Lembram-se do caso da PREVI que no início de 1999 se associou ao banqueiro Daniel Dantas (Opportunity). Essa decisão não havia sido aprovada pela diretoria da PREVI, mesmo assim foi levada adiante pelos representantes nomeados pelos tucanos.
Na edição de 10 de março de 1999 havia uma matéria escrita pelo repórter Felipe Patury informando que a Previ também havia entrado – sem autorização da diretoria – na operação de compra da Telemar. Na semana seguinte, o repórter conseguiu mais material das suas fontes. Chegou a preparar a matéria. Na edição seguinte, de 17 de março de 1999, a matéria não saiu publicada. Mas, pela primeira vez, o banco Opportunity – denunciado na edição anterior – bancou duas páginas de publicidade na revista. O Opportunity não é banco de varejo, não atua sequer no middle market. Não havia lembrança de publicidade dele nem mesmo em revistas especializadas – como a Exame.
Vale a pena ler os artigos.
http://luis.nassif.googlepages.com/oestiloveja
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O modelo Veja de reportagem
Antes de análises de caso, vamos a uma pequena explicação sobre como é esse estilo Veja de reportagem, que se parece muito com essa brincadeira de desenhar juntando os pontos de uma página em branco.
1. Levantam-se alguns dados verdadeiros, mas irrelevantes ou que nada tenham a ver com o contexto da denúncia, mas que passem a sensação de fazerem parte de um todo maior. Ou de que o jornalista, de fato, acompanhou em detalhes o episódio narrado.
2. Depois juntam-se os pontos ao bel prazer do repórter. Cria-se um roteiro de filme, muitas vezes totalmente inverossímil, mas calçando-o em cima de alguns fatos supostamente verdadeiros.
3. Para “esquentar” a matéria ou se inventam frases que não fora pronunciadas ou se confere tratamento de escândalo a fatos banais. Tudo temperado por forte dose de adjetivação.
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