domingo, 6 de abril de 2008

Bancário comete suicídio dentro da agência no interior de SP

26 de fevereiro de 2008
(Campinas) Um bancário, de 44 anos, de uma agência de Estiva Gerbi (SP), morador em Mogi Mirim (SP), cometeu suicídio na manhã desta terça-feira (26) dentro da própria agência onde trabalhava como gerente. Segundo informações reveladas para a elaboração do Boletim de Ocorrência (BO), o gerente disse ao vigia que pretendia comprar uma arma e pediu para ver o revólver de calibre 38 que ele portava. O funcionário entregou a arma descarregada. O gerente percebeu e pediu também a munição e o vigia, novamente, atendeu ao pedido.

Em seguida, viu quando o gerente se afastou e trancou-se no banheiro. Logo após, ouviu o barulho do tiro. Após chamar a subgerente, eles arrombaram a porta e se depararam com o corpo ensangüentado. O homem havia se matado com um tiro na cabeça através da boca. A Polícia Militar e a Guarda Municipal rapidamente chegaram ao local e acionaram a Polícia Civil e a Perícia Técnica.

A polícia não sabe o que teria levado o gerente ao ato e irá investigar o suicídio. No local, algumas pessoas disseram que ele costumava reclamar da "pressão", porém essas pessoas não quiseram se identificar nem fizeram declarações para a imprensa. O vigia, que entregou a arma e a munição para a vítima, não quis falar com os jornalistas alegando que não queria "se comprometer".

Fonte: Seeb Campinas

Um comentário:

  1. Sou gerente de banco e ler esta notícia me fez refletir sobre os porques deste colega de atividade. Com certeza outras coisas além da pressão que sofria o induziram cometer este devaneio irreversível, realmente sofremos muito, com metas abusivas e péssimas condições de trabaho, mas daí a não querer mais viver? O que podemos elocubrar arriscando uma suspeita sobre a motivação dele é; este homem já arrastava há tempos este desejo de não mais viver e o estress do " ser bancário" potencializava esta depressão certamente. A frustração diária, as humilhações, as cobranças aliadas ao acúmulo de funções, a própria falta de sentido da atividade que é ganhar dinheiros dos outros, para os outros.
    Também me chamou atenção o ato dele ter feito cosumado seu desejo de morrer em seu local de trabalho. Entendi como um protesto; solitário, inesperado, desproporcional. Enfim acho que ele queria chocar meia dúzia dali e chamar atenção para os problemas nevosos que os colegas bancários capachos dos banqueiros sofrem.Nos exercem esta pressão tão nociva, como se não fossemos seres humanos, como na música ....Por entre bancários, automóveis ruas e avendaaas....
    Glauce

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