terça-feira, 14 de junho de 2016

Por 11 a 9, Conselho de Ética aprova pedido de cassação de Cunha

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Jornal GGN – Na Câmara dos Deputados, o Conselho de Ética aprovou o pedido de cassação do mandato de Eduardo Cunha, do PMDB do Rio de Janeiro e mesmo partido do presidente provisório Michel Temer, além de ser o presidente afastado da Câmara. Segundo o pedido a cassação se dá com aprovação do parecer do deputado Marcos Rogério, do DEM-RO, que afirma que Cunha quebrou o decoro ao mentir sobre contas no exterior durante depoimento prestado na Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras, a CPI da Petrobras.
De acordo com o relator, Cunha é titular de, pelo menos, quatro contas na Suíça, no Köpek, Triumph SP, Orion SP e Netherton. Em seu pedido de cassação de Cunha, Marcos Rogério disse que as contas são verdadeiros "laranjas de luxo".“Estamos diante do maior escândalo que este colegiado já julgou, não se trata apenas de omissão, de mentira, mas de uma trama para mascarar a evasão de divisas, a fraude fiscal", disse Rogério. “Estamos diante de uma fraude, de uma simulação de empresas de papel, de laranjas de luxo criadas para esconder a existência de contas no exterior”, disse ele.
Cunha continua negando que as contas sejam dele, mas admitiu ter o usufruto de ativos geridos por trustes estrangeiros.
A votação de hoje é um marco na recuperação da imagem da Câmara dos Deputados, pois que o processo de Cunha no Conselho de Ética foi o mais longo já ocorrido no colegiado e marco por tantas manobras que a decisão de hoje chega a estranhar.
A representação contra ele foi entregue no dia 14 de outubro de 2015, pelo PSOL e Rede à Mesa Diretora da Câmara, sendo que, à época, era comandada pelo próprio Cunha. Daí começou a operação-abafa-arrasta, com utilização do prazo máximo de 14 dias para realizar a tarefa de numerar a representação e enviá-la ao Conselho de Ética que foi arrastando o início dos trabalhos do colegiado. O processo só foi instaurado em 3 de novembro de 2015, quase um mês depois da representação.
Agora o processo deverá ser analisado em plenário e, para que ele tenha o mandato cassado, é preciso que 257 deputados votem por isso, ou seja, a maioria absoluta dos 513 representantes.
(com informações da Agência Brasil)

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