sexta-feira, 25 de maio de 2012

Dilma veta artigos do código florestal que promoviam o desmatamento

Após intensa pressão social, a presidente Dilma Rousseff vetou 12 artigos e fez 32 alterações em trechos do novo Código Florestal que promoviam o desmatamento. As alterações serão feitas por medida provisória a ser enviada ao Congresso na segunda-feira (28), junto com o veto e sanção.

"O veto parcial foi feito para não permitir a redução da proteção da vegetação, para promover a restauração ambiental e para que todos pudessem fazer isso, sem que ninguém pudesse ser anistiado ou ter as regras flexibilizadas, além de alguns pontos que eram inconstitucionais ou ofereciam insegurança jurídica", afirmou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

 "Não vai ter anistia para ninguém, todos devem recompor áreas desmatadas, mas isso seguirá o tamanho das propriedades", disse o ministro Pepe Vargas, do Desenvolvimento Agrário. A medida provisória escalona as áreas a serem reflorestadas de acordo com o tamanho do rio e com o tamanho da propriedade. Segundo levantamento do governo, 65% dos imóveis rurais tem de 0 a 1 módulo fiscal e correspondem a 52 milhões hectares e 9% da área agrícola do país. Já as propriedades até 4 módulos fiscais, designados como de agricultura familiar, representam cerca de 90% dos imóveis rurais e 24% da área agrícola. (Olha como a propriedade é concentrada: 89% das propriedades rurais ocupam 33% da área agrícola).

http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2012/05/25/dilma-veta-partes-do-codigo-florestal-que-favorecem-desmatamento.htm
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/codigo-florestal-tera-aprovacao-breve-acredita-agu
Comentário: a Folha e o resto do PIG diz que o código florestal (dos ruralistas) aprovado na câmara foi uma derrota do governo. Na verdade foi uma derrota da sociedade. A mídia conservadora sempre foi contra a reforma agrária, mas a melhor coisa que a reforma agrária traria era a redução do poder da elite agrária conservadora e retrógrada que tem até hoje enorme força no congresso.

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