sexta-feira, 29 de maio de 2015

Vice-presidente do PSDB diz que partido não tem projeto de país

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Jornal GGN - "Em carta enviada à cúpula nacional do PSDB, o primeiro vice-presidente do partido, Alberto Goldman, afirmou nesta terça-feira (26) que a legenda não é capaz de dizer o que faria se tivesse vencido as eleições presidenciais. 'Nós não temos um projeto de país', reclamou." As informações são da Folha de S. Paulo.
Goldman decidiu se manifestar um dia após o tucanato na Câmara Federal apoiar a empreitada de Eduardo Cunha (PMDB) na reforma política. Seguindo o presidente da Casa, 21 deputados do PSDB votaram a favor do chamado distritão como sistema eleitoral, mas foram derrotados pela maioria.
À Folha, Goldman dise que "a falta de debate interno se agravou no período recente, de Aécio Neves" na presidência nacional do PSDB. O senador mineiro, candidato derrotado à presidência da República, está no comando da legenda para pavimentar a própria candidatura desde 2013, e deve ser reconduzido ao posto até 2017. Para isso, divide espaço com o grupo do governador Geraldo Alckmin.
Segundo o jornal, Goldman queixou-se na carta de que questões como a reforma política e mudanças previdenciárias "não são discutidas e decididas pelo partido em seu foro natural e legítimo".
Em seu blog pessoal, o ex-vice-governador paulista disparou contra o distritão, afirmando que o personalismo do modelo reduz o papel dos partidos políticos. "O distritão acaba, numa só penada, com os partidos políticos. (...) Nem mesmo a ditadura militar teve a coragem de sustentar um regime sem partidos", escreveu.
"O distritão é o aperfeiçoamento do autoritarismo que supúnhamos já superado e deixará os prefeitos, govenadores e presidentes eleitos ainda mais reféns dos parlamentares mais votados, com os quais terá de se haver, um a um.  Assim se chegará ao nível máximo possível do fisiologismo."
"Só espero que o meu partido, o PSDB vote, unânime, contra essa aberração que põe em risco todas as conquistas políticas das últimas décadas."

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