sexta-feira, 14 de novembro de 2014

PF prende 27 investigados e bloqueia mais de meio bi da Operação Lava Jato

http://jornalggn.com.br/noticia/pf-prende-27-investigados-e-bloqueia-mais-de-meio-bi-da-operacao-lava-jato


Mandatos de busca e apreensão são feitos nas diretorias das empreiteiras; ex-diretor de Serviços da Petrobras é preso
 
 
Jornal GGN - A Polícia Federal deflagrou hoje (14) a sétima fase da Operação Lava Jato, prendendo 27 investigados, entre eles o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e executivos de empreiteiras. Foi decretado o bloqueio de aproximadamente R$ 720 milhões em bens de 36 investigados. 
 
Só hoje, foram 85 mandados judiciais, incluindo 6 prisões preventivas, 21 prisões temporárias, 9 conduções coercitivas e 49 mandados de busca e apreensão em seis estados diferentes - Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e Distrito Federal. A Polícia Federal contou com uma equipe de 300 policiais e 50 servidores da Receita Federal.
 
A Operação concentrou as ordens de prisão e condução coercitiva nas cinco das maiores empreiteras do país, que são o braço financeiro do esquema de corrupção deflagrado. Entre elas, a Camargo Corrêa, que teve as buscas feitas nesta manhã nas residências dos executivos da direção, incluindo o vice-presidente da empreiteira e um diretor.
 
A Odebrecht, UTC Constran, OAS, Queiroz Galvão, Engevix, Mendes Júnior, Galvão Engenharia e Iesa também estão na mira da Polícia Federal. Essas grandes companhias têm contratos de R$ 59 bilhões com a estatal e tiveram 11 mandados de busca. 
 
O empresário Ricardo Pessoa da UTC Participações também foi conduzido à prisão pela PF, que suspeita que o doleiro Alberto Youssef era sócio oculto de Pessoa, depois que identificaram estreito relacionamento entre ambos.
 
Outro empresário também preso foi o vice-presidente da empreiteira Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes. A PF o encontrou em uma casa no Lago Sul, em área nobre de Brasília. A suspeita é que o empresário celebrou um contrato fictício pelo Consórcio Mendes Júnior-MPE-SOG e a empresa GFD Investimentos, controlada por Youssef, sob o valor de R$ 2,7 milhões, para justificar os repasses de propinas pelo doleiro a servidores públicos.
 
De acordo com as investigações, as empreiteiras repassariam propina a agentes públicos para garantir contratos na Petrobras. Renato Duque, que foi diretor de Serviços entre 2003 e 2012, seria o responsável por fechar 12 licitações da obra da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, de acordo com documento da estatal.
 
A Operação aponta que o esquema tinha como finalidade a lavagem de dinheiro e a prática de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. Segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), os grupos investigados registraram operações finaneceiras atípicas num montante que supera R$ 10 bilhões.
 
A Polícia informou que os envolvidos responderão por organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro, de acordo com suas participações.

Nenhum comentário:

Postar um comentário