A crescente demanda por biocombustíveis vem provocando mudanças nos mercados agrícolas mundiais e pode levar a aumentos de preços dos alimentos, segundo o relatório "Panorama Agrícola 2007-2016", elaborado pela OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) e pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação).
Segundo o último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab),um avanço da área de cana-de-açúcar sobre lavouras de milho e soja, no Mato Grosso do Sul, Paraná e Minas Gerais, como já ocorre em São Paulo. No Paraná, até áreas de trigo estão sendo invadidas por lavouras de cana. Além do etanol, a cultura do eucalipto também invade áreas de culturas tradicionais como a do feijão.
Cada vez mais se faz necessária uma ação de planejamento por parte do poder público para não deixar a cana avançar sobre a produção de alimentos e sobre áreas de proteção ambiental.
No Brasil há muito espaço para espansão da cultura da cana. Ninguém aqui é contra a revolução dos biocombustíveis, mas não se deve permitir tirar o alimento da boca do pobre para por no carro do rico. Para isso é preciso um zoneamento agrícola capaz de permitir um planejamento da ocupação de terras para a agricultura.
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