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QUA, 14/10/2015 - 09:46
Jornal GGN - Benedito Braga, secretário de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, foi vaiado ao receber um prêmio de boa gestão dos recursos hídricos na noite desta terça (13), em Brasília. Braga foi no lugar do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Durante o evento, grupos como o Greenpeace, Juntos! e Minha Sampa organizaram manifestação, segurando cartazes com a imagem do governador e as palavras "torneira seca"
Um relatório produzido pela Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), pelos coletivos Luta Pela Água e Aliança Pela Água e pelo Greenpeace aponta violação aos direitos humanos na gestão da crise hídrica em São Paulo, e foi entregue para a Organização das Nações Unidas (ONU) também neste terça-feira. O documento fala que houve falta de planejamento e medidas de contingência para a crise. Já a Secretaria de Recursos Hídricos diz que o levantamento é parcial e que "acusa equivocadamente somente um ente da federação de um problema que atingiu todo o País”
Do Estadão
Entidades de defesa do meio ambiente criticaram homenagem pela ‘boa gestão dos recursos hídricos’
O secretário de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, Benedito Braga, foi vaiado na noite desta terça-feira, 13, ao representar o governador Geraldo Alckmin (PSDB) durante uma cerimônia em Brasília que premiava a boa gestão de recursos hídricos. Manifestantes subiram ao palco com faixas com os dizeres “torneira seca” e “procura-se”.
O governador, apesar de confirmar presença, não compareceu à Câmara. As manifestações foram organizadas pelos grupos Greenpeace, Juntos! e Minha Sampa. “O prêmio que ele merecia receber era o torneira seca, porque falta água em São Paulo”, acusou Gabriel Lindenbach, da Juntos!.
ONU. Ao lado do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), e dos coletivos Luta Pela Água e Aliança Pela Água, o Greenpeace fez um relatório de violação aos direitos humanos na gestão da crise da água e entregou o documento nesta terça à Organização das Nações Unidas (ONU). O texto foi enviado a Leo Heller, relator da entidade. “O caminho é agora avaliar o relatório e elaborar consulta aos governos”, explicou.
Segundo o texto, houve falta de planejamento e medidas de contingência, superexploração, ausência de participação e de transparência, interrupção de abastecimento e aumento indevido de tarifa. O material leva em consideração relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) afirmando que a crise hídrica “é resultado da falta de planejamento” do Estado.
Em nota, a Secretaria de Recursos Hídricos afirmou que o levantamento “é parcial, sem embasamento técnico, que acusa equivocadamente somente um ente da federação de um problema que atingiu todo o País”. A pasta destaca que a estiagem, maior em 85 anos, não foi prevista por institutos meteorológicos.
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