QUA, 28/12/2016 - 12:29
ATUALIZADO EM 28/12/2016 - 13:18
Jornal GGN - De acordo com dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), a percentual de reajustes salariais abaixo da inflação chegou a 50% das negociações no acumulado até outubro de 2016. Em outubro de 2015, esta parcela estava em 20%, e em 2014, a proporção ficou em 5%.
O aumento nas negociações abaixo da inflação é explicado pela crise econômica e pelo crescimento do desemprego. Os bancários, que realizaram uma greve de 31 dias, tiveram seus salários achatados pela primeira vez desde 2004, aceitando uma proposta de 8% de reajuste. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) chegou a 9,2% no mesmo período.
“Em 2017, esse cenário vai se intensificar, porque a recessão deve continuar, assim como a crise política e institucional. No nosso caso, ainda tem a questão tecnológica”, afirmou Roberto Von der Osten, presidente da Confederação Nacional de Trabalhadores do Ramo Financeiro.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a avaliação dos especialistas é que as negociações salariais serão prejudicadas novamente pela recessão econômica em 2017. Alguns analistas também lembram que a crise política impacta a crise econômica, piorando a perspectiva de retomada da economia.
“O mais certo é que a economia não se recupere em 2017. Mesmo que o PIB cresça 1%, será sobre uma base deprimida. Assim, é difícil imaginar reajustes acima da inflação em 2017”, diz José Silvestre, do Dieese.
De acordo com a FIPE, a redução do crescimento da inflação será anulada pelo aumento do desemprego e pela crise. “Em um cenário de desemprego alto, as categorias vão preferir a manutenção dos postos de trabalho”, disse Hélio Zylberstajn, que coordena o projeto Salariômetro.
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