sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O governo dos EUA toca o pau na máquina e não para de imprimir dólares.

Valor Econômico 20/02/2009
"O governo dos EUA não para de imprimir moeda", brinca John Welch, economista global do Itaú. Segundo ele, a base monetária no país passou de US$ 900 bilhões antes da crise para níveis em torno de US$ 2,6 trilhões neste momento. "Isso, aliado à taxa de juros zero, é o chamado afrouxamento quantitativo", diz. "Nos Estados Unidos, eles têm metas para tentar elevar a inflação e impedir a deflação, o que parece incompreensível no Brasil", comenta.



O governo dos EUA toca o pau na máquina e não para de imprimir dólares, como sempre fez toda vez que precisou. São medidas pragmáticas tomadas para enfrentar a crise. Aqui no Brasil boa parte dos economistas ficam presos a teorias furadas e pisam forte no freio da economia (juros altos). Os caras do BC ficam com o pé no freio e os economista ficam procurando justificativas para o fraco desempenho do país.

Agora botam culpa na crise, mas na verdade esta crise só serviu para revelar as barbeiragens do nosso (?) banco central. O crédito parou em setembro passado porque os bancos ficaram assustados com a inadimplência das empresas que apostaram mais de um ano de faturamento em derivativos cambiais. Loucura estimulada pelo banco central que fazia na BM&F uma operação suspeitíssima chamada de swap reverso (também chamada de swap português, pois no período que o dólar estava em queda no Brasil o BC recebia a variação negativa do câmbio e pagava a taxa SELIC). Muita gente ganhou dinheiro com isso. As exportadoras foram levadas a fazer esta operação para fazer frente ao dólar em queda (que prejudica a indústria brasileira).

Só que quando o câmbio virou (de R$1,65 para R$2,20) pegou muita gente de calças curtas. Os bancos enfiaram esse tipo de operação até em pequenos e médios empresários (capital de giro). Tudo sobre supervisão do BC que se gaba de ser rigoroso.

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