quarta-feira, 11 de março de 2009

Brasil tem o maior juro do mundo

Mesmo após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) nesta quarta-feira de cortar a taxa básica de juros (Selic) em 1,5 ponto percentual, o Brasil continua com o maior juro do mundo. Com SELIC indo para 11,25% ao ano o Brasil se mantém na liderança mundial dos juros altos. O juro real (descontado a expectativa de inflação) foi para 6,5% aa, na Argentina, por exemplo, é 4,3%.

Enquanto a mídia destaca que esse foi o maior corte desde 2003, entidades ligadas ao setor produtivo (Fecomercio, Associação Comercial de São Paulo - ACSP, as centrais sindicais) afirmam que o corte foi muito tímido. Como pode? Boa parte da imprensa critica o governo por isso e aquilo, mas defende em coro a política de Renda Máxima (ou Juro Máximo) que beneficia um pequeno número de pessoas. Cerca de 20% da carga tributária vai para pagamentos de juros. Não tem explicação. Nos outros países isso não chega a 5%.

Frente ao tamanho da crise que assola o mundo, incluindo o Brasil, é um crime o Banco Central levar 6 meses para dar uma resposta e mesmo assim pífia. Os bancos centrais no resto do mundo baixaram suas taxas de juros a níveis pouco acima de zero.

Segundo estudo recente do IPEA, o Brasil deveria baixar os juros em cerca de 6%, gerando uma economia para nossos bolsos de uns R$45 bilhões. Com esses recursos o governo poderia ampliar investimentos (estradas por exemplo) e aliviar impostos principalmente das pequenas empresas e das pessoas de menor renda.


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