quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

CONVÊNIOS NÃO AUTORIZAM CONSULTAS E EXAMES NECESSÁRIOS

FONTE: ÚLTIMA SEGUNDO - 06/02/2008

Felipe Grandin e Ana Carolina Moreno

Quase metade dos médicos paulistas credenciados em planos de saúde afirma que as operadoras interferem no tratamento do paciente. É o que revela pesquisa feita com 400 médicos do Estado e divulgada pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp).
Dos 55% que atendem convênio, 43% afirmam sofrer restrições ou imposições das operadoras. A maioria ( 82%) se queixa que as empresas não autorizam consultas, exames e procedimentos considerados necessários.
Outros 55% dizem que os convênios interferem no tempo de internação dos pacientes. E 22% reclamam que as operadoras os forçam a quebrar o sigilo dos pacientes e dizer, por exemplo, se eles têm uma doença pré-existente ou fumam.
"Todas as queixas são muito graves e decorrem de uma lógica de lucro, que infelizmente está afetando a medicina privada", afirma o presidente do Cremesp, Henrique Carlos Gonçalves. "Quando você interfere nas posições do médico ou deixa de fazer um procedimento, pode provocar a morte de uma pessoa. É um dano irreparável, não dá para medir em dinheiro."

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