quinta-feira, 26 de março de 2009

Dilma rebate críticas ao pacote habitacional e diz que nem amarrada confirma candidatura

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) reiterou nesta quinta-feira que "nem amarrada" ela confirma ser candidata à sucessão presidencial em 2010. Sorridente, a ministra atacou a oposição que a acusa de utilizar o "Minha Casa, Minha Vida" --que pretende construir 1 milhão de moradias populares até 2010-- com objetivos eleitoreiros. Para Dilma, a oposição é quem antecipa a disputa eleitoral sem se preocupar com as questões prioritárias.

"Vou responder [a essa pergunta se é candidata a presidente da República em 2010], como respondi um dia desses durante o balanço do PAC [Plano de Aceleração do Crescimento]: nem amarrada eu respondo essa questão", disse a ministra, em entrevista ao programa "Bom Dia Brasil", da Rede Globo.

Dilma rebateu as críticas da oposição que acusam o governo federal de utilizar com objetivos eleitoreiros o programa de habitação, lançado na manhã de ontem em Brasília. "Essa questão quem antecipa a agenda [é a oposição] não somos nós porque tudo o que o governo faz é visto como eleitoreiro, aí eu concordo com o senador [Romero] Jucá [líder do governo no Senado], que diz se for eleitoreiro beneficiar a população e fazer com que o país cresça, aí todo o programa do governo é eleitoreiro", disse ela.

Segundo a ministra, os partidos de oposição deveriam substituir o discurso crítico pela discussão do mérito e a apresentação de propostas para aperfeiçoar o que vem do Executivo. "O que não é possível é a oposição tentar desqualificar projetos que ela tinha de estar discutindo o mérito e estar dando sugestão. Eu não acho que a pauta de eleição de 2010 tinha de estar sendo colocada agora", disse ela.

O programa "Minha Casa, Minha Vida", lançado ontem pelo governo federal, tem como objetivo construir 1 milhão de moradias para famílias com renda até dez salários mínimos (R$ 4.650).

De acordo com o governo federal, o investimento estimado para o programa é de R$ 34 bilhões, considerando o dinheiro do governo para subsídios e para o fundo garantidor das prestações. A parcela mínima será de R$ 50, enquanto o valor máximo do imóvel a ser financiado é de R$ 130 mil.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u540823.shtml

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