Crédito da foto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil
Durante reunião do Conselho de Ética da Câmara, nesta terça-feira (22), o líder da bancada do PSOL, deputado Ivan Valente (SP), disse que, enquanto é acelerado o processo na Comissão Especial que avalia o pedido de impeachment, é desviado o foco do processo contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ivan denunciou que se articula um “acordão” para uma alternativa pós-impeachment – a manobra seria abafar a Operação Lava Jato, visto que muitos políticos do PMDB e da oposição de direita também estão citados nas investigações.
O líder do PSOL afirmou, ainda, que é necessário afastar Eduardo Cunha da presidência da Câmara e que não se postergue mais o processo no Conselho de Ética. “Eu só sei que a sociedade está cansada de ver essa farsa, protagonizada pelo deputado Eduardo Cunha e ele precisa sair imediatamente da presidência. E eu espero que o Supremo faça o afastamento dele, imediatamente, da presidência da Câmara dos Deputados. Que o Conselho de Ética cumpra o seu papel”.
Conselho requer documentos ao STFO relator do processo contra Eduardo Cunha, deputado Marcos Rogério (PDT-RO) não compareceu à reunião de hoje do Conselho de Ética. No entanto, ele encaminhou um requerimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando compartilhamento de documentos, tanto do STF quanto da Procuradoria Geral da República (PGR), referentes às acusações contra Cunha.
No dia 25 de abril, a representação que pede a cassação de Cunha completará 90 dias, o que faz com que o processo tranque a pauta do Conselho e siga, até a conclusão da votação, como único item da pauta. Cunha é acusado de ter mentido à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras em março do ano passado, quando disse que não tinha contas no exterior.
Ontem (21), o parlamentar entregou a sua defesa no Conselho. Com mais de 60 páginas e cinco anexos contendo notas taquigráficas e documentos, a defesa de Cunha foi protocolada pelo advogado Marcelo Nobre, que defende o parlamentar no processo. A partir de hoje começa a correr o prazo de 40 dias úteis para a instrução probatória, período em que serão ouvidas testemunhas de defesa de Cunha e as indicadas pelo relator do processo, Marcos Rogério (PDT-RO).
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