quinta-feira, 19 de maio de 2016

http://jornalggn.com.br/noticia/o-mimo-que-o-governo-temer-reservou-para-a-industria

Jornal GGN - Matéria assinada por Cristiane Agostine no Valor de hoje (18) traça um perfil de Marcos Pereira, indicado pelo presidente interino Michel Temer para o Ministério da Indústria, Comércio e Serviços. Pereira é bispo licenciado da Igreja Universal, ex-vice-diretor da Rede Record e presidente licenciado do PRB, e diz que a "indústria é um setor que eu tive pouca afinidade". A matéria afirma que ele demonstra "pouco conhecimento das necessidades dos setores que representará".
Pereira diz que o déficit estimado pelo governo já chega a R$ 120 bilhões e que isso deve limitar suas ações. Ele também diz que irá dialogar com os setores: "Ninguém melhor do que o setor sabe onde ele está e onde ele quer chegar. Ouvindo nós vamos construir um caminho para a indústria sair da situação periclitante em que está", afirma.
Do Valor
por Cristiane Agostine
"A indústria é um setor que eu tive pouca afinidade, não obstante eu tenha sido contador de indústria no início da minha carreira", diz o advogado Marcos Pereira, titular do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços. "Fui contador de empresas do ramo industrial, mas não executivo". Bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, ex-­vice-diretor da Rede Record e professor universitário, o novo ministro demonstra pouco conhecimento das necessidades dos setores que representará e assume que ainda não tem diretrizes sobre o que fará no ministério. "O que penso é segredo de Estado. Não comentei ainda nem com os secretários do ministério", diz.
Presidente licenciado do PRB, Pereira afirma que tem conhecimento limitado sobre o que foi feito até agora pela Pasta. Na sexta-­feira, pouco depois de assumir o cargo, pediu um levantamento aos secretários do ministério sobre tudo o que foi feito por seu antecessor, o senador Armando Monteiro (PTB-PE). Pediu também um plano de trabalho detalhado, sobre o que é possível fazer nos próximos meses, durante o governo interino de Michel Temer (PMDB). "Estou aguardando para que a gente possa verificar o que vai fazer". Até o fim da semana, os técnicos que compõem a pasta, "muito bem qualificados e bem preparados", diz, devem entregar o levantamento e, dessa forma, mostrar o rumo que o ministério tomará.
Pereira afirma que o déficit estimado pelo governo já passou dos R$ 96 bilhões para R$ 120 bilhões e que, com isso, suas ações poderão ser limitadas. O ministro diz também que todos no governo Temer estão "tomando pé da situação". "Está tudo na base do levantamento, querida. Não é um governo que foi eleito e teve uma transição. Por força da Constituição, é um governo que foi empossado e é interino. É diferente de quando é eleito", diz, pedindo um "voto de confiança". Diferente de outros ministros, afirma que não pretende fazer "grandes mudanças", mas repete como um mantra que tudo será "feito em consonância com o setor, com o pessoal da indústria, do comércio e da área de serviços".
Pereira minimiza o fato de ter pouca afinidade com o ministério e diz que um bom ministro tem que ter duas qualidades: ser político e gestor. "Eu reúno essas duas qualidades". Como político, fez com que a bancada do PRB crescesse de oito para 21 deputados, entre 2010 e 2014, e atuou nas campanha de Celso Russomanno, para que o deputado ficasse em terceiro lugar na disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2012 e recebesse cerca de 1,5 milhão de votos para a Câmara em 2014. Como gestor, diz que atuou em "empresa de serviço e de comércio".

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