quarta-feira, 30 de julho de 2014



Do Jornal da Gazeta
O "mercado" não quer Dilma. Isso está nas manchetes há dias, semanas. A Bolsa sobe ou cai a depender de pesquisas mostrarem Dilma em baixa ou em alta.

E não só pelos erros do governo Dilma. Em 2002, governo Fernando Henrique, o "mercado" fez terror com a hipótese da vitória de Lula. Qual foi o resultado daquele terror todo? 

Basta conferir num site de buscas. O governo Fernando Henrique terminou melancólico, com dólar a quase R$ 4, risco-país acima de 4 mil pontos, e inflação de 12, 53%.

Sobre qualquer assunto que tenha algo a ver com economia, largos setores da mídia dão voz preferencial a "especialistas" do "mercado".

O que é o "mercado"? É o sistema de bancos e demais instituições financeiras. Assim sendo, vale lembrar os custos da crise criada no e pelo "mercado" desde 2008. 

Mark Anderson, ex-chefe da Standart and Poor's, o homem que rebaixou a nota de crédito dos EUA, diz que o custo final da crise mundial é de US$ 15 trilhões.

Estima-se que hoje o chamado "mercado de derivativos" seria de US$ 1,2 quatrilhão. Isso é 20 vezes todo o PIB do mundo. Ou seja, é ficção. É "dinheiro" de mentira.

Isso só existe como alavanca para quem pilota o tal "mercado" acumular ainda mais fortuna. Com grandes riscos para o próprio sistema. 

Relatório da ONG britânica Oxfam informa: 85 pessoas tem patrimônio igual à metade da população do mundo.

O 1% mais rico do mundo tem US$ 110 trilhões. O que é 65 vezes mais do que tudo que tem metade da população mundial.

No Brasil, apenas 4 dos bancos tiveram lucro líquido de R$ 50 bilhões em 2013. Isso é mais do que a soma do PIB de 83 países no mesmo ano passado.

Isso é o tal "mercado". O resto é conversa mole.

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