soberana do Júri dos Homens Bons do Bananal, declaro o réu Luis Inacio Lula da Silva incurso nas sanções de todos os dispositivos violados e já elencados.
Documentos dos autos que comprovam os crimes do réu
As investidas e ações do reu em favor dos menos favorecidos ficaram cristalinas bem como o interesse em suprimir a fome e a miséria proporcionando uma vida digna a toda a população ao criar programas sociais inclusivos, como o Bolsa-Família, ProUni, Brasil Sorridente, Farmácia Popular, Luz Para Todos, entre outros, que beneficiaram aos pobres e miseráveis e contribuíram para melhorar a distribuição de renda.

Conforme se infere das folhas de Antecedentes Criminais bem como Certidões de Antecedentes Criminais o réu embora tecnicamente primário já conta com a pratica de atos quando na direção de sindicatos de trabalhadores nos anos 80 e atuação na câmara dos deputados, de modo que não pode ser tido como de bons antecedentes. As circunstâncias atinentes à conduta sempre obstinada em proporcionar uma vida digna a milhões não lhe favorece, eis que há informações nos autos de que tinha envolvimento com a geração 15 milhões de empregos formais entre 2003/2010 e com a redução da taxa de desemprego de 10,5% (Dezembro de 2002) para 6,8% (Dezembro de 2013)
No tocante à personalidade tal circunstância, igualmente não favorece ao acusado, uma vez que demonstrou ser pessoa cordial, sensata, sempre bem humorado e atento ao sofrimento da população carente. Essa personalidade é desvirtuada e foge dos padrões mínimos de normalidade exigida nos homens bons. Tem incutido na sua personalidade uma total subversão dos valores vez que considera que um homem bom vale tanto quanto um da gentalha. Os motivos dos crimes apreciados para efeito de reconhecimento da qualificadora do motivo torpe, tendo em vista reduziu a inflação de 12,5% (2002) para 4,3% (2009) ao ano;
As circunstâncias não o favorecem uma vez que criação do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que prevê investimentos públicos e privados de R$ 646 Bilhões entre 2007/2010 gerou funestas consequências, eis que que reduziu o percentual da população do Bananal que vive abaixo da linha de pobreza de 28% (2002) para 19% (2006), segundo o IPEA;
A cúmplice que será julgada oportunamente
Com tal diagnóstico, condeno o réu a passar a ser conhecido doravante como brilhante Estadista e o melhor presidente que este Bananal já conheceu não havendo atenuantes, havendo a agravante de proporcionar que sua obra fosse continuada por outra criminosa Dilma Vana Roussef, acunha Vanda, conhecida integrante de organizações que defendiam a luta armada contra o regime militar constitucional dos homens bons, que também deverá ser processada e julgada por este juízo em ocasião oportuna.
Comunique-se a condenação aos jornalões da imprensa tradicional e golpista. Registre-se.
Sala de Sessões do Tribunal do Júri.
Comarca do Bananal, 08 de agosto de 2015
(a) Juíz de Direito”