Mais uma consequência da Lava Jato que quer acabar com a engenharia brasileira.
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QUA, 28/12/2016 - 16:34
ATUALIZADO EM 28/12/2016 - 16:35
Jornal GGN - Nesta terça-feira (27), o governo do Panamá anunciou que o grupo Odebrecht não poderá participar das futuras licitações no país. De acordo com o governo, a proibição está em vigor até que a empresa comprove uma “colaboração efetiva e eficaz nas investigações do Ministério Público e se garantam os valores que que o grupo deve restituir ao Estado" pelos prejuízos causados.
Também foi anunciado o cancelamento de um contrato de US$ 1 bilhão com a Odebrecht na hidrelétrica Chan II. Na semana passada, a construtora se declarou culpada de pagar suborno em diversos países, incluindo o Panamá.
O governo panamenho também disse que vai adotar medidas para que a empresa saia dos processos de concorrência para os quais já estava qualificada, como construção de uma linha do metrô da capital do país e de uma ponte no Canal do Panamá.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos concluiu que a Odebrecht pagou subornos em nove países latino-americanos. No Panamá, a empresa teria pago mais de US$ 59 milhões em propinas entre 2010 e 2014 para conseguir contratos de US$ 175 milhões.
Carlos González, ex-diretor de Projetos Especiais do Ministério de Obras Públicas, será investigado por seu envolvimento com o esquema da construtora. "Todas as pessoas relacionadas a atos de subornos pela Odebrecht que ocuparam ou ocupam cargos públicos terão sua situação patrimonial investigada", afirmou a Controladoria do Panamá.
Fiscais panamenhos viajaram aos Estados Unidos nesta semana para obter informaçõe sobre o pagamento de subornos e o uso de instituições financeiras do Panamá pela Odebrecht. Luiz Eduardo Soares, executivo da empresa, teria afirmado para procuradores brasileiros que foram pagas comissões para dois filhos do então presidente panamenho Ricardo Martinelli.
Eles teriam recebidos US$ 6 milhões para que seu pai favorecesse a Odebrecht. Os filhos de Martinelli negam as acusações e dizem que a denúncia é fruto de uma campanha midiática.
Após a assinatura do acordo de leniência da empreiteira com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, outros cinco países da América Latina (México, Colômbia, Peru, Argentina e Equador) afirmaram que irão investigar o caso.
Em setembro, o jornal O Globo noticiou que o Panamá não estava colaborando com as apurações da Operação Lava Jato, se recusando a enviar dados de uma conta da Odebrecht para os procuradores de Curitiba.
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