Todo mundo sabe que uma jazida mineral ao ser explorada após certo tempo se esgota e a produção cai. É isso que ocorre com um poço de petróleo. Para uma petroleira apenas manter sua produção, deve continuamente descobrir novos poços. Para aumentar a produção o esforço é maior ainda.
Agora o jornal Valor quer que sem as novas descobertas a produção se mantenha. Já que o pré-sal não foi um furo n'água como queria a mídia, eles estão tentando ignorá-lo.
Do blog Fatos e Dados
Em relação à reportagem “Sem pré-sal, produção da Petrobras se iguala a 2005” (02/06), a companhia afirma que é inadequada a comparação entre a produção de 2005 e a produção atual, desconsiderando o pré-sal. Reforçamos que não “está sendo difícil aumentar a produção nos níveis prometidos alguns anos atrás”.
A produção crescente do pré-sal em 2014 é prova disso, bem como os recordes que a companhia tem obtido, que a levarão a produzir 4,2 milhões de barris de petróleo/dia (bpd) em 2020. Em breve ultrapassaremos o patamar de 500 mil bpd somente no pré-sal.
Não houve “mudança abrupta de foco da companhia”. O setor de óleo e gás trabalha sempre com perspectiva de longo prazo. A Petrobras ajustou seus projetos para se adaptar à nova realidade, como faria qualquer operadora diante de reservas desta magnitude. Os resultados atuais demonstram o acerto da decisão.
Paralelamente, a Petrobras tem empreendido esforços para manter a produção nos campos do pós-sal, que apresentam declínio natural dentro de parâmetros da indústria. Além da melhoria da eficiência, que acrescentou 63 mil bpd no ano passado, quatro plataformas (P-63, P-55, P-62, P-58) entraram em produção nos últimos seis meses. No segundo semestre, a P-61 entrará em operação. Os sistemas incrementarão a produção da Bacia de Campos.
Não houve "queda galopante na produtividade" como diz o jornal: a contínua atenção à Bacia de Campos fez com que a mesma tenha produzido 1.531 mil bpd em 2013 contra 1.693 mil bpd em 2009, quando atingiu o maior volume de sua história. A Bacia de Campos continua sendo o mais importante polo de produção, contribuindo com cerca de 76% do total produzido pela Petrobras.
Por fim, com relação à diferença entre produção prevista no Plano de Negócios 2007-11 e a realizada, ressaltamos que os planos de negócios da empresa são revisados a cada ano. A companhia já havia destacado, na divulgação do Plano de Negócios 2012-16, a postergação entre 2 e 3 anos do atingimento das previsões de produção. A Petrobras reafirma seu compromisso com o aumento da produção, que terá crescimento sustentável de cerca de 7,5% em 2014, com margem de 1 ponto percentual para mais ou para menos.
A carta foi publicada nesta quinta-feira pelo jornal acompanhada da nota de redação abaixo:
"A dificuldade da Petrobras de obter os aumentos de produção prometidos são bastante conhecidos pelo mercado. A reportagem mostrou que no plano de negócios de 2007 a Petrobras previa produzir 2,374 milhões de barris/dia em 2011, e produziu 352 mil barris a menos que o previsto cinco anos antes. A reportagem mostrou os desafios da companhia e as metas de crescimento de 2014."
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