quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Alckmin, um governo obscurantista

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A notícia de que o governador Geraldo Alckmin irá acabar com a CEPAM (Centro de Estudos e Pesquisas da Administração Municipal) e com a Fundap, é o fecho de uma política obscurantista que passou a dominar São Paulo nas últimas décadas.
Começou no primeiro governo Mário Covas. Houve o esvaziamento de várias instituições mas imaginava-se que passageiro, enquanto se completava o ajuste fiscal.
Com a ascensão de Geraldo Alckmin e, depois de José Serra, completou-se o quadro de desmanche. Fundações estaduais foram aparelhadas - da mesma maneira que os tucanos apontam para os petistas no âmbito federal.
Serra colocou apaniguados na USP, no Instituto Butantã, no Memorial da América Latina, na Fundação para o Desenvolvimento da Educação. No caso do FDE, mudou totalmente sua missão - a de construir e reformas escolas - para que pudesse adquirir assinaturas de revistas e compras milionárias da empresas amigas. Tirou o brilho da OSESP (Orquestra SInfônica do Estado de São Paulo), do Conservatório de Tatuí, da Universidade Livre de Música, dos institutos de pesquisa. E Alckmin completou o desmonte, com uma visão administrativa anacrônica até para cidades de interior.
Mais do que nunca a gestão das cidades, os modelos administrativos avançam no mundo todo, tornando as pesquisas e o planejamento peças cada vez mais centrais nas administrações públicas. O fechamento das duas instituições se faz sob o silêncio cúmplice do Estadão, certamente com o velho Júlio Mesquita remoendo na tumba: o jornal criado pelo grupo político que montou a USP é cúmplice do maior assassinato intelectual da história do Estado.

Juiz do Piauí suspende aplicativo Whatsapp no Brasil

O judiciário tá uma vergonha. A maior pena para um juiz que for pego em crime é a aposentadoria ganhando uma bolada.


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Jornal GGN – O juiz Luiz Moura, da Central de Inquéritos da Comarca de Teresina, determinou que o aplicativo Whatsapp seja suspenso em todo o território nacional, em mandado expedido no último dia 11. Segundo informações dadas pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí, a ordem foi expedida em virtude de descumprimento de decisões judiciais anteriores por parte do provedor de aplicação de internet Whatsapp.
A responsável pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente da Policia Civil, delegada Kátia Esteves, que foi designada para chefiar as investigações, declarou à imprensa que é possível que o aplicativo seja retirado do ar. Na entrevista, a delegada não confirmou se decisão está relacionada à exposição da imagem de crianças e adolescentes. Segundo ela, como o processo corre em segredo de Justiça, ela não pode dar informações adicionais sobre o inquérito.
"Com o Marco Civil da Internet, basta que o serviço esteja sendo oferecido no Brasil – e ele está sendo oferecido – e ter representante no país", para que possa ser suspenso", explicou a  delegada. "No caso, o representante no Brasil do Whatsapp, apesar de ser uma empresa americana, é o Facebook."
O Whatsapp foi adquirido pelo Facebook no ano passado, mas tem, segundo este, administração independente. Sobre a decisão da Justiça do Piauí, a empresa não se manifestou.
Os processos tiveram início em 2013 e o mandado judicial, segundo nota da secretaria, foi encaminhado aos provedores de infraestrutura, responsáveis pelo envio e recebimento de dados, e para os provedores de conexão, incluídas as operadoras de telefonia móvel.
Nem Sinditelebrasil nem operadoras de telefonia se posicionaram sobre a decisão da Justiça.
Com informações da Agência Brasil.

Ato contra governo de Beto Richa leva multidão às ruas no Paraná

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Do PSOL Nacional
 
 
Trabalhadores da Educação e de outras categorias do serviço público promoveram nesta quarta-feira (25) uma grande marcha no centro de Curitiba
 
Por Leonor Costa
 
Em greve há 17 dias, os professores da rede estadual do Paraná mantêm a disposição de continuarem com os trabalhos paralisados enquanto o governo de Beto Richa, do PSDB, não atender todas as reivindicações da categoria. O ano letivo nas escolas públicas do Estado ainda não começou e não há previsão de quando as aulas terão início.
 
O principal motivo da paralisação é o atraso no pagamento do salário dos professores, que já duram meses, e os cortes promovidos pelo governo tucano nos investimentos em Educação. Cerca de 29 mil professores que eram contratados temporariamente foram demitidos e continuam sem receber o salário.
 
Outras categorias do funcionalismo público que também estão sendo afetadas pelas medidas de Richa aderiram ao movimento, como os servidores da Saúde, da Defensoria Pública, do Detran e das universidades estaduais.
 
Nesta quarta-feira (25), mais de 30 mil trabalhadores reuniram-se nas praças Rui Barbosa e Santos Andrade, na região central de Curitiba, para um ato de protesto contra o governo. Os manifestantes seguiram em passeata até a Catedral de Curitiba e depois foram para o Centro Cívico, onde fica a sede do governo.
 
Segundo a professora Tábata Gomes, presidente do PSOL-PR, o governo estadual segue a mesma lógica do governo Dilma, que logo após as eleições adotou políticas de austeridade, realizando cortes em direitos trabalhistas e passando a conta da crise para os trabalhadores. Ela explica que Beto Richa, reeleito ainda no primeiro turno do pleito do ano passado, apresentou, antes do início do novo mandato, medidas de ajustes tributários, aumentou impostos, como o IPVA, e promoveu cortes no orçamento público, sendo R$90 milhões só na Defensoria Pública.
 
“Richa aplicou uma reestruturação na rede estadual de ensino que retirou as condições mínimas que já possuímos hoje para o funcionamento das escolas: fechamento de mais de duas mil turmas; fim de programas e projetos como ‘sala de apoio’, ‘mais educação’, cursos de línguas, serviço de atendimento a estudantes em hospitais; demissão de 10 mil funcionários PSS (regime de contrato temporário); deixou de nomear 1463 educadores já aprovados em concurso público, trazendo a superlotação das turmas (chegando a 45 alunos por turma); calote aos 29 mil educadores PSS, que estão sem receber a rescisão do contrato, e aos demais servidores, que não receberam o 1/3 de férias, além do calote nas escolas ao não repassar desde outubro o dinheiro destinado a obras e compra de merenda”, explica a professora, que participa ativamente da greve.
 
A dirigente do PSOL ressalta, ainda, que a indignação dos trabalhadores aumentou quando, pouco antes do início do ano letivo, o governador apresentou dois projetos de lei (06/2015 e 60/2015) para serem votados em poucas horas, que promoviam ataques ao plano de carreira dos educadores, cortes no auxílio transporte, entre outras mudanças. A medida promovia, ainda, alterações que permitiam ao governo utilizar 8 bilhões da previdência dos servidores, estabelecendo teto para a aposentadoria, com fundo complementar privado.
 
Greve forte
A adesão dos professores à greve faz com o que movimento seja considerado histórico, em relação a paralisações anteriores. Atualmente, 100% das escolas estão paradas. “Passamos pelo carnaval com muita luta e mantivemos a resistência. Desde o início do movimento grevista, professores e funcionários atuam intensamente com passeatas e panfletagens para diálogo com a população e, inclusive, experimentam ações radicalizadas pelo estado, como trancamento de rodovias, ocupação de praças de pedágio e da ponte que liga o Brasil ao Paraguai, na cidade de Guaíra”, explica Tábata.  
 
A força do movimento pôde ser visto no dia 10 de fevereiro, quando o governo, que tem maioria na bancada parlamentar, tentou aprovar os projetos de lei 06/2015 e 60/2015 por meio de comissão geral (um mecanismo que permite que em poucas horas projetos sejam aprovados sem debate nas comissões previstas para tramitação e sem ouvir a população). Na ocasião, 20 mil educadores e outras categorias do serviço público, que também entraram em greve, ocuparam a Assembleia Legislativa e impediram a votação dos projetos.
 
Os grevistas mantiveram a ocupação até o dia 12 de fevereiro, ainda mantendo o enfrentamento, já que os deputados da base do governo tentaram novamente votar os projetos, às escondidas, no restaurante do prédio anexo. “Novamente nossa categoria fez história. Com cerca de 20 mil educadores e servidores reunidos, enfrentamos a tropa de choque, superando o derrotismo da direção sindical que já se dava por entregue, e garantimos a retirada do projeto de votação. Com o compromisso que nunca mais seriam apresentadas propostas em comissão geral, os projetos de lei seriam reavaliados e as alterações no plano de carreira dos educadores estavam canceladas”, conta a professora e presidente do PSOL-PR.
  
Mesmo com toda a força do movimento, o governador Beto Richa estabeleceu o processo de negociação somente quando a greve já atingia o seu 10º dia. “Foi preciso muita pressão para que o diálogo fosse estabelecido”, explica Vinícius Prado, agente educacional e também militante do PSOL.
 
Segundo ele, é possível considerar que houve avanço em alguns pontos da negociação, como o pagamento dos atrasados dos professores temporários. No entanto, há o impasse em torno de algumas questões consideradas centrais pela categoria, como a previdência privada e o investimento em estrutura das escolas. “O maior entrave diz respeito justamente à previdência, pois se passado o projeto inicial, significaria um ‘alívio’ de gastos para os cofres públicos de cerca de 250 milhões por mês. O governo já informou que planeja reapresentar o projeto sobre a previdência na segunda-feira, dia 2 de março . Resta a nós, impedirmos essa nova tentativa de ataque aos servidores públicos, através da organização e da luta”, pontua Vinícius.
 
No final desta manhã, enquanto acontecia a marcha dos trabalhadores no centro de Curitiba, representantes do governo receberam lideranças da greve para mais uma rodada de negociação (até o fechamento desta reportagem a reunião ainda não havia se encerrado). Também está prevista para a tarde desta quarta-feira uma reunião do Fórum de Entidades Sindicais com representantes do governo estadual.
 
Nesta quinta-feira (26) de manhã ocorrerá uma reunião do Conselho Estadual da APP, com representantes de base da categoria. O objetivo desse encontro é avaliar o resultado das negociações de hoje entre o governo e os trabalhadores e convocar uma assembleia da categoria, provavelmente para o sábado (28).   
 
Oposição sindical
Os trabalhadores da Educação ligados ao PSOL e a outros coletivos de esquerda participam das atividades promovidas pela APP-Sindicato (Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Paraná) organizados em um bloco de oposição. A partir deste bloco, conforme explicam Tábata Gomes e Vinícius Prado, é possível construir ações unificadas de enfrentamento, em contraponto ao “sindicalismo de gabinete” promovido pela atual direção sindical.
 
“Os militantes do PSOL estão atuando efetivamente na construção da greve, participando dos comandos regionais em várias partes do estado, e em todos os espaços que conseguimos garantir a nossa participação”, explica Tábata.
 
Pauta de reivindicações dos professores em greve
- Retirada imediata dos projetos de lei que atacam a educação e os servidores públicos: 06/2015 e 60/2015.
- Retomada do número de pedagogos(as), funcionários(as) e direção, de acordo com os parâmetros de 2014.
- Pagamento dos atrasados. Pagamento da rescisão dos PSS, ? de férias, promoções e progressões.
- Implementação das promoções e progressões atrasadas.
- Pagamento do repasse do Fundo Rotativo às escolas, devido desde outubro de 2014.
- Reabertura dos projetos e programas educacionais que foram encerrados: Curso de Línguas, SAREH, Mais Educação, Salas de Apoio.
- Diminuição do número de alunos por turma. Reabertura das turmas com nova distribuição de aulas.
- Contratação dos 1463 concursados nomeados que não tomaram posse.

Para alemães, comunismo é boa ideia

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Jornal GGN – Um estudo realizado por um instituto de pesquisas alemão a pedido da Universidade Livre de Berlim apontou que para 60% dos cidadãos não há uma democracia verdadeira no país. Além disso, uma em cada três pessoas entrevistada acredita que o capitalismo leva à pobreza e à fome.
Tem mais. 37% dos residentes do lado ocidental da Alemanha, e 59% do lado oriental, acham que o comunismo e socialismo é uma boa ideia, mas que até agora foi mal executada.
Enviado por Assis Ribeiro
Da Deutsche Welle
Estudo mostra que um em cada quatro cidadãos acredita que o país está no caminho de uma nova ditadura. Para um terço dos entrevistados, capitalismo inevitavelmente leva à pobreza e à fome.
Cartazes da propaganda eleitoral na Alemanha
Mais de 60% dos alemães consideram que não há uma democracia verdadeira na Alemanha. A culpa seria da influência da economia, que teria mais força do que os eleitores. Esse é o resultado de uma pesquisa de opinião realizada pelo instituto Infratest Dimap, a pedido da Universidade Livre de Berlim, e publicada nesta terça-feira (24/02).
Segundo o relatório, uma a cada três pessoas está convencida de que o capitalismo inevitavelmente leva à pobreza e à fome. Além disso, 37% dos residentes do lado ocidental da Alemanha e 59% do lado oriental classificam o comunismo e o socialismo como uma boa ideia, mas que, até agora, foi mal executada.
Um quinto da população alemã pede por uma revolução, sob o argumento de que as reformas políticas não melhoraram as condições de vida. Devido ao aumento da vigilância dos cidadãos, a Alemanha estaria no caminho de uma nova ditadura, responderam 27% dos entrevistados.
No entanto, de acordo com os autores do estudo, o resultado mais surpreendente é que apenas 46% dos entrevistados são favoráveis à manutenção do "monopólio de violência" – que reserva ao Estado o uso ou a concessão do emprego da força.
Além disso, o estudo chegou à conclusão de que 14% dos alemães no lado ocidental e 28% dos do lado oriental mantêm uma postura de esquerda radical ou esquerda extremista, somando um total de 17% da população do país.
Avaliados como extremista pelos pesquisadores são aqueles que desejam instaurar comunismo ou "democracia real" em detrimento do pluralismo e da democracia parlamentar. Aproximadamente 1.400 pessoas participaram da pesquisa. O estudo completo foi impresso em um livro.

Taxa de desemprego avança e atinge 5,3% em janeiro

Acorda dona Dilma, não vai ferrar com o povo feito tucano.

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Jornal GGN - A taxa de desemprego no mercado de trabalho brasileiro subiu 1 ponto percentual em janeiro ante o registrado em dezembro de 2014, passando de 4,3% para 5,3%, segundo levantamento elaborado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa se refere às pessoas sem trabalho na semana da pesquisa, mas que estão em busca emprego. Em comparação com o apurado em janeiro do ano passado, a alta foi 0,5 ponto percentual.
Segundo os dados divulgados, a população desocupada (1,3 milhão) aumentou 22,5% frente a dezembro (237 mil pessoas a mais) e 10,7% em relação a janeiro de 2014 (125 mil pessoas a mais), enquanto a população ocupada (23 milhões) caiu 0,9% em relação a dezembro (menos 220 mil pessoas) e ficou estável na comparação com janeiro de 2014. A população não economicamente ativa foi estimada em 19,3 milhões, mantendo-se estável em relação a dezembro e crescendo 2,9% frente a janeiro de 2014 (mais 551 mil pessoas).
Ao mesmo tempo, o nível da ocupação (proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade ativa) foi estimado, em janeiro de 2015, em 52,8% para o total das seis regiões investigadas, ficando 0,5 ponto percentual abaixo do resultado do mês anterior. No confronto com janeiro do ano passado, esse indicador também registrou queda (de 53,7% para 52,8%). Regionalmente, na comparação mensal, Porto Alegre (-1,1 p.p - ponto percentual) e São Paulo (-0,8 p.p.), mostraram retração no nível da ocupação. No confronto com janeiro de 2014, o cenário também foi de queda em Belo Horizonte (-1,7 p.p) e São Paulo (-1,5 p.p.).
Na análise do contingente de ocupados por grupamentos de atividade, para o conjunto das seis regiões, de dezembro de 2014 para janeiro de 2015, foi observada estabilidade em quase todos os grupos, exceto no da Educação, saúde, administração pública (-3,2%). Em comparação com janeiro de 2014, verificou-se retração na Indústria (-6,0%) e elevação nos Outros serviços (3,6%).
Regionalmente, a análise mensal mostrou que a taxa de desocupação aumentou em quatro das seis regiões analisadas: em Recife, passou de 5,5% para 6,7%; em Salvador, passou de 8,1% para 9,6%; em Belo Horizonte, passou de 2,9% para 4,1%; em São Paulo, passou de 4,4% para 5,7% e nas demais regiões não variou. Em relação a janeiro de 2014, a taxa variou nas regiões metropolitanas de Salvador e Porto Alegre (passou de 8,0% para 9,6% na primeira região e na segunda de 2,8% para 3,8%).
Na análise regional, o contingente de desocupados em comparação a dezembro subiu em Belo Horizonte (41,5%), São Paulo (31,6%), Recife (21,7%) e Salvador (20,6%), ficando estável no Rio de Janeiro e em Porto Alegre. No confronto com janeiro de 2014, a desocupação aumentou 39,1% em Porto Alegre e 28,2% em Salvador. Nas demais regiões, não houve variação.

PSDB quebra o Paraná

Da CartaCapital
Eleito governador do Paraná em 2010 sob a bandeira do “choque de gestão” e reeleito em 2014 no primeiro turno, o tucano Beto Richa conseguiu quebrar o estado. Não há dinheiro para pagar servidores ou consertar as viaturas policiais. O rombo não se explica pela falta de receita, pois o governo estadual viu a verba crescer quase 60%, de 24,2 bilhões para 38,6 bilhões de reais nos últimos quatro anos. Mesmo assim, o estado fechou o ano passado com um déficit de 4,6 bilhões.
Confira no texto de René Ruschel | http://bit.ly/1zJRsfX

IGP-M desacelera e fecha fevereiro em alta de 0,27%

http://jornalggn.com.br/noticia/igp-m-desacelera-e-fecha-fevereiro-em-alta-de-027
Jornal GGN - O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) encerrou o mês de fevereiro em alta de 0,27%, abaixo dos 0,76% registrados em janeiro, de acordo com levantamento divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em fevereiro de 2014, a variação foi de 0,38%. Em 12 meses, o IGP-M registrou alta de 3,86%.
Um dos destaques do período ficou com o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que passou de 0,56% em janeiro para -0,09% em fevereiro. O índice relativo aos Bens Finais variou 1,18% em fevereiro, abaixo do total de 1,57% em janeiro, com destaque para o desempenho do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de 11,74% para 7,03%. Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice de Bens Finais (ex) registrou variação de 0,41%. Em janeiro, a taxa foi de 0,59%.
No caso do grupo Bens Intermediários, a variação caiu de 0,51% em janeiro para -0,35%, afetado pelo movimento do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de 0,32% para -0,88%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou -0,21%, ante 0,48%, em janeiro.
No estágio inicial da produção, o índice do grupo Matérias-Primas Brutas variou -1,32%, ampliando o ritmo de queda já registrado em janeiro, quando a variação foi de -0,60%. Os itens que mais contribuíram para este movimento foram soja em grão (de -0,74% para -6,39%), suínos (de 0,21% para -13,08%) e bovinos (de 1% para 0,48%). Em sentido oposto, destacam-se minério de ferro (de -5,62% para -3,52%), leite in natura (de -2,52% para -0,39%) e laranja (de -7,46% para -2,60%).
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 1,14%, abaixo do total de 1,35% visto em janeiro. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice reduziram suas taxas de variação, sendo que a principal contribuição partiu do grupo Alimentação (de 1,66% para 0,92%), afetado pelo comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 13,68% para 4,58%.
Os outros grupos que perderam força no período de análise foram Educação, Leitura e Recreação (de 2,35% para 0,86%), Habitação (de 1,59% para 1,19%) e Comunicação (de 0,55% para 0,36%). Os destaques nestas classes de despesa partiram dos itens cursos formais (de 5,62% para 2,71%), tarifa de eletricidade residencial (de 7,29% para 3,68%) e pacotes de telefonia fixa e internet (de 1,74% para -0,05%), respectivamente.
Por outro lado, os grupos que ampliaram suas variações foram Transportes (de 1,48% para 2,60%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,31% para 0,39%), Despesas Diversas (de 1,26% para 1,49%) e Vestuário (de 0,00% para 0,04%). Nestas classes de despesa, os destaques partiram dos itens gasolina (de -0,39% para 4,25%), salão de beleza (de 1% para 1,14%), cigarros (de 1,96% para 2,46%) e roupas infantis (de -0,79% para 0,49%), nesta ordem.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,50% em fevereiro, abaixo dos 0,70% vistos em janeiro. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,77%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,62%. O índice que representa o custo da Mão de Obra registrou variação de 0,26%. No mês anterior, este índice registrou taxa de 0,77%

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Pedido de investigação de Agripino chega ao STF

Este esquema que o Agripino se envolveu é semelhante ao que o Kassab criou em SP (a Controlar) que fazia inicialmente inspeção de carros novos.

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Delatado por ter recebido mais de R$ 1 milhão em propina, Agripino poderá ser investigado sobre seu envolvimento com a Operação Sinal Fechado
 
Foto: Pedro França / Divulgação
 
Jornal GGN - A investigação sobre o envolvimento do senador José Agripino Maia (DEM-RN) no esquema que ficou conhecido como Sinal Fechado, de pagamento de propinas em serviços ao Detran no Rio Grande do Norte, chegou ao Supremo Tribunal Federal. Depois de reaberto há cerca de cinco meses, e ser divulgado pelo programa Fantástico, da Rede Globo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou à Suprema Corte um pedido de abertura de inquérito para investigar Agripino.
 
Como parlamentar, o ex-coordenador-geral de campanha de Aécio Neves (PSDB) à presidência tem foro privilegiado. Por isso, cabe ao procurador-geral solicitar a abertura de investigação ao STF. A ministra Cármen Lúcia foi quem recebeu o caso e decidirá se aceita ou não o início das apurações.
 
Agripino teria recebido R$ 1 milhão e 150 mil no esquema de cobrança de taxas de contrato de carro financiado no estado. Tratava-se da compra de uma lei que tornava obrigatória a inspeção veicular no Rio Grande do Norte, incluindo de veículos que acabaram de sair da fábrica. O empresário George Olímpio, indicado como principal operador, confirmou em delação que pagou R$ 1 milhão e 150 mil ao senador, em troca de manter protegido o esquema. 
 
O caso tinha sido arquivado no MPF pelo ex-procurador-geral da República, Roberto Gurgel, em 2012. José Agripino Maia disse que estava "surpreso e perplexo" com o pedido de Janot ao STF.
 

A razão de Estado sumiu do Oriente Médio

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 por Motta Araújo

A RAZÃO DE ESTADO SUMIU DO ORIENTE MÉDIO - Para quem tem interesse na política do Oriente Médio o filme THE DESERT QUEEN, com Nicole Kidman no papel título de Gertrude Bell, a britânica que criou o Iraque moderno é uma excelente lição de História. Já coloquei aqui vários artigos sobre essa misteriosa diplomata inglesa do tempo da Primeira Guerra que desenhou com régua e compasso as fronteiras do Iraque, da Transjordania e da Palestina. Enterrada em Bagdah, morreu solteira, Bell inventou o Iraque como País, nunca antes houve um Estado com essa configuração, o território eram três villayets turcos, Mossul, Bagdah e Basra, antes de Bell não era um País.
A sabedoria britânica na dissolução do Império Otomano, redesenhando o Oriente Médio acabou em 1947, com a fundação do Estado de Israel, gatilho detonador dos elos de uma explosão incontrolável  de todos os conflitos atuais do Oriente Médio. Xiitas e sunitas existem há mais de 1.000 anos, tribos e clans conviviam pacificamente dentro do mundo árabe. O Islam sempre foi tolerante com outras religiões, acolheram os judeus expulsos da Espanha e Portugal no Século XV, no mundo islâmico viviam milhões de católicos, ortodoxos, cooptas, a tolerância era absoluta, com grandes colônias judaicas em Bagdah e Aleppo, colônias gregas em Smirna, Efeso, Alexandria, cristãos em Beirut e Aleppo.
Israel, cuja primeira ideia de criação veio da Declaração Balfour de 1917, criatura do Primeiro Ministro britânico Arthur Balfour , da qual os ingleses se arrempederam ainda em 1948, quando fecharam a emigração de judeus pelo porto de Haifa e receberam em troca a implosão do Hotel King David em Jerusalém, matando 270 oficiais ingleses, Israel na sequência foi subproduto da política doméstica americana forçada pela sua grande diáspora judaica.
Os EUA desde então nunca souberam lidar com RAZÕES DE ESTADO no Oriente Médio, um erro após outro, impotência perante a alucinada política de colonização de Israel que na sua lógica sinistra significa o aniquilamento do povo palestino, provocando por ondas reativas um terrorismo que antes JAMAIS EXISTIU no Oriente Médio. O terrorismo islâmico é criação da política externa americana mas conversando com amigos, parentes e parceiros de décadas nos EUA nunca encontrei um sequer que admita que essa política externa no Oiente Médio é orientada por Israel e agride os interesses dos EUA. Eles têm um bloqueio mental para aceitar essa crua realidade.
Nos anos 20 e 30 o prestígio dos EUA no Oriente Médio era imenso. A Universidade Americana de Beirute, fundada em 1870, era o farol irradiador da cultura ocidental no mundo árabe. Toda a elite da região, herdeiros de dinastias, estudavam na Universidade que ocidentalizou as jovens lideranças dentro do referencial árabe, a partir de um conceito laico. A Universidade era uma derivação da Sociedade Síria de Literatura e Ciência, de quem também derivou o Partido Baath. Não se esqueça que, sendo o Iraque, a Jordania e a Palestina criações do Império Britânico, a Síria e o Líbano sob mandato francês, a Arábia Saudita é uma criação americana desde o primeiro dia, quando a Chevron descobriu lá petróleo em 1927. Os americanos vetaram a entrada de britânicos e franceses na Arábia Saudita, área de influência só deles, onde construíram as duas maiores bases aéreas fora dos EUA e uma cidade inteiramente americana, Darham. (A Chevron naquela época era a Standard Oil Co. of California)
A derrapagem americana se deu por causa da desastrosa dominância de Israel sobre o Bureau de Assuntos do Oriente Próximo no Departamento de Estado. Não há limites para os desejos de Israel, que já colocou 500 mil ""colonos"" em terras legalmente palestinas, provocação deliberada para impedir qualquer viabilidade de um Estado palestino.
A partir dessa desarrumação geral que nasce com Israel derivaram as outros leituras erradas de Washington.
Porque tirar Khadafi da Libia? Um déspota cruel mas a Libia é uma ficção, nem no tempo da colonização italiana a Líbia era um território único, eram dois territórios sem ligação, a Tripolitania e a Cirenaica, já era assim no tempo do Império Romano, só virou um Estado ao fim da Segunda Guerra de forma tosca com o Rei Idris e depois Khadafi, que o derrubou e o sucedeu.  Era óbvio que sem Khadali a Líbia implodiria, lá não existe uma nação, só tribos.
No Iraque o monstruoso Saddam e seus dois filhos bárbaros eram intoleráveis MAS os americanos nunca poderiam ter dissolvido o Exército e a Polícia. Todos queriam se ver livres de Saddam mas estavam dispostos a fazer acordo com os EUA. Tivessem feito isso e o Iraque se manteria coeso, o Baath sem Saddam era um projeto viável, o Exército e a Guarda tinham controle do território e trabalhariam com os americanos sem problema.
No Egito jamais um governo poderia se instalar contra o Exército, que controla 45% do PIB. Dito e feito, a Irmandade nem esquentou o Palácio e volta o Exército, mas isso não estava na cara? Porque os EUA ficaram em cima do muro?
O pior de tudo foi a Síria. Assad deveria ter sido sustentado , é um ditador relativamente light no contexto da região.
Não apoiá-lo significou simplesmente a DESTRUIÇÃO completa da Síria e o nascimento do chamado ""estado islâmico", qque foi constituído por rebeldes que lutavam contra o Governo de Damasco.
Concluindo, apesar da experiente Embaixadora Anne Patterson dirigindo o Bureau de Assuntos do Oriente Próximo do Departamento de Estado, os EUA enquanto governo estão totalmente perdidos na região, essa é a verdade nua e crua, sem retoques e alisamentos, parecia que Obama iria sacudir Israel mas não tem força politica para tal tarefa.
O Oriente Médio é a mãe de todos os conflitos, como já era ao tempo dos bizantinos, a diplomacia americana não está à altura da História,  não estão à altura do majestoso legado britânico de jogo político com as RAZÕES DE ESTADO.

Jestão tucana: Universidades do Paraná em estado de alerta máximo

http://jornalggn.com.br/noticia/universidades-do-parana-em-estado-de-alerta-maximo
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/209416-universidades-do-pr-ameacam-cortar-bolsas-e-ate-agua.shtml

Universidades do Paraná em estado de alerta máximo

Jornal GGN - O Paraná não está em seu melhor momento. As Universidades estão ameaçando cortar bolsas e até mesmo água para fazer frente aos cortes prometidos por Beto Richa, o governador reeleito. As instituições precisam de R$ 124 milhões para se manterem em 2015, o estado oferece R$ 9 milhões para que as sete universidades dividam entre si. Segundo os reitores, este valor não cobre nem o Pasep, que é uma contribuição obrigatória. Além disso, é bom lembrar que os professores e servidores continuam em greve. Leia a matéria da Folha.
da Folha
As sete instituições calculam que precisam de R$ 124 milhões para o custeio; governo Richa quer repassar no máximo R$ 9 milhões
LUCAS REIS, DE SÃO PAULO
Atingidas pelo corte de gastos da gestão Beto Richa (PSDB), as sete universidades públicas do Paraná ameaçam cortar bolsas de estudo, compra de materiais e até o pagamento de contas de água.
Somadas, as instituições de ensino calculam que necessitam, em 2015, de R$ 124 milhões para custeio, que são utilizados também para incentivo à pesquisa, gastos com estagiários, entre outros.
O governo paranaense, porém, sinalizou que poderá disponibilizar menos de 10% deste montante e ofereceu R$ 9 milhões a serem repartidos entre as universidades.
Este valor, afirmam as instituições, não seria suficiente nem mesmo para o pagamento do Pasep, cuja contribuição é obrigatória. Nesta terça (24), os sete reitores vão se reunir com o governador Beto Richa, reeleito no ano passado, munidos de relatórios que apontam a impossibilidade de começar as aulas por falta de recursos.
Além disso, professores e servidores estão em greve, completando o cenário caótico no ensino superior.
"Se for mantida essa decisão do governo, não é exagero dizer que algumas universidades serão obrigadas a fechar. Não falo em extinguí-las, mas, sem recursos, é impossível trabalhar", disse Aldo Nelson Bona, reitor da Unicentro e presidente da Apiesp (Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior Público).
Sem o custeio, a UEL (Universidade Estadual de Londrina) teme o corte de pelo menos 500 bolsas científicas, 300 estagiários e auxílio-moradia. "Atualmente não fazemos a manutenção predial adequadamente e não tivemos reposição de estoque. Não temos uma fonte alternativa para substituir este custeio", disse a reitora Berenice Quinzani Jordão.
Em 2015, a UEL calcula um custeio de R$ 29,3 milhões, além de outros R$ 4,2 milhões para o hospital universitário. Na semana passada o governo liberou R$ 2,7 milhões para os quatro hospitais universitários. "Recebemos R$ 333 mil, o equivalente a apenas um mês de custeio do hospital", afirmou Berenice.
Na Unespar (Universidade do Estado do Paraná), a crise interrompeu até a reforma dos banheiros, inacabados. A Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste) ameaça suspender o pagamento de serviços prestados por estatais e de contratos firmados com terceirizadas, dispensar todos os estagiários e cortar bolsas científicas.
Em nota, a Secretaria da Fazenda informou que o imbróglio deverá ser resolvido na reunião desta terça-feira.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Contra a horário político

Essa é boa. Vi no Facebook.
Eu parei de assistir o JN.


Lei à venda

http://jornalggn.com.br/noticia/lei-a-venda
Jornal GGN – Uma reportagem do Fantástico acompanhou o depoimento de um empresário que diz ter dado dinheiro para políticos com o objetivo de aprovar uma lei que tornasse obrigatória a inspeção veicular no Rio Grande do Norte.
De acordo com George Olímpio, estariam envolvidos no esquema Wilma de Faria, ex-governadora do estado, o filho dela, Lauro Maia, Erico Valério, ex-diretor do Detran, Ezequiel Ferreira de Souza, deputado estadual, o falecido ex-governador Iberê Ferreira de Souza e o senador do DEM, José Agripino.
O esquema está sendo investigado pelo Ministério Público.
Enviado por Romério Rômulo
Do Fantástico
Na delação, George Olímpio conta que esquema foi negociado na residência oficial da então governadora Wilma de Faria.
Será possível alguém comprar o que não deveria estar à venda? Por exemplo: comprar uma lei? Pois um empresário nordestino diz que fez exatamente isso: distribui propina a vários políticos para aprovar uma lei que era do interesse dele.
O homem que não quis ser identificado falou durante três horas e meia para o Ministério Público. “Ou é 100 mil, que é o valor total do mês, ou é 100 menos o valor que tinha sido antecipado”, afirma homem.
O empresário, que pediu para não ter o rosto gravado durante o depoimento, é George Olímpio, do Rio Grande do Norte. O esquema delatado teria ocorrido entre 2008 e 2011, quando George montou um instituto para prestar serviços de cartório ao Detran do estado.
O instituto tinha a função de cobrar uma taxa de cada contrato de carro financiado no Rio Grande do Norte. Mas segundo o Ministério Público, nessa taxa estava embutido o custo da propina.
Na delação, o empresário conta que o esquema da propina foi negociado na residência oficial da então governadora do estado, Wilma de Faria, do PSB, hoje vice-prefeita de Natal. “Eu fui chamado para uma reunião com Lauro Maia”, diz o delator. Lauro Maia é o filho de Wilma.
“Essa reunião foi dentro da casa da governadoria, dentro de um gabinete que era o gabinete que Lauro recebia as pessoas para fazer tratativas”, diz George Olímpio.
Segundo o delator, era Lauro quem determinava o valor da propina de cada contrato de veículo financiado no estado. “Ficou definido que para o governo ia R$ 15 por contrato. A média de contratos por mês girava em torno de 5 mil”, conta.
O que daria, por mês, R$75 mil de propina para o governo. Em março de 2010, a então governadora deixa o cargo para concorrer ao Senado. Quem assume é o vice, Iberê Ferreira, também do PSB, hoje falecido. Segundo a promotoria, ele também recebeu propina.

As investigações, que começaram em 2011, mostram que o esquema só era viável porque o então diretor do Detran, Érico Vallério de Souza, recebia dinheiro.
“A gente marca o encontro no escritório, exatamente para eu repassar esse dinheiro a ele. Todo mês era feito o encontro de contas”, afirma o delator.
Neste mesmo período, o empresário George Olímpio investe em um esquema mais audacioso: a compra de uma lei para tornar obrigatório a inspeção veicular no estado.
“Você imagina um veículo acabou de sair da fábrica, teria que pagar inspeção veicular”, afirma Paulo Batista Lopes Neto, promotor de Justiça.
Para a lei ser aprovada rapidamente, George diz que contou com a ajuda do deputado Ezequiel Ferreira, do PMDB, hoje presidente da Assembleia Legislativa.
“Eu digo: de quanto é que seria essa ajuda? Aí o Ezequiel me diz: George, uns 500 mil. Eu tenho como pagar 300 mil. Eu dou 150 quando for aprovado e os outros 150 você me divide em três vezes”, conta o delator.
Na última sexta-feira (20), o procurador-geral da Justiça denunciou Ezequiel, ou seja, entregou a acusação formal ao juiz por crime de corrupção passiva.

“A lei foi aprovada com a dispensa de toda a burocracia legislativa. Não passou, não tramitou em nenhuma comissão temática da assembleia”, afirma o procurador-geral de Justiça Rinaldo Reis Lima.
O valor foi pago, mas a inspeção nunca chegou a funcionar porque, ainda em 2011, o Ministério Público descobriu todo o esquema. Na época, 34 envolvidos foram denunciados inclusive George Olímpio. Mas foi só em 2014 que ele decidiu contar tudo.
“Ele estava se sentindo abandonado pelos comparsas, pelos demais membros da organização criminosa e ele, temendo ser responsabilizado penalmente sozinho, procurou o Ministério Público em troca de colaborar para ter a obtenção de alguma espécie de benefício”, diz a promotora de Justiça Keiviany Silva de Sena.
Em um dos trechos da delação George Olímpio cita José Agripino, senador do DEM pelo Rio Grande do Norte. Diz que o senador pediu para ele mais de R$ 1 milhão no ano de 2010.
O encontro entre o empresário e o senador teria sido no apartamento de Agripino. “Subimos para parte de cima da cobertura de José Agripino e começamos a conversar e ele disse que, ele José Agripino disse: 'É George, a informação que nós temos é que você deu R$ 5 milhões para campanha de Iberê'", afirma o delator.
Iberê era o governador na época. “Eu dei R$ 1 milhão para campanha de Iberê. Ele disse: pois é, e tal, como é que você pode participar da nossa campanha? Eu falei R$ 200 mil. Disse: tenho condições de lhe conseguir esse dinheiro já. Estou lhe dando esses R$ 200 mil, na semana que vem lhe dou R$ 100 mil. Ele disse: 'pronto, aí vai faltar R$ 700 mil para dar a mesma coisa que você deu para a campanha de Iberê'. Para mim, aquilo foi um aviso bastante claro de que ou você participa ou você perde a inspeção. Uma forma muito sutil, mas uma forma de chantagem. R$ 1,150 milhão foram dados em troca de manter a inspeção”, diz o delator.
Por telefone, Fantástico falou com José Agripino que estava em Miami, nos Estados Unidos.
Fantástico: O senhor conhece George Olímpio?
José Agripino: Conheci George Olímpio, é uma figura conhecida em Natal e é parente de amigos do meu pai de muito tempo atrás, eu o conheci sim.
Fantástico: Ele disse que já foi na casa do senhor em Brasília. Ele já foi, senador?
José Agripino: Teria ido. Ele foi na minha casa uma vez.
Fantástico: E este apartamento no Rio Grande do Norte ele disse que esteve lá também? Ele já esteve nesse apartamento também?
José Agripino: Esteve também.
Fantástico: Ele disse que o senhor pediu mais de R$ 1 milhão para ele e este pedido foi feito no apartamento do senhor.
José Agripino: Eu nunca pedi nenhum dinheiro, nenhum valor a George Olímpio. E conforme ele próprio declarou em cartório, não me deu R$ 1 milhão coisíssima nenhuma.
O senador enviou ao Fantástico o documento de 2012, que George Olímpio teria registrado em cartório. “É uma infâmia, uma falta de verdade. Está completamente falso e faltando com a verdade”, afirma José Agripino.
Como senador, Agripino tem o chamado foro por prerrogativa de função. Por isso, todo o material que se refere a ele foi enviado para a Procuradoria-Geral da República.
O Fantástico procurou todos os outros citados.
Em nota, Wilma Faria diz que considera qualquer citação ao seu nome nesse contexto como ilação caluniosa, injusta, desrespeitosa e antidemocrática. O filho dela, Lauro Maia, disse que desconhece o conteúdo da delação de George Olímpio e, mesmo assim, repudia qualquer afirmação de que teria participado em esquema criminoso.
O Fantástico não encontrou Érico Vallério, ex-diretor do Detran, no prédio dele. A equipe deixou recado mas ele não ligou de volta.

O deputado estadual Ezequiel Ferreira de Souza diz que não recebeu a notificação oficial da denúncia oferecida pelo Ministério Público e que no momento oportuno provará a inconsistência do processo.
Em nota, a família de Iberê Ferreira disse que o ex-governador, antes de falecer, negou as acusações feitas contra ele.
Mesmo com a delação premiada, George Olímpio é réu no processo. E aguarda o julgamento em liberdade.
“O que nos impressionou é exatamente que toda a investigação levada a efeito pelo Ministério Público e toda análise da prova foi uma análise perfeitamente compatível com que de fato aconteceu, da forma como George, posteriormente, narrou”, afirma promotora Keiviany Silva de Sena.