segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Juros e corrupção

E como tratar o caso dos tecnocratas colocados na direção do Banco Central pelos rentistas? Por trás de uma decisão "técnica" do COPOM escondem-se os interesses daqueles que ganham muito dinheiro com o resultado da reunião.

A decisão de manter os juros num patamar 3% ou 4% acima do necessário trazem um duplo prejuízo ao país:

1) recursos públicos que poderiam ser investidos em infraestrutura ou em gastos sociais vão para o bolso dos já endinheirados.

2) inibe várias decisões de investimento do setor privado, além de causa excessiva valorização cambial.

Esses prejuízos causados pela completa falta de bom senso na gestão da política monetária causa muito mais prejuízo do que as relações promíscuas entre o poder público e empreiteiros que tinhámos antes das reformas neoliberais da década de 1990.

Na república dos empreiteiros tinhámos planejamento e execução de importantes obras de infra-estrutura de transportes e de energia. Tínhamos crescimento acelerado.

Depois que o Estado saiu de cena enfraquecido pela crise da dívida tudo desandou no nosso país e os banqueiros se apoderaram de vez da política monetária direcionando todo esforço do Estado para pagar uma conta de juros sufocante.

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