segunda-feira, 2 de março de 2009

Mais desculpas para não baixar os juros

Banco Central queria que a crise no Brasil fosse maior

Enquanto o G20 pede para baixar os juros, o BC do Lula parece que não está nem aí para crise. Segundo a cobertura de uma reunião do BC com o "mercado", o BC não ficou muito contente com o fato da economia brasileira não ter entrando numa recessão forte.

Eles esperavam que a crise fosse forte o bastante para causar uma deflação nos preços. O governo tenta mostrar esforço para manter a demanda, mas mantém no comando do Banco Central pessoas que jogam no time adversário.

Enquanto o setor financeiro dominar a direção da política econômica, não dá para esperar que o Brasil avance muito. Bancões dos EUA e da Eurolândia estão quebrando por conta das lambanças financeira. Outros, mais sérios, estão também sendo puxados pela crise.

Enquanto isso, no Brasil, os bancos iniciam nova temporada de divulgação de gordos lucros (Itaú R$7,8 bi | BB R$ 8,8 bi | CEF R$ 3,88 bi | Santander R$ 2,8bi | Bradesco R$7,6 bi). Lucros obtidos esfolando clientes com tarifas e juros absurdamente altos e a sociedade como um todo através de ganhos com a dívida pública que o Sr. Meirelles insiste em manter na estratosfera.

Alex Ribeiro - Valor 02/03/09

O Banco Central está acompanhando atentamente a lenta queda da inflação, que dá sinais de ter se descolado da atividade econômica. A produção industrial sofreu uma forte contração em dezembro, de 14,5%, mas a inflação acumulada em 12 meses apresentou uma queda bastante suave, passando de 6,3% para 5,8% entre setembro e janeiro. Outras economias, como os Estados Unidos e o Japão, convivem com o risco de deflação.

A preocupação é compartilhada por outros membros da diretoria colegiada do BC, que se mostram insatisfeitos com o lento recuo das expectativas inflacionárias. A inflação prevista pelo mercado financeiro para 2009 passou de 5% para 4,66% de janeiro até o dado mais recente da pesquisa de mercado do BC, divulgado na semana passada. Essa redução não guarda proporção com a queda nas projeções para o crescimento da economia, que passaram de 3,6% para 1,5% durante o mesmo período.

Já no Brasil, avalia o BC, existe uma grande persistência inflacionária. Essa visão é compartilhada por parte dos analistas econômicos. "Convivemos com inflação alta por décadas, por isso a cultura inflacionária e a inércia são maiores por aqui", afirma Teles. Ele cita o exemplo das mensalidades escolares, preço livremente determinado pelo mercado. No início de 2008, os aumentos ficaram entre 4% e 5% e, nesse ano, subiram para a faixa entre 6% e 7%. "Em 2007, a inflação foi mais baixa, por isso as escolas aplicaram reajustes menores nas mensalidades em 2008", afirma Teles. "Em 2008, a inflação foi mais alta, e as escolas estão fazendo um repasse ainda maior para as mensalidades neste ano."

Um comentário:

  1. I usually don’t post in Blogs but your blog forced me to, amazing work.. beautiful …

    rH3uYcBX

    ResponderExcluir