E mesmo se essas agências fossem sérias, para o desenvolvimento do país não ter grau de investimento não significa nada. Não é de capital financeiro que o país precisa. Não é essa lógica que segue o "bom" investimento. Quem olha grau de investimento é o especulador, o dólar que vem aqui se multiplicar num período que não precisamos e vai embora ao menor sinal de crise.
Para que serve esse tipo de capital? Já pensou o mecanismo perverso de extração de recursos se processa: dólar entra, é convertido em reais. Por um lado valoriza o real tirando competitividade da economia nacional, por outro o BC compra os dólar e em seguida emite dívida pública para fazer frente a essa compra pagando 8,6% e aplica os dólares a 2%. É como tomar dinheiro no cheque especial para aplicar na poupança. Coisa de bobo.
Segue a notícia que estou comentando:
Brasil é primeiro país a alcançar Grau de Investimento da agência Moody's desde início da crise
A agência de classificação de risco Moody's anunciou, na última segunda-feira (22) a alteração da classificação das dívidas interna e externa de longo prazo do Brasil, elevando o país à categoria de Grau de Investimento. Com a nova classificação, o Brasil se torna o único país que teve sua posição elevada para grau de investimento pela Moody's desde o início da crise econômica mundial.
Entre os fatores relacionados pela agência para a elevação, destaca-se "a notável melhora apresentada na estrutura de dívida do governo". Além da condução responsável das políticas fiscal e monetária nos últimos anos, a agência ressalta o desempenho do Brasil durante a crise e as medidas tomadas pelas autoridades brasileiras.
Outro motivo é a forte recuperação da atividade econômica. Entre os principais países que entraram em recessão técnica em decorrência da crise, o Brasil apresentou a maior taxa de crescimento do PIB no segundo trimestre de 2009. A agência acredita que "as chances de que o Brasil continue melhorando seu perfil de crédito são razoavelmente altas",
A classificação de risco reflete a opinião da agência opinião sobre a capacidade e a disposição de um governo para honrar suas obrigações relativas à dívida. Com a elevação, o Brasil se torna grau de investimento pelas três maiores agências classificadoras de risco. O grau já havia sido concedido pela Standard and Poor's e pela Fitch em 2008.
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