09/04/2016 às 12h52
RIO - A agência de classificação de risco Moody's cortou a nota de crédito de três das maiores companhias de energia do mundo diante da expectativa de queda mais duradoura dos preços do petróleo, o que causa preocupações a respeito da alavancagem. A Chevron e a Shell tiveram seus ratings reduzidos em um nível, enquanto a Total caiu dois níveis, segundo comunicados da agência divulgados na sexta-feira.
Segundo a agência, a Chevron vai registrar fluxo de caixa negativo em meio à dívida crescente pelo menos nos próximos dois anos, enquanto a Shell terá alavancagem elevada como consequência da aquisição do BG Group. Espera-se que os preços permaneçam baixos este ano e no próximo e continuem a pressionar o fluxo de caixa operacional da Total e as métricas de crédito, diz a nota.
Grandes e pequenas empresas do setor petroleiro têm visto suas notas de crédito serem reduzidas já que o colapso nos preços da commodity reduz o fluxo de caixa e limita a habilidade de sustentar pagamentos de dívida. Desde o pico em meados de 2014, os preços do petróleo na Bolsa de Nova York já caíram mais de 60%.
Os ratings da Chevron e da Shell foram reduzidos para Aa2, a terceira maior nota, ante Aa1. Já a classificação da Total caiu desse último patamar para Aa3. O rating da BP permanece em A2, já que suas métricas de crédito e perfil do negócio estão mais favoráveis quando comparadas a outras companhias do setor. As medidas da agência concluem revisões iniciadas em janeiro e fevereiro.
A Moody's espera que os preços globais do petróleo continuem fracos no médio prazo. O mundo está "inundado de petróleo" e os altos estoques e elevada produção recuam lentamente, afirmam analistas da entidade liderados por Terry Marshall, segundo relatório em 30 de março.
(Agência O Globo)
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