quinta-feira, 14 de abril de 2016

Moody's corta notas de crédito de três companhias petrolíferas


http://jornalggn.com.br/noticia/moodys-corta-notas-de-credito-de-tres-companhias-petroliferas
Jornal GGN - Na semana passada, a agência de classificação de risco Moody's cortou a nota de crédito da Shell, Chevron e Total, três das maiores companhias de petróleo do mundo. Para a agência de risco, os preços globais do petróleo deverão continuar baixos no médio prazo. Desde 2014, os preços da commoditiy na Bolsa de Nova York caiu mais de 60%. 
O corte das notas de crédito das três petrolíferas acabou sendo pouco noticiado na imprensa brasileira e ocorreu menos de dois meses depois do rebaixamento da nota da Petrobras pela mesma agência. Segundo relatório da Moodys, o mundo está "inundado de petróleo" e os altos estoques e elevada produção estão recuando lentamente. 
Do Valor
A agência de classificação de risco Moody's cortou a nota de crédito de três das maiores companhias de energia do mundo diante da expectativa de queda mais duradoura dos preços do petróleo, o que causa preocupações a respeito da alavancagem. A Chevron e a Shell tiveram seus ratings reduzidos em um nível, enquanto a Total caiu dois níveis, segundo comunicados da agência divulgados na sexta-­feira.
Segundo a agência, a Chevron vai registrar fluxo de caixa negativo em meio à dívida crescente pelo menos nos próximos dois anos, enquanto a Shell terá alavancagem elevada como consequência da aquisição do BG Group. Espera-se que os preços permaneçam baixos este ano e no próximo e continuem a pressionar o fluxo de caixa operacional da Total e as métricas de crédito, diz a nota.
Grandes e pequenas empresas do setor petroleiro têm visto suas notas de crédito serem reduzidas já que o colapso nos preços da commodity reduz o fluxo de caixa e limita a habilidade de sustentar pagamentos de dívida. Desde o pico em meados de 2014, os preços do petróleo na Bolsa de Nova York já caíram mais de 60%.
Os ratings da Chevron e da Shell foram reduzidos para Aa2, a terceira maior nota, ante Aa1. Já a classificação da Total caiu desse último patamar para Aa3. O rating da BP permanece em A2, já que suas métricas de crédito e perfil do negócio estão mais favoráveis quando comparadas a outras companhias do setor. As medidas da agência concluem revisões iniciadas em janeiro e fevereiro.
A Moody's espera que os preços globais do petróleo continuem fracos no médio prazo. O mundo está "inundado de petróleo" e os altos estoques e elevada produção recuam lentamente, afirmam analistas da entidade liderados por Terry Marshall, segundo relatório em 30 de março. 

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