TER, 11/08/2015 - 16:10
Jornal GGN - O PSOL criticou o "corporativismo" e a "blindagem de parlamentares" que estão sendo investigados na Operação Lava Jato. Em nota oficial, o líder do partido na Câmara dos Deputados, Chico Alencar (RJ), comentou a tentativa do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de barrar a validade das provas coletadas contra ele na Câmara.
Cunha solicitou à Advocacia-Geral da União (AGU) uma ação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para não considerar os fatos e as informações investigados no setor de informática da Casa, que podem trazer indícios do envolvimento do deputado no esquema de corrupção da Petrobras.
O presidente da Câmara teria insistido na tentativa junto à AGU, por meio de dois ofícios enviados ao advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, e por meio de um telefonema, na última sexta-feira (07). Segundo o próprio advogado-geral, Cunha pediu "agilidade" na entrada dessa ação. O deputado, por sua vez, negou ter pressionado a AGU.
O PSOL manifestou-se, afirmando que a Câmara não pode solicitar a defesa da AGU, sem antes "ouvir, ao menos, a Mesa Diretora" e seguir a praxe de "consultar o Colégio de Líderes". "A atitude mínima esperada seria informar na reunião das lideranças e em plenário sobre essa iniciativa - o que jamais foi feito", criticou Chico Alencar.
"Para o PSOL, a Câmara dos Deputados não tem donos e, em relação à Operação Lava Jato, tem o dever de apoiá-la integralmente - e não se utilizar de corporativismo e tentar blindar parlamentares que estejam sendo investigados", completou, em nota.
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