SEX, 13/05/2016 - 13:49
Jornal GGN - Em editorial publicado ontem (12), o jornal norte-americano New York Times comentou a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, afirmando que ela pode pagar um preço "desproporcional" por irregularidades administrativas, enquanto seus "detratores mais ardentes" enfrentam acusações mais sérias.
Para o New York Times, não há evidências de que Dilma tenha utilizado o poder para ganho próprio, ao contrário de muitos dos políticos que fazem sua oposição. O jornal também lembra que o presidente interino Michel Temer pode se tornar inelegível caso seja condenado no Tribunal Superior Eleitoral, e que Eduardo Cunha, que conduziu o processo na Câmara, foi afastado pelo Supremo Tribunal Federal.
O editorial do jornal norte-americano também fala que muitos creem que os esforços para tirar Dilma do poder está relacionado com a decisão dela de "permitir que procuradores sigam adiante com investigação de esquema na Petrobras". Leia o original, em inglês, aqui.
Da Folha
Em editorial publicado nesta quinta-feira (12), o jornal americano The New York Times defendeu que a presidente afastada, Dilma Rousseff, pode "pagar um preço desproporcionalmente grande por irregularidades administrativas enquanto vários de seus detratores mais ardentes são acusados de crimes mais escandalosos".
Para a publicação, embora seja discutível dizer se Dilma cometeu algum tipo de crime, não há evidências de que ela abusou do poder para ganho próprio. "Já muitos dos políticos que estão orquestrando sua deposição foram atrelados a um grande esquema de propina e outros escândalos", diz o texto, assinado pelo conselho editorial do jornal.
O The New York Times citou argumentos frequentemente usados por defensores da petista, destacando que o presidente interino, Michel Temer, pode ficar inelegível após condenação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e que o deputado Eduardo Cunha, que conduziu o processo de impeachment na Câmara, foi afastado de seu mandato pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por responder a denúncias de corrupção.
Além disso, o jornal afirmou que as chamadas pedaladas fiscais de que Dilma é acusada foram cometidas por outros governantes sem que eles tenham sofrido o mesmo escrutínio.
"Muitos suspeitam, porém, que os esforços para remover Dilma têm mais a ver com a decisão dela de permitir que procuradores sigam adiante com investigação de esquema na Petrobras", diz o texto. "O escândalo atingiu mais de 40 políticos, inclusive altos líderes do PT de Dilma".
A publicação levanta a hipótese de que, sem a presidente, fique mais fácil retomar a política de pagamento de propinas. "Isso seria indefensável", defende.
O The New York Times se posicionou pela realização de novas eleições caso a presidente perca definitivamente seu mandato após julgamento a ser feito pelo Senado federal.
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