Vendo que os juros reais na Argentina são quase zero, chegando em alguns meses a ser negativo, o cabeção propõe que o Tesouro brasileiro coloque lá títulos públicos no valor de 2% a 3% do PIB.
Parodiando Garrincha, falta combinar com os argentinos. Ao contrário do nosso governo, o governo argentino não é passivo, os juros são mantidos baixos para favorecer o investimento produtivo. Na Argentina há controle de capitais, coisa que aqui é uma heresia, não se pode nem falar.
No entanto, supondo que seja possível o Brasil colocar títulos públicos no mercado argentino, pensem comigo, não interessa receber em pesos e com o câmbio valorizando do jeito que está ocorrendo hoje, o que menos interessa para a economia brasileira é trazer mais dólares.
O cabeção não vê que os juros altos pagos são frutos da atuação do Banco Central. O BC acha que o Brasil não pode crescer mais que 3,5% (o tal do produto potencial) sem gerar inflação e por isso matém os juros nas alturas para inibir o crescimento da demanda.
Este é o Brasil! As idéias de jerico são aplaudidas e os analistas mais sérios são ignorados.
- jerico s. m., burro;
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