domingo, 22 de abril de 2012

Desprivatização da YPF da Argentina

A Argentina inicia um processo de desprivatização, coisa que o Lula não teve coragem. Muitas bocas de porco que levaram nossas estatais não cumpriram os contratos de concessão (Telefonica, AES-Eletropaulo, entre outras).

Na Argentina, o canto de sereia dos neoliberais com o apoio da mídia entreguista detonaram o patrimônio público para sustentar uma paridade peso-dólar insustentável.

O gráfico de produção abaixo diz tudo, após a privatização a produção de petróleo começou a cair e a empresas a realizar lucros a custas da falta de investimento. Não faz sentido uma economia pequena (30°) com uma boa quantidade de reservas de petróleo ter que importar combustível.


A imprensa diz que é populismo e a Argentina só tem a perder, mas me diga uma grande produtor que não tenho domínio sobre suas reservas? O povo é favorável mesmo com a imprensa local pregando o contrário. Legalmente, a soberania nacional permite a expropriação de uma empresa por interesse nacional.

Quando da crise, a Argentina renegociou unilateralmente sua dívida, todos diziam que ninguém ia ter coragem de investir na Argentina. Dois anos depois o país colocava controle de capitais para limitar a entrada de dólares. O que traz investimentos é perspectiva de ganhos.

Não há segurança na China, na Rússia, em países da África, mas o capital estrangeiro que entrar lá.

A Argentina não tem muitos recursos para investir, mas só o estancamento da sangria de recursos da YPF é suficiente para tocar alguma coisa.

Aqui no Brasil a Petrobras comprou a parte da Repsol na REFAP (refinaria localizada no RS) porque a sócia resistia a investir em melhoria e ampliação da refinaria.


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