quarta-feira, 6 de maio de 2015

Brasil afundando e o BC subindo juros

O BC está seguindo os conselhos do Sardenberg ao subir desenfreadamente os juros. A produção industrial afunda mês a mês em todos os setores, no ano já caiu quase 6% e o BC subiu novamente os juros por decisão unânime.

Os juros no Brasil têm pouco efeito sobre a inflação, mas mesmo na teoria ortodoxa, a sua elevação seria para conter excesso de demanda, como vemos desde 2013, as vendas e a produção só afundam. O problema da inflação aqui é falta concorrência, indexação e custos (os juros são custos!). A elevação dos juros só engorda banqueiro.



http://jornalggn.com.br/noticia/producao-industrial-tem-recuo-de-08-em-marco

Produção industrial tem recuo de 0,8% em março

Jornal GGN - A produção industrial brasileira encerrou o mês de março com um recuo de 0,8% frente a fevereiro, na série com ajuste sazonal, após também mostrar queda em fevereiro último (-1,3%). Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na série sem ajuste sazonal, em relação a março do ano anterior, a indústria recuou 3,5%, décima terceira taxa negativa consecutiva nessa comparação, embora menos acentuada do que a observada em fevereiro (-9,4%).
Segundo o levantamento, a indústria volta a mostrar menor ritmo produtivo, expresso não só na segunda queda consecutiva em relação ao mês anterior, mas também no perfil disseminado de taxas negativas: todas as grandes categorias econômicas e a maior parte das atividades apontaram redução na produção. Com o resultado de março de 2015, a produção industrial encontra-se 11,2% abaixo do recorde alcançado em junho de 2013. Ainda na série com ajuste sazonal, a menor intensidade na atividade fica evidenciada pela evolução da média móvel trimestral, em trajetória descendente desde outubro de 2014.
No confronto com igual mês do ano anterior, a produção industrial permaneceu em queda, com o décimo terceiro resultado negativo consecutivo, embora com intensidade menor do que o verificado em fevereiro e influenciado, em grande parte, pelo efeito calendário, já que março de 2015 teve três dias úteis a mais do que igual mês de 2014. No acumulado do primeiro trimestre de 2015, a indústria recuou 5,9% e acentuou o ritmo de queda frente ao terceiro (-3,5%) e ao quarto (-4,1%) trimestres de 2014.
Ao longo do ano, o setor industrial mostrou queda de (-5,9%) em relação ao visto em igual período do ano anterior, com perfil disseminado, já que as quatro grandes categorias econômicas, 23 dos 26 ramos, 64 dos 79 grupos e 66,6% dos 805 produtos pesquisados apontaram recuo na produção. Entre os setores, o principal impacto negativo foi observado em veículos automotores, reboques e carrocerias (-20,7%), pressionado, em grande parte, pela redução na produção de aproximadamente 92% dos produtos investigados na atividade.
Por outro lado, entre as três atividades que ampliaram a produção, a principal influência foi observada em indústrias extrativas (10,3%), impulsionada, em grande parte, pelo crescimento na extração de minérios de ferro pelotizados e de óleos brutos de petróleo.
Entre as grandes categorias econômicas, as quedas em bens de capital (-18%) e bens de consumo duráveis (-15,8%) se devem à redução na fabricação de bens de capital para equipamentos de transporte (-24,7%), na primeira, e de automóveis (-16,1%), na segunda. Os segmentos de bens de consumo semi e não-duráveis (-5,9%) e de bens intermediários (-2,8%) também assinalaram taxas negativas no índice acumulado no ano, com o primeiro repetindo a magnitude de queda observada na média nacional, e o segundo apontando o recuo mais moderado entre as grandes categorias econômicas.

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