Enquanto tem uns preocupados a ameça de perder o grau de investimento, o Brasil em 2014 foi o quinto maior destino de investimentos. Parte destes investimentos são bons, cito o exemplo do gringo que montou a Azul, mas boa parte dos capitais que entram aqui só querem sugar nosso sangue: ganham na bolsa e com títulos públicos e não trazem nenhum benefício, entram quando não precisamos valorizando o câmbio e saem duma vez ferrando o balanço de pagamentos.
Muito interessante o artigo abaixo:
http://jornalggn.com.br/noticia/a-miragem-do-grau-de-investimento-por-motta-araujo
DOM, 05/04/2015 - 07:22
A miragem do grau de investimento, por Motta Araújo
O Plano Levy tem como sua grande e fundamental meta MANTER O INVESTMENT GRADE do Brasil, ou seja a atual nota na tangente nas três agências de rating, a qual se baixar mais um degrau deixa o Brasil sem investment grade.
Para manter esse GRAU DE INVESTIMENTO o País vai ser lançado numa senhora recessão. Vale a pena?
DEFINITIVAMENTE NÃO, o grau de investimento é uma MIRAGEM, não tem esse valor. Porque?
Desde a crise de 2008 o PESO dos ratings de agências CAIU muito em importência. O grosso dos fundos de investimentos americanos ou que se ligam ao sistema americano de fundos NÃO tem qualquer restrição para investir em países sem grau de investimento. Os fundos que AINDA têm restrições estatutárias para investir em Países sem grau de investimento são os FUNDODE DE PENSÃO DE FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS mas esses fundos não investiram quase nada no Brasil durante os quase dez anos nos quais o Brasil teve INVESTMENT GRADE. Os fundos de pensão desse tipo, semi-estatais tal qual a Previ, não investem quase nada fora dos EUA, não é da pratica deles.
Os mega fundos de investimento americanos são hoje altamente especulativos, TÊM DEPARTAMENTOS PRÓPRIOS DE ANÁLISE que não seguem agências ou bancos, aliás muitos perderam bom dinheiro em 2008 seguindo agências e bancos e hoje querem distância de Wall Street, preferem seguir seus próprios analistas internos. A razão é que perderam em 2008 MUITO DINHEIRO seguindo recomendação de agências e dos Goldman Sachs da vida, que venderam títulos podres (os sub-primes) e depois apostaram contra os próprios títulos que venderam.
Fui consultor há quatro anos de um dos maiores fundos canadenses de pensão de funcionários públicos, queriam investir em etanol no Brasil, rodei com eles em em duas viagens de equipes diferentes de analistas PRÓPRIOS, nem queriam ouvir falar de agências, fizeram um excelente trabalho de campo, tiraram centenas de fotos, fomos ao Instituto de Economia Agrícola do Estado de São Paulo, que os deixou encantados, com estatísticas de safras de açúcar de mais de um século, cidade por cidade, disseram que no Canadá não existem estatísticas tão perfeitas.
Esse é hoje o espírito dos fundos de investimentos, nas empresas industriais então NENHUMA importância do GRAU DE INVESTIMENTO, comprovada pelo presença de grandes investidores industriais e bancos no Brasil por mais de um século e meio nos quais o Brasil não teve GRAU DE INVESTIMENTO. O primeiro banco em Manaus foi o Bank of London & South America em 1910, o Brasil obteve empréstimo externo do Banco Rothschild em 1823, um ano após a independência, a taxa boa e sem ter GRAU DE INVESTIMENTO, esse é um golpe barato que financistas gostam de aplicar em bisonhos, anunciam esse GRAU como se fosse algo mágico, um tesouro no fim do arco íris e para conseguir essa loteria o País precisa vender a alma ao diabo, o valor de GRAU hojé é pouco e nada mas vendem como ouro puro, é um VERDADEIRO CONTO DA CINDERELA.
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