Mesmo com escala, competitividade em custos (crédito, mão de obra), a China e outros países sabem que o câmbio é injeção de competitividade na veia da indústria.
Isso só não vale para os trouxas do Brasil.
http://jornalggn.com.br/noticia/para-estimular-economia-china-promove-desvalorizacao-do-yuan
TER, 11/08/2015 - 09:27
ATUALIZADO EM 11/08/2015 - 09:28
Jornal GGN - Para estimular as exportações e a produção econômica, o Banco Popular da China anunciou uma desvalorização recorde da moeda do país, o yuan. Depois do anúncio, a moeda tinha queda de 13%, com um dólar valendo cerca de 6,29 yuan.
A China tem seu menor ritmo de crescimento desde 1989, e sua economia ainda é muito dependente do comércio exterior, apesar das políticas de estímulo ao consumo interno. No sábado, a China anunciou uma queda de 8,3% nas exportações em julho.
Da Folha
Numa tentativa de estimular as exportações -e, por consequência, a economia- num momento em que a atividade passa por forte desaceleração, o Banco Popular da China (o banco central do país asiático) anunciou nesta terça-feira (11, noite de segunda-feira no Brasil) uma desvalorização recorde no yuan, a moeda do país.
O crescimento do país está no menor ritmo desde 1989. Apesar de a China ter passado a adotar uma política de estímulo ao consumo interno, a economia ainda é altamente dependente do comércio exterior.
Na China, o câmbio é determinado pelo banco central e flutua dentro de uma banda, que pode variar 2%, para cima ou para baixo, a partir de uma taxa de referência. O que a autoridade monetária fez foi desvalorizar essa taxa em 1,9%. Foi a maior variação desde o fim do regime de câmbio fixo, em 2005.
Até agora, neste ano, a maior desvalorização diária imposta pelo BC chinês havia sido de 0,16%.
Logo após o anúncio, a moeda era negociada em queda de 1,3% -cada dólar valia 6,2920 em Xangai.
O BC chinês informou que a taxa de câmbio passará a acompanhar mais de perto as condições de mercado.
A autoridade monetária chinesa vinha resistindo a um movimento mais brusco no câmbio, entre outros motivos, porque poderia dificultar sua demanda ao FMI de transformar o yuan numa moeda oficial de reserva internacional, a exemplo do dólar e do euro.
Um yuan mais fraco tende a estimular as exportações, pois os produtos chineses ficam mais baratos.
No sábado, a China anunciou uma queda de 8,3% nas exportações em julho, a maior em quatro meses e muito acima da retração de 1,5% estimada por analistas.
A decisão pode ter efeito negativo sobre o Brasil. A China é um dos maiores importadores de produtos brasileiros, e uma desvalorização da moeda encarece os produtos nacionais.
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