quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Aloizio Mercadante e o FIES

http://jornalggn.com.br/noticia/aloizio-mercadante-e-o-fies

Jornal GGN - O FIES surgiu no dia em que Lula chamou o Ministro da Educação Fernando Haddad e perguntou da situação do financiamento educacional. A ampliação das Universidades federais, através do Reuni, havia esvaziado o modelo de financiamento. Pedia-se um programa que não fosse maior do que o Reuni.
Haddad explicou que o que emperrava o programa era a obrigação de aval para os estudantes. Era impossível a um estudante pobre cumprir a exigência.
Pensou-se, então, em um fundo de aval, bancado meio a meio pelo governo e pela iniciativa privada. A ideia foi aceita com entusiasmo.
No primeiro ano, o FIES financiou 70 mil estudantes. No segundo, 150 mil. A ideia era ficar nesse número, administrável, não permitindo a formação de bolhas ou descontroles.
Quando assumiu o MEC, Aloizio se comprometeu a manter os programas iniciados na gestão anterior. Mas resolveu dar atenção a apenas um deles: ampliar o alcance do FIES.
De 150 mil, o número de financiados saltou para 700 mil. Formou-se a bolha. As faculdades passaram a trabalhar com duas tabelas: para pagamento individual e para o FIES. Havia casos, em São Paulo, que o estudante sem bolsa pagava R$ 200 reais por mês e os do FIES R$ 1.000,00.
Em pouco tempo, uma legião de alunos foi induzida pelas faculdades a pular para o FIES. Criou-se um enorme movimento especulativo na Bolsa de Valores, em cima das universidades turbinadas a FIES.
O problema estourou no segundo semestre do ano passado, deixando marcas profundas no recém-eleito segundo governo Dilma, a ponto da própria presidente vir a público explicar as distorções do programa.
Ainda não se sabe como será o comportamento de Mercadante em sua volta ao MEC.

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