quarta-feira, 14 de outubro de 2015

FMI alerta sobre alto endividamento de empresas de países emergentes

http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/09/fmi-alerta-sobre-alto-endividamento-de-empresas-de-paises-emergentes.html
Reuters
29/09/2015 11h32 - Atualizado em 29/09/2015 11h56


Empresas de emergentes acumulam dívida recorde de US$ 18 trilhões.
Petróleo e gás, construção e mineração estão entre 'setores vulneráveis'.

Do G1, em São Paulo
O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou nesta terça-feira (29) que as empresas dos mercados emergentes, que juntas acumulam uma dívida recorde de US$ 18 trilhões, precisam de monitoramento cuidadoso conforme a era das taxas de juros em mínimas recordes chega ao fim.
Em seu mais recente relatório de Estabilidade Financeira Global, o FMI disse que as maiores altas em alavancagem (o montante da dívida relativa ao patrimônio de uma empresa) foram vistas em "setores vulneráveis" como construção, mineração e petróleo e gás, sendo cada vez mais expostas ao risco cambial.
Segundo o FMI, a dívida corporativa nos principais mercados emergentes mais que quadruplicou, passando de US$ 4 trilhões em 2004 para US$ 18 trilhões em 2014.
Regionalmente, as mudanças mais marcantes foram na China e na América Latina, onde a alavancagem corporativa geral está agora em quase 120% e 110% respectivamente, e a alavancagem nos setores de construção próximas de 275% e 200%.
"A tendência de alta nos últimos anos naturalmente levanta preocupações porque muitas crises financeiras de mercados emergentes têm sido precedidas pelo rápido crescimento da alavancagem", apontou o relatório.
O FMI também alertou que anos de taxas de juros em mínimas recordes significam que, apesar de balanços patrimoniais mais fracos, as empresas de mercados emergentes foram capazes de emitir mais títulos e em melhores termos.
"Se a elevação da alavancagem e de emissões tem recentemente sido influenciadas predominantemente por fatores externos (juros globais baixos), então as empresas estão se tornando mais vulneráveis a um aperto nas condições financeiras globais", acrescentou o relatório

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