Muito bom este texto do LN, onde analisa a situação do Meirelles que fez uma lambança no Banco Central ao jogar fora todas as oportunidades de baixar os juros criando armadilhas para o desenvolvimento da economia brasileira. Sua irresponsabilidade foi tamanha ao deixar o Real se valorizar demais prejudicando pequenos exportadores, criando um processo de substituição de insumos nacionais por importados e estimulando os grandes exportadores a apostarem no cassino financeiro.
Mesmo com a crise chegando, produção industrial caindo, empresas demitindo, o sujeito ameaça subir ou manter os juros na extratosfera para combater uma inflação galopante que só ele e sua diretoria vê. Juro alto no Brasil tem dois efeitos: desestimula investimentos e onera as contas públicas. O Brasil paga R$160 bilhões de juros quando poderia pagar a metade e com o restante reduzir impostos ou investir em infraestrutura.
Para aqueles que só se informam pelo PIG , informações extras: desde o Plano Real em média o Governo gasta menos que arrecada, essa diferença (superávit primário) se tornou enorme no governo Lula, chegando a mais de 4% do PIB. A dívida pública herdada do Collor era cerca de R$64 bilhões. FHC fez virar mais R$700 bilhões e Lula conseguiu dobrar. Tudo isso sem tomar um centavo emprestado para construir escolas ou hospitais. Isso foi obra dos tecnocratas do Banco Central aplaudidos pela mídia.
Enquanto parte da classe média fica chocada quando ouve que algum deputado levou um milhãozinho, o BC torra dezenas de bilhões para atender o mercado financeiro e é aplaudido. Onde já se viu injetar dinheiro nos bancos (liberação dos compulsórios) e ao mesmo tempo enxugar estes recursos (pagando juros altíssimos). Com os swaps reversos o BC perdeu mais de R$70 bi, nos swaps cambiais que faz agora possibilidade de perdas do mesmo tamanho. 0,5% de juros a mais ou a menos são mais uns R$10 bi (quase o orçamento do bolsa família).
No mundo inteiro os juros da dívida pública em moeda local são oscilam entre 1 a 6%. Dificilmente ultrapassam esses valores porque não há risco em emprestar para o governo na moeda que ele emite. No Brasil fizeram a loucura de pagar até 42%! Ficando grande período acima dos 20% e hoje escandalosamente mantido a 13,75% em meio a uma ameaça de recessão mundial.
É! O sr. Henrique Meirelles preparou uma bomba que vai estourar no colo do seu sucessor e quando ela estourar a nossa imprensa ainda vai dizer que competente era o Meirelles (como ontem li no Globo o Merval Pereira dizer que eficiente era o Palocci).
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