Em geral o salário inicial do professor da rede pública é muito baixo. Alguns estados pagam uma mixaria de salário base e adicionam uma remuneração extra dependendo da assiduidade e do desempenho. Esses "pinduricalhos" geralmente não acompanha a renda do professor na aposentadoria, nas férias ou quando adoece. Eu concordo que se avalie o professor e se recompense os mais esforçados. O que não se pode é fixar uma remuneração tão baixa que não atraia as melhores cabeças para área do ensino. Do jeito que está no Brasil, ser professor se torna uma opção quando não há mais outras.
Segundo a Folha de São Paulo (15/10/07), um professor do Acre ganha 39% a maior do que o de São Paulo (se considerarmos o custo de vida nos dois estados a diferença salaria vai a 60%).
"O baixo salário dos docentes é uma questão histórica no país. Basta ver o de outros países da América Latina, como Chile e Argentina, que são maiores", afirma Célio da Cunha, assessor especial da Unesco no Brasil. Para ele, o salário baixo é uma das explicações para a má qualidade do ensino. "Um salário justo motiva os professores."
O salário um pouco melhor no Acre começa a dar resultado. Prova disso pode ser a análise do Saeb (exame do MEC que avalia estudantes), divulgada em fevereiro. Na comparação entre 2003 e 2005, o Acre foi onde as médias dos alunos de 4ª série mais evoluíram. Em português, houve aumento de 13,8 pontos (de 156,2 para 170).
Se concordarmos que a educação é importante, também devemos concordar que um professor precisa ser bem remuredado.
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