terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Investimento não é despesa

http://jornalggn.com.br/noticia/investimento-nao-e-despesa-por-motta-araujo

Em um Pais onde mais de metade das casas não tem esgoto, onde não há falta de mão de obra, cimento e tubos de concreto, cortar gastos de investimento parece uma insanidade.  Havendo fatores de produção, havendo a necessidade, não tem logica, APENAS POR RAZÕES CONTABEIS, cortar investimento publico como se esse ato ajudasse a economia a se mover. Vai produzir efeito oposto. A ECONOMIA VAI PARAR MAIS.
A solução é NÃO CONSIDERAR NO ORÇAMENTO INVESTIMENTO COMO DESPESA. Muitos paises adotam esse critério racional. Investir não é gastar, quem investe cria ativos que vão ter retorno futuro, não é custeio.
O orçamento de investimento desliga-se do orçamento de custeio e deve ser tratado como outra peça contabil.
Grande parte do ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO tem como fonte de financiamento recursos extra-orçamentarios, como fundos acumulados para esse fim, FGTS, Fundo de Telecounicações, Fundo Nacional de Aviação Civil, FAT e dezenas de outros. Isso não pode ser misturado com despesa pura, que vai e não volta.
A organização desses investimentos e de suas fontes de funding deveria ser tratada em outro conjunto de contas.
Estamos com crescimento nulo do PIB, com a economia parada, cortar investimentos publicos por causa de quimicas contabeis é suicidio. Produz de imediato redução de arrecadação e ao fim do dia essa perda de receita anula o corte.
OS CORTES NO ORÇAMENTO não vão produzir nenhum crescimento. A teoria classica diz que COM ORÇAMENTO EQUILIBRADO os investidores voltarão a invesrtir. Isso é apenas uma PRESUNÇÃO. Pode haver cortes no orçamento, exigindo um esforço absurdo e os investidores não voltarão o que é o que provavelmente vai acontecer.
POLITICAS ORTODOXAS EM PLENA RECESSÃO nunca funcionaram para fazer a economia girar novamente.
Foi o que prounha o Presidente Herbert Hoover em 1933, em plena crise economica. Roosevelt foi eleito e fez o contrario, AUMENTOU OS GASTOS PARA TIRAR A ECONOMIA DA RECESSÃO.
Não acredito nas receitas ortodoxas em situações de paralisia da economia.
Simplesmente não vai dar certo, aprofunda a recessão, explode o desemprego, cai a arrecadação.
Essa receita já foi tentada nos ultimos 80 anos sem sucesso.
Acredito em reformas de programas e instituições, não simplesmente cortar despesas, estas aumentam a recessão, a arrecadação cai , na conta de padaria volta-se à estaca zero, cai o gasto mas tambem cai a receita, qual a vantagem?
As desvantagens são terriveis, especialmente no desemprego e na perda de oportunidades e de tempo para o conjunto da economia. O Brasil teve anos de extraordinario crescimento com orçamento completamente desequilibrado, o que mostra a escasssa correlação entre uma coisa e outra, mas concordo que a longo prazo
e nunca em plena recessão deve existir o objetivo do equilibrio que é mais sadio em periodos de crescimento do que em plena crise. A recieta GRECIA é ruim para o Pais em seu conjunto embora possa agradar setores do mercado.

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