sexta-feira, 29 de junho de 2007

Os juros continuam caindo em doses homeopáticas, o spread cai mais lentamente ainda

Segundo matéria do Valor Econômico de 29/06/07, o spread, ou ganho dos bancos com a diferença entre as taxas de aplicação e de captação, decresceu somente 0,2 ponto em maio, para 26,2% considerando a média das três modalidades de juros para financiamento. Os bancos reduziram a taxa geral de captação em 0,5 ponto percentual, para 11,2%.

Essa queda foi mais que compensada pela elevação do volume de crédito, 7,3% até maio segundo o Banco Central. Segundo o Procon-SP as tarifas bancárias subiram 16% até fevereiro, a tendência nos últimos anos é a elevação das tarifas muito acima da inflação e a criação de novas tarifas. Para justificar o spread exagerado os bancos culpam a inadimplência, que não é muito elevada (PF 7,1% e PJ 2,7%), e as despesas com pessoal.

Nos cálculos para justificar o spread mais alto do mundo eles esquecem que a despesa com pessoal é mais que coberta só com a receita de tarifas. Também não levam em conta que boa parte da inadimplência das pessoas físicas é coberta por seguro prestanista, um seguro para o banco mas que é pago pelo cliente.

O Bancos ganham de todo lado. Esfolam seus clientes com tarifas e juros altos. Esfolam os contribuintes, pois boa parte dos impostos que pagamos vão para as mãos dos banqueiros, é uma brutal distribuição de renda as avessas que drena recursos dos mais pobres (o sistema tributário é injusto) e transfere para os mais ricos.

Tem gente que acredita que os juros do Brasil são os mais altos do mundo para segurar a inflação. A inflação já foi debelada há mais de 10 anos, a política de juros altos do Banco Central, ou melhor do governo Lulla, é um instrumento perveso de transferência dos mais pobres para os mais ricos. Como dizem o Lulla é a o pai dos probre e a mãe dos banqueiros.

Não subestimem o poder dos banqueiros no Brasil. São os maiores anunciantes e com isso têm forte influência nos meios de comunicação. O Lula não teve coragem de enfrentá-los e se tornou mais um neoliberal.


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