SP 247 - Durante solenidade de posse do novo secretário de Educação, José Renato Nalini, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), atribuiu responsabilidade a servidores do governo federal no escândalos de desvios de recursos com merenda escolar investigados pela operação Alba Branca, da Polícia Civil e Ministério Público.
"Quem diz se a cooperativa está habilitada é o Ministério do Desenvolvimento Agrário. O que observamos é que se trata de uma quadrilha, que começou em outros Estados e chegou a São Paulo. Qual o nosso dever? Investigação séria, rápida, para condenar os culpados, sejam eles quem forem, ou inocentar pessoas honradas", afirmou.
Delator na operação, o ex-presidente da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) Cássio Izaque Chebabi citou o secretário tucano Duarte Nogueira, de Logística e Transportes, como beneficiário do esquema de propina. Segundo Chebabi, a Secretaria de Educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB) cancelou um contrato com a entidade para forçar o pagamento de propina.
Com o contrato cancelado, um dos operadores do esquema, Marcel Ferreira Julio, ligado ao deputado Fernando Capez (PSDB), hoje presidente da Assembleia Legislativa, propôs um "acordo" para destravar o negócio sob pagamento de um percentual. Apontado pela Operação Alba Branca como intermediário no repasse de propina para Capez, Jéter Rodrigues, ex-assessor do presidente da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), admitiu ter sido procurado pelo lobista para 'renegociar' o contrato.
Questionado sobre o que ele achava da força-tarefa de investigação lançada pelo governo federal para combater fraudes nos gastos com merenda, Alckmin disse ter sido "acertada, pois há suspeita da participação de servidores do Ministério do Desenvolvimento Agrário".
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