terça-feira, 29 de março de 2016

"Deprimente, pobre e de má fé", disse Lula sobre grampos

http://jornalggn.com.br/noticia/deprimente-pobre-e-de-ma-fe-disse-lula-sobre-grampos


Jornal GGN – O ex-presidente Lula concedeu entrevista coletiva para jornalistas estrangeiros, nesta segunda-feira (28). Ele falou sobre a crise política no país, a tentativa de impedimento da presidente Dilma Rousseff e as investigações da Operação Lava Jato.
Estavam presentes jornalistas de 12 países, representando mais de 28 veículos da imprensa internacional, entre eles, El País, Wall Street Journal, Financial Times, El Telegrafo, Reuters, Agência Lusa, The Guardian,  Telesur, The Hindu, EFE, Die Zeit, La Nación, Le Monde, The New York Times e LA Times.
Em sua página no Facebook, Lula disponibilizou um trecho da coletiva, no qual responde a pergunta de um jornalista do New York Times sobre a quebra do seu sigilo telefônico.
Ele disse que se sentiu ofendido. “Acho que o juiz deveria ter muita responsabilidade e não confundir conversas de ordem pessoal com conversas públicas”, disse. “Eu achei deprimente, achei pobre e achei de má fé”, continuou. “Eu acho que tinha um objetivo. O objetivo sempre é tentar destruir a imagem do Lula. Faz anos, não é a primeira vez. Quando eles começaram a tentar destruir a minha imagem eu não tinha nem 50 anos, eu já estou com 70”, completou.
O ex-presidente afirmou que está magoado, mas se definiu como uma pessoa paciente. “Eu acho que não está longe o dia em que alguém vai ter que pedir desculpas para mim”.
Sobre o juiz federal Sérgio Moro, Lula disse que se trata de uma figura “inteligente e competente”, mas “foi picado pela mosca azul. O dito popular fala de uma pessoa deslumbrada pelo poder. “A primeira coisa que a imprensa faz é dar um prêmio. Ele já ganhou não sei quantos prêmios, da revista Veja, do jornal O Globo, da televisão Globo”.
“Eu acho que se ele fizer o julgamento correto, ouvir as pessoas corretamente, como deve ser, dar o direito de as pessoas se defenderem corretamente, eu acho que ele estará cumprindo um papel extraordinário para a democracia brasileira e de respeitabilidade ao poder Judiciário. É isso que eu espero de um juiz. Eu temo que o excesso possa leva-lo a cometer erros”.
O ex-presidente finalizou falando sobre o episódio de sua condução coercitiva. “Poderia ter me convidado. Eu já tinha feito quatro depoimentos. Eu estava de férias quando fui a Brasília fazer um depoimento. Não teria nenhum problema em fazer um depoimento a mais, dois a mais, três. Aliás, se me convidarem daqui pra frente, vamos fazer ao vivo. Vamos transformar o depoimento em uma coletiva. Porque no outro dia vaza o que quer”.


A íntegra da coletiva deve ser disponibilizada no meio da tarde de hoje. O Jornal GGN vai fazer a cobertura completa. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário